FRAGILIDADE
“Nomade” de Jaume Plensa, escultura furada de 8 metros de altura no Bastion Saint-Jaume em Port Vauban, Quai Rambaud, em Antibes. Fotografia de Mick Donnelly em 6 de setembro de 2007.
“Sílvio Barsetti - Você define seu livro [“Ribamar”, ed. Bertrand Brasil] como uma travessia, na qual só lhe restava inventar uma verdade. Que verdade é essa?
“Nomade” de Jaume Plensa, escultura furada de 8 metros de altura no Bastion Saint-Jaume em Port Vauban, Quai Rambaud, em Antibes. Fotografia de Mick Donnelly em 6 de setembro de 2007.
“Sílvio Barsetti - Você define seu livro [“Ribamar”, ed. Bertrand Brasil] como uma travessia, na qual só lhe restava inventar uma verdade. Que verdade é essa?
José Castello - A verdade precária, incompleta e frágil que a literatura nos oferece. O mundo contemporâneo é arrogante. Temos sempre que vencer - na carreira profissional, no mundo acadêmico, no mercado de capitais, na copa do mundo. Não suportamos os derrotados e, no entanto, trazemos a derrota no coração. É o encontro com o fracasso que nos dá a possibilidade de invenção. Aprendi isso lendo ficções. Em um mundo cada vez mais pragmático e duro, a literatura se torna o último reduto da fragilidade. Nela, o sujeito ainda pode dizer que falha, que não sabe, que se sente desamparado e perdido. E nem por isso precisa desistir de ser.”
Entrevista de José Castello a Sílvio Barsetti in O Estado de São Paulo, 15 de agosto de 2010
Um comentário:
Muito legal!!!
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