Roberto Romano: Não interessa o motivo, se é “kit” disto ou daquilo. O FATO é que os políticos “cristãos”usaram de chantagem para acobertar possível crime contra o patrimônio do Estado. Eles são muito pouco recomendáveis para receber o Nobel da ética. Eu diria que eles são os novos filhotes da pessoa que estava ao lado de Cristo, na cruz, mas não integram o número dos que se arrependeram. Cristãos? Tenho certeza de que eles se afastam, muito, do ideal vivido pelo Nazareno.
São Paulo, quinta-feira, 26 de maio de 2011
Dilma freia ações em temas polêmicos
Presidente decide submeter à consulta pública campanhas com material considerado sensível por grupos religiosos
Reação de católicos e evangélicos e temor pelo futuro político do ministro da Educação influíram na decisão
ANA FLOR
DE BRASÍLIA
Após cancelar a produção e distribuição do kit anti-homofobia do Ministério da Educação, a presidente Dilma Rousseff determinou que todo o material do governo que se referir a costumes terá que passar, a partir de agora, pelo crivo do Palácio do Planalto e por processo de consulta à sociedade. A ordem da presidente ocorreu após uma reunião do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, com as bancadas evangélica e católica do Congresso e integrantes da frente parlamentar da família.O grupo ameaçou propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Ministério da Educação caso o governo não cancelasse a produção dos materiais.
O kit anti-homofobia é formado por uma cartilha e cinco vídeos que o governo planejava distribuir a alunos do ensino médio em escolas públicas. Três vídeos chegaram a ser exibidos à imprensa pelo ministério em janeiro e circularam na internet.
Os vídeos desagradaram às bancadas evangélicas e católicas do Congresso, que alegam que os vídeos poderiam estimular o homossexualismo. O MEC diz que o material, produzido por ONGs, não estava pronto. Essas versões preliminares foram aprovadas pela Unesco (órgão da ONU para a educação).
ELEIÇÃO EM SP
Assessores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestaram preocupação com os efeitos que a controvérsia poderia ter sobre o futuro político do ministro da Educação, Fernando Haddad, que Lula gostaria de ver como candidato do PT a prefeito de São Paulo em 2012.
Carvalho afirmou que não houve toma lá, dá cá na decisão da presidente ontem. Segundo ele, Dilma considerou que o material do MEC era “inadequado” e o vídeo, “impróprio para seu objetivo”.
A decisão gerou críticas dentro do governo também. “Tempo das trevas!”, escreveu a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, numa mensagem enviada a seus seguidores no Twitter para comentar notícias do recuo do governo.
Em outra mensagem mais tarde, ela afirmou que não tivera a intenção de criticar a decisão de Dilma, mas se referia à “onda conservadora levantada na campanha eleitoral pelo candidato [José] Serra [PSDB]“.
Na campanha presidencial, Serra e grupos religiosos atacaram Dilma por mudar sua posição sobre a legalização do aborto, que defendeu no passado.
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Roberto Romano: Ingenuidade dos movimentos? Agora, no caso dos “evangélicos”, a CHANTAGEM é evidente : “ameaças a obstruir votações, engrossar o coro da oposição por explicações do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) sobre sua evolução patrimonial” (no fim da notícia) Coisas da omertà…santa!
Dilma freia ações em temas polêmicos
Presidente decide submeter à consulta pública campanhas com material considerado sensível por grupos religiosos
Reação de católicos e evangélicos e temor pelo futuro político do ministro da Educação influíram na decisão
ANA FLOR
DE BRASÍLIA
Após cancelar a produção e distribuição do kit anti-homofobia do Ministério da Educação, a presidente Dilma Rousseff determinou que todo o material do governo que se referir a costumes terá que passar, a partir de agora, pelo crivo do Palácio do Planalto e por processo de consulta à sociedade. A ordem da presidente ocorreu após uma reunião do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, com as bancadas evangélica e católica do Congresso e integrantes da frente parlamentar da família.O grupo ameaçou propor a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Ministério da Educação caso o governo não cancelasse a produção dos materiais.
