TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.
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domingo, 6 de julho de 2008

Taí!

Desenho de Millôr Fernandes
Enviado pelo Grosny Arruda
Obrigada!
Trib. da Imprensa, 5.6.08
Hoje, 86 anos do primeiro 5 de Julho
Parte importantíssima da história do Brasil
por Helio Fernandes

O 5 de julho de hoje, logicamente distante do 5 de julho de 1922 e de 1924, e inteiramente diferente. Esses dois 5 de julho, revelaram personagens que lutariam pelo Poder Revolucionário e progressista, e chegariam ao Poder em 1930, não mais Revolucionários nem progressistas. Mas dispostos a cumprir o conceito histórico: "Não há ninguém mais conservador do que um Revolucionário no Poder". Com a única exceção de Luiz Carlos Prestes, se apossaram de tudo, dominaram tudo, participaram de 1930, 1937, 1945, 1964, 1968, com uma resistência impressionante.
Esse 5 de Julho de 1922, teve a participação e a liderança de uma das mais importantes turmas saídas da Escola Militar, então em Realengo. O comandante do Forte de Copacabana, o capitão Hermes da Fonseca, liderava o que se chamou de "Os 18 do Forte". Liderava mas não participou, por jogadas do alto-comando do Exército.
Seu pai era o marechal Hermes da Fonseca, ex-presidente da República, presidente do Clube Militar, e comandante-em-chefe do Exército. Naquela época o Exército era pequeno, mesmo tendo ocupado a presidência da República, continuava na ativa e havia esse título de comandante do Exército. Na madrugada de 5 de julho, pouco depois de 1 hora da manhã, dois coronéis foram à casa de Hermes da Fonseca para prendê-lo.
Foi acordado e ainda de pijama, e vendo os dois coronéis, disse imediatamente: "Só posso ser preso por um oficial de patente igual à minha". Foi um custo, mas finalmente encontraram o marechal Botafogo, da reserva, mas com a mesma patente. Depois de mais de 2 horas, levaram Botafogo à presença de Hermes da Fonseca, se abraçaram, Hermes declarou: "Com você eu vou". Eram da mesma turma".
Pela manhã, o capitão Hermes da Fonseca foi chamado pelo alto-comando, deixou a saída do Forte sob o comando do tenente Siqueira Campos. Na véspera, o capitão Hermes da Fonseca reuniu a oficialidade, comunicou "o protesto que iam fazer, com risco da própria vida, mas só participaria quem quisesse". Muitos desistiram imediatamente, outros desistiriam depois, era um direito de cada um. Finalmente deixaram o Forte, fardados, com as espingardas voltadas para baixo.
Siqueira Campos pegou uma bandeira, partiu em 17 pedaços, distribuiu. Na porta do Forte, um civil com chapéu tipo Santos Dumont, perguntou o que iam fazer. Disseram, respondeu, "também vou". Siqueira Campos então deu a ele um pedaço da sua bandeira. Se chamava Otavio Corrêa, foi o primeiro a morrer.
Foram pela praia, brutal e cruelmente metralhados pelo que se chamava de "forças legalistas". Escaparam 3 ou 4, entre eles Siqueira Campos e Eduardo Gomes. O tenente Eduardo Prado, muito ferido foi levado para o Hospital Central do Exército. O presidente Epitacio Pessoa, com Bernardes já eleito, mas que só tomaria posse em 15 de novembro, foi ao hospital. Parou na cama onde estava Eduardo Prado, e exclamou: "Tanta bravura por uma causa inglória". Imediatamente o tenente arrancou com violência os curativos do abdômen, morreu na frente de Epitacio. Este que tinha muitos defeitos, menos a covardia ou a falta de coragem, ficou horrorizado, saiu assombrado.
Esse 5 de Julho se reproduziria em 1924, é rigorosamente histórico, provocou enormes mudanças. Daí surgiria a "Coluna Prestes" que se completaria com a falsa Revolução de 30 e surgiria a ditadura de 15 anos, com o apoio de muitos desses militares.
Vargas era um ditador nato, traiu todos eles, mas alguns se deixaram "trair" com total satisfação. O então chefe do Governo Provisório foi mudando de nome, enganando a todos. Desde 1933/34 até o 10 de novembro de 1937. Era a ditadura verdadeira, que encerrou um período em 1945, outro em 1954, provocaria a renúncia de Jânio em 1961, a posse e a derrubada de Jango, o 1964, e os seus 21 anos de Poder.
PS - Noutro dia, em debate numa Universidade, me perguntaram, "quando começa o golpe de 1964?" Tranqüilamente, respondi: "Em 15 de novembro de 1889! Não estava exagerando.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

SOS Brasiu!

Minotauro, Picasso

Nem toda sociologia, nem, talvez, a antropologia, explicam as atrocidades que a polícia e o exército cometem nas favelas do Rio de Janeiro (e São Paulo... e Porto Alegre e ...). O que dizer dos traficantes? Ontem a noite, ouvindo a entrevista, na TV Globo, com uma senhora que salvou um dos rapazes do Morro da Providência (providência?) fiquei chocada. Recorro à psicologia, portanto. O que faz com que soldados do exército prendam jovens, surrem e os entreguem aos traficantes de outro local? Paranóia? Sadismo