“Medo sustenta farmacêuticas, diz médico
Pneumologista alemão é autor da moção no Conselho da Europa que questiona se a OMS exagerou alarme da gripe A
Para o especialista em saúde pública e ex-deputado Wolfgang Wodarg, há um paralelo entre a indústria farmacêutica e a bélica”
Fonte: Luciana Coelho in Folha de São Paulo, 27/1/2010
Quando o coronel de opereta Hugo Chávez falou, todo mundo riu. Quando o governador do Paraná repetiu na Escola de Governo das terças-feiras, todo mundo xingou. E não é que agora é um médico alemão, pneumologista, que abre a boca para denunciar? Esse médico, certamente mal-formado em uma reles universidade da Europa, daquelas que insistem em preparar os alunos para pensar, para questionar o mercado, duvidar dele, e não a baixar a cabeça e dizer “sim, senhor”, daquelas que ainda lidam com gente, e não com a “boiada” que vai alegre para o matadouro do mercado, daquelas universidades, em suma, que ainda podem ser chamadas de universidades. O médico Wolfgang Wodarg, ex-deputado de centro-esquerda, carrega consigo a praga do pesquisador, o vírus do pensamento científico que põe em xeque a realidade para a partir disso transformá-la. Não é um acomodado, não é um boboca, não é um integrado. Que má formação esse homem teve! Eis aqui o momento precioso desta excelente entrevista feita por Luciana Coelho na Folha de São Paulo de quarta-feira:
“Luciana Coelho - A Novartis acaba de anunciar lucro recorde.
WODARG - Vi os resultados das empresas de pesquisa farmacêutica na Alemanha. Elas tiveram um lucro médio menor apenas do que o da indústria militar. Há semelhanças entre as duas, não? Ambas vivem do risco e da ameaça às pessoas. Uma precisa do terrorismo, outra, da pandemia.”
Sensacional comparação! A indústria farmacêutica e a indústria militar! “Uma precisa do terrorismo, a outra, da pandemia”. Olha, é a entrevista do ano. Parabéns a Luciana Coelho. O médico Wolfang Wodarg é o meu candidato ao Prêmio Nobel. De medicina? Não. Da verdade!
Pneumologista alemão é autor da moção no Conselho da Europa que questiona se a OMS exagerou alarme da gripe A
Para o especialista em saúde pública e ex-deputado Wolfgang Wodarg, há um paralelo entre a indústria farmacêutica e a bélica”
Fonte: Luciana Coelho in Folha de São Paulo, 27/1/2010
Quando o coronel de opereta Hugo Chávez falou, todo mundo riu. Quando o governador do Paraná repetiu na Escola de Governo das terças-feiras, todo mundo xingou. E não é que agora é um médico alemão, pneumologista, que abre a boca para denunciar? Esse médico, certamente mal-formado em uma reles universidade da Europa, daquelas que insistem em preparar os alunos para pensar, para questionar o mercado, duvidar dele, e não a baixar a cabeça e dizer “sim, senhor”, daquelas que ainda lidam com gente, e não com a “boiada” que vai alegre para o matadouro do mercado, daquelas universidades, em suma, que ainda podem ser chamadas de universidades. O médico Wolfgang Wodarg, ex-deputado de centro-esquerda, carrega consigo a praga do pesquisador, o vírus do pensamento científico que põe em xeque a realidade para a partir disso transformá-la. Não é um acomodado, não é um boboca, não é um integrado. Que má formação esse homem teve! Eis aqui o momento precioso desta excelente entrevista feita por Luciana Coelho na Folha de São Paulo de quarta-feira:
“Luciana Coelho - A Novartis acaba de anunciar lucro recorde.
WODARG - Vi os resultados das empresas de pesquisa farmacêutica na Alemanha. Elas tiveram um lucro médio menor apenas do que o da indústria militar. Há semelhanças entre as duas, não? Ambas vivem do risco e da ameaça às pessoas. Uma precisa do terrorismo, outra, da pandemia.”
Sensacional comparação! A indústria farmacêutica e a indústria militar! “Uma precisa do terrorismo, a outra, da pandemia”. Olha, é a entrevista do ano. Parabéns a Luciana Coelho. O médico Wolfang Wodarg é o meu candidato ao Prêmio Nobel. De medicina? Não. Da verdade!
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