O kit anti-homofobia é formado por uma cartilha e cinco vídeos que o governo planejava distribuir a alunos do ensino médio em escolas públicas. Três vídeos chegaram a ser exibidos à imprensa pelo ministério em janeiro e circularam na internet.
Os vídeos desagradaram às bancadas evangélicas e católicas do Congresso, que alegam que os vídeos poderiam estimular o homossexualismo. O MEC diz que o material, produzido por ONGs, não estava pronto. Essas versões preliminares foram aprovadas pela Unesco (órgão da ONU para a educação).
ELEIÇÃO EM SP
Assessores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestaram preocupação com os efeitos que a controvérsia poderia ter sobre o futuro político do ministro da Educação, Fernando Haddad, que Lula gostaria de ver como candidato do PT a prefeito de São Paulo em 2012.
Carvalho afirmou que não houve toma lá, dá cá na decisão da presidente ontem. Segundo ele, Dilma considerou que o material do MEC era “inadequado” e o vídeo, “impróprio para seu objetivo”.
A decisão gerou críticas dentro do governo também. “Tempo das trevas!”, escreveu a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda, numa mensagem enviada a seus seguidores no Twitter para comentar notícias do recuo do governo.
Em outra mensagem mais tarde, ela afirmou que não tivera a intenção de criticar a decisão de Dilma, mas se referia à “onda conservadora levantada na campanha eleitoral pelo candidato [José] Serra [PSDB]“.
Na campanha presidencial, Serra e grupos religiosos atacaram Dilma por mudar sua posição sobre a legalização do aborto, que defendeu no passado.
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Roberto Romano: Ingenuidade dos movimentos? Agora, no caso dos “evangélicos”, a CHANTAGEM é evidente : “ameaças a obstruir votações, engrossar o coro da oposição por explicações do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) sobre sua evolução patrimonial” (no fim da notícia) Coisas da omertà…santa!
25/05/2011 – 16h12
Comunidade gay reage à suspensão do ‘kit anti-homofobia’
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ANA CAROLINA MORENO
DE SÃO PAULO
A decisão da presidente Dilma Rousseff de suspender a distribuição do kit anti-homofobia, em fase de preparação pelo MEC, nas escolas, deixou as entidades que militam pelos direitos dos homossexuais “perplexas”.
Dilma suspende ‘kit gay’ após protesto da bancada evangélica
Comunidade gay reage à suspensão do ‘kit anti-homofobia’
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ANA CAROLINA MORENO
DE SÃO PAULO
A decisão da presidente Dilma Rousseff de suspender a distribuição do kit anti-homofobia, em fase de preparação pelo MEC, nas escolas, deixou as entidades que militam pelos direitos dos homossexuais “perplexas”.
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MEC nega ter distribuído “kit gay” e diz que material pode mudar
PSOL entra com representação contra o deputado Bolsonaro
Bancada evangélica diz que não vota ‘nada’ até esclarecer ‘kit gay’
Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), afirmou que, na tarde desta quarta-feira, quatro reuniões aconteciam simultaneamente em Brasília e uma nota oficial da coalização de entidades será divulgada até o fim do dia.
“Até agora nosso diálogo foi muito franco e aberto com o governo, todo o pessoal aliado está muito perplexo e buscando todas as informações para verificar o que tem de verdade nessa história”, afirmou Reis à Folha.
Ele evitou emitir uma posição oficial sobre o caso antes da divulgação da nota.
Dilma determinou nesta terça-feira a suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia em planejamento no Ministério da Educação, e definiu que todo material do governo que se refira a “costumes” passe por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.
No dia anterior, a bancada evangélica na Câmara havia iniciado uma investida contra o governo para suspender o kit, com ameaças a obstruir votações, engrossar o coro da oposição por explicações do ministro Antonio Palocci (Casa Civil) sobre sua evolução patrimonial e com pedidos de exoneração do ministro Fernando Haddad (Educação).
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