TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.
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sábado, 4 de dezembro de 2010


Hackers promovem maratona para cobrar governos por mais transparência
FERNANDO GALLO
FOLHA DE SÃO PAULO AQUI

Curioso para saber quais eram os deputados mais votados por zona eleitoral do Distrito Federal em 2006, o cyberativista Ricardo Poppi foi ao site do TSE e descobriu que teria que ver a votação de cada um deles em 17 zonas.

Seria um trabalho hercúleo para tentar verificar a informação de que haveria currais eleitorais em algumas partes de Brasília.

Poppi, que é hacker, passou cerca de 12 horas para conseguir baixar as informações do TSE e cruzá-las com o Yahoo Maps. Disso resultou o site Xerifes do DF, em que o se pode conseguir facilmente a informação que tanto custou a Poppi conseguir.

É um drama comum para jornalistas e pesquisadores. Informações que são públicas e estão disponíveis na web em sites de governos, são de difícil usabilidade: no mais das vezes não se pode cruzá-las e nem indexá-las. Não se pode resignificá-las.

Por esse motivo, centenas de pessoas se reúnem neste sábado (4), no Brasil e no mundo, na primeira maratona hacker em escala mundial cujo objetivo é cobrar dos governos que deem transparência e usabilidade a dados que são ou deveriam ser públicos.

Centenas de cidadãos de cerca de 30 países anunciaram no site do Open Data Day que vão participar. O evento é descentralizado e tem o objetivo de trocar informações e desenvolver aplicativos que possam fazer outros sites como o de Poppi.

"Pedimos aos governos que deem informação de um jeito estruturado. Em vez de mostrar um milhão de gráficos e tabelas, que eles permitam que a sociedade produza essas informações. Ela atribui valores diferentes", afirma Daniela Silva, uma das organizadoras da maratona.

"Todo mundo deve ter acesso à informação. É um direito fundamental e o Estado tem obrigação de fornecer essa informação de modo a que qualquer cidadão possa usar", diz Pedro Belasco, membro da comunidade Transparência Hacker.

Os cyberativistas brasileiros avaliam positivamente a transparência orçamentária do governo federal na web, mas afirmam que ela não deve se restringir à questão financeira, e sim se estender a qualquer dado sobre gestão.

E vão além: "Por que é possível declarar o Imposto de Renda pela internet, mas não é possível marcar uma consulta médica no SUS pela rede?", questiona Daniela.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


do Blog de Roberto Romano


Um excelente texto. Folha de São Paulo.
São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

MARCELO COELHO

Do Oiapoque ao Chuí

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As redações que li foram espantosas. Espantosas no melhor sentido possível. O português era 99% correto
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SETE MILHÕES de alunos da rede pública participaram, neste ano, de um concurso de redações escolares organizado pelo MEC e pela Fundação Itaú.

Depois de muitas eliminatórias, sobraram cerca de 150 textos. Fui um dos membros do júri na etapa final, tendo de selecionar os cinco vencedores em cada categoria (poema, crônica, artigo de opinião e memórias literárias).

As redações que li foram espantosas. No bom sentido; no melhor sentido possível.
O português era 99% correto. Fora algumas distrações, até os erros eram testemunha de que o aluno estava familiarizado com a norma culta. Exemplo clássico, o da "ascenção", com cedilha em vez de "s". Trata-se de erro que só se aprende nos livros.
Passei anos dando aulas de jornalismo numa faculdade conhecida aqui em São Paulo, e conto nos dedos os alunos que sabiam aplicar as regras da crase.
Outro mistério da língua é o uso do "cujo". Foge-se da palavra como se fosse o próprio capeta.
Pois bem, esses alunos de 13, 14, 17 anos, no máximo, tinham perfeita noção dos recursos que a gramática oferece aos interessados.
Claro que os textos passaram por oficinas e revisões em classe. Digo que me espantariam pela qualidade do mesmo jeito, se tivessem sido escritos pelos professores -de cujos conhecimentos (epa!) eu costumava desconfiar um bocado.
Os concorrentes vinham dos lugares mais improváveis. A cidade de Formiga, em Minas Gerais, era das poucas de que já tinha ouvido falar.
Vitória do Xingu (PA), Carrapateira (PB), Nova Alvorada do Sul (MS), Vila Paixão (ES): em cada lugar desses, há um adolescente escrevendo coisa com coisa, citando Clarice Lispector (1920-1977) ou Carlos Drummond (1902-1987), pesando os prós e os contras da colheita mecanizada na lavoura do café ou analisando o impacto da construção de uma barragem.
Nas crônicas, nos artigos de opinião e nos registros do passado feitos por meio de entrevistas com idosos, tem-se um vislumbre da realidade brasileira. Cidades que se formam em poucos anos e se dedicam à exportação de mexerica. Crianças que, depois de estudar, ajudam na colheita do chuchu. Economias formadas graças à exploração do xisto betuminoso.
Os relatos dos mais velhos, reproduzidos pelas crianças, tendem a assinalar o progresso material. A chegada da primeira televisão numa casa de sapé no Amazonas, a luz elétrica no sertão maranhense, a primeira viagem de trem.
Nos artigos de opinião, vê-se de que maneira a perspectiva da nova geração se modificou. O projeto desenvolvimentista clássico, que bem ou mal unificou ideologicamente o país durante boa parte do século 20, já não produz empolgação.
A mentalidade ecológica, mesmo nas menores cidades, predomina; há pequenas Marinas Silvas em qualquer escola.
Talvez não haja novos Gracilianos ou Clarices nos textos que li. Os clichês mais batidos, os "regatos de águas límpidas", as "revoadas de pássaros ao crepúsculo", não correm risco de extinção.
Do Oiapoque ao Chuí, para celebrar esse lindo clichê também, esses alunos estão aprendendo a mesma coisa e vão sendo familiarizados com o padrão que toda escola deve transmitir.
Para a realização das Olimpíadas, houve minucioso treinamento dos professores. Prova disso é que as exigências de cada gênero literário foram seguidas à risca em todos os lugares. A crônica de um menino catarinense era indiscutivelmente uma crônica, assim como era crônica o texto da aluna do Acre.
A uniformidade dos textos e o número de clichês atestaram, para mim, a presença de um esforço das escolas e dos professores, mais do que do acaso ingovernável de algum talento individual.
Cidades pequenas: qual o segredo delas? Dois, a meu ver. O primeiro é que são mais mobilizáveis para projetos desse tipo.
O segundo, menos auspicioso, é que lá o ensino público provavelmente não concorre com escolas particulares: crianças de famílias mais instruídas estudam ao lado das paupérrimas, e talvez seja esse um fator a ajudar o sucesso das primeiras na competição.
Mas escrevo isso só para não cair num otimismo exagerado. Lógico que, na média, tudo continua mal. Malíssimo. Mas não tudo, nem todos: ainda há quem fale de regatos límpidos e de revoadas de pássaros. E alunos pondo suas crases e seus cujos no lugar certo.

sábado, 23 de outubro de 2010

...


E tudo começou com o Akino…
22 outubro 2010


Em Americana (SP), o Ministério Público investiga a aquisição de DVDs pela prefeitura local, por mais de R$ 400 mil. Saiu no EPTV, que cita o caso de Maringá, onde o processo foi revogado, depois de denúncia feita neste espaço por Akino Maringá, que flagrou a esperteza da administração municipal.

Do Blog do Rigon, na Má-ringa, no Braziu.


Detalhe: o preço de cada DVD: R$61,00. É mole?

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