Um texto que Helena Roseta publicou ontem no Facebook:
DO BLOG DE JOANA LOPES, PORTUGAL AQUI
De quem é a rua?
Na Praça da Catalunha, em Barcelona, forças policiais agridem cidadãos pacíficos aí concentrados, apenas porque é preciso garantir que a Praça fica livre para… os festejos do futebol. As imagens são chocantes e o abuso do poder indigna-nos tanto como nos tem indignado a reacção dos vários poderes ditatoriais à revolta árabe.
Em Lisboa, centenas de cidadãos, sobretudo jovens mas não só, têm desde há oito dias ocupado pacificamente o Rossio para exigir “democracia verdadeira, já”.
Tenho-os acompanhado quando posso e partilho muitas das inquietações e indignações dos nossos “acampados”. Tudo isto se passa perante o silêncio da generalidade dos media, com excepções como o Jornal de Negócios, que hoje, num editorial inspirado de Pedro Santos Guerreiro, intitulado “Passa por mim no Rossio”, alerta para a necessidade de termos os olhos abertos perante o que se está a passar.
Não sei o que iremos conseguir com estas formas de cidadania que estão a procurar inventar-se um pouco por todo o lado e também aqui, em Lisboa. O que sei é que a rua pode ser, e está a ser, o “espaço público” de que a democracia precisa para viver e crescer. A democracia, é preciso lembrá-lo, não nasceu no campo, nasceu nas praças de Atenas. E todos os grandes momentos de transformação social passaram pela rua.
Não podemos deixar que este “espaço público” nos seja roubado. Saberemos defendê-lo com convicção e civismo. Na rua e nas redes sociais, saberemos demonstrar o que queremos e o que não queremos. Fá-lo-emos também nas urnas. Chegará o dia em que os poderes instituídos, políticos, económicos ou mediáticos, terão se ser capazes de ouvir o clamor da rua – pela liberdade, pela democracia, pelo direito ao sonho e ao futuro.
DO BLOG DE JOANA LOPES, PORTUGAL AQUI
De quem é a rua?
Na Praça da Catalunha, em Barcelona, forças policiais agridem cidadãos pacíficos aí concentrados, apenas porque é preciso garantir que a Praça fica livre para… os festejos do futebol. As imagens são chocantes e o abuso do poder indigna-nos tanto como nos tem indignado a reacção dos vários poderes ditatoriais à revolta árabe.
Em Lisboa, centenas de cidadãos, sobretudo jovens mas não só, têm desde há oito dias ocupado pacificamente o Rossio para exigir “democracia verdadeira, já”.
Tenho-os acompanhado quando posso e partilho muitas das inquietações e indignações dos nossos “acampados”. Tudo isto se passa perante o silêncio da generalidade dos media, com excepções como o Jornal de Negócios, que hoje, num editorial inspirado de Pedro Santos Guerreiro, intitulado “Passa por mim no Rossio”, alerta para a necessidade de termos os olhos abertos perante o que se está a passar.
Não sei o que iremos conseguir com estas formas de cidadania que estão a procurar inventar-se um pouco por todo o lado e também aqui, em Lisboa. O que sei é que a rua pode ser, e está a ser, o “espaço público” de que a democracia precisa para viver e crescer. A democracia, é preciso lembrá-lo, não nasceu no campo, nasceu nas praças de Atenas. E todos os grandes momentos de transformação social passaram pela rua.
Não podemos deixar que este “espaço público” nos seja roubado. Saberemos defendê-lo com convicção e civismo. Na rua e nas redes sociais, saberemos demonstrar o que queremos e o que não queremos. Fá-lo-emos também nas urnas. Chegará o dia em que os poderes instituídos, políticos, económicos ou mediáticos, terão se ser capazes de ouvir o clamor da rua – pela liberdade, pela democracia, pelo direito ao sonho e ao futuro.
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