Zé de Arimathéia, da UEL, Londrina pergunta:
Muitos dizem que os governos não investem na educação do povo porque isso geraria uma população mais consciente e crítica da realidade, que se insurgiria politicamente contra o status quo.
Roger Chartier, em seu livro "A aventura do livro - do leitor ao navegador", parece oferecer uma explicação mais econômica para a questão. No capítulo "entre a falta e o excesso" (de leitura), ele afirma (página 108):
"Ora, o acesso à leitura e à escrita leva uma população de colegiais, e depois universitários, a abandonar a terra, ou a loja, em favor dos ofícios da pena e da palavra. Tudo isso contribui para que os poderes e os poderosos vejam nisso uma grande desordem social que enfraqueceria o Estado, já que, desviados dos ofícios da terra ou da manufatura e em busca de cargos e benefícios, os leitores que se tornam estudantes demasiado numerosos obrigam a importar do estrangeiro aquilo que não mais se produz no país. E a teoria mercantilista teme, mais do que tudo, o esgotamento da riqueza metálica do reino, dilapidada para pagar as importações. É um imaginário muito forte, enraizado nas concepções econômicas, que não concebe a ordem social a não ser como reprodução idêntica das condições passadas".
O que vocês acham?
Roger Chartier, em seu livro "A aventura do livro - do leitor ao navegador", parece oferecer uma explicação mais econômica para a questão. No capítulo "entre a falta e o excesso" (de leitura), ele afirma (página 108):
"Ora, o acesso à leitura e à escrita leva uma população de colegiais, e depois universitários, a abandonar a terra, ou a loja, em favor dos ofícios da pena e da palavra. Tudo isso contribui para que os poderes e os poderosos vejam nisso uma grande desordem social que enfraqueceria o Estado, já que, desviados dos ofícios da terra ou da manufatura e em busca de cargos e benefícios, os leitores que se tornam estudantes demasiado numerosos obrigam a importar do estrangeiro aquilo que não mais se produz no país. E a teoria mercantilista teme, mais do que tudo, o esgotamento da riqueza metálica do reino, dilapidada para pagar as importações. É um imaginário muito forte, enraizado nas concepções econômicas, que não concebe a ordem social a não ser como reprodução idêntica das condições passadas".
O que vocês acham?
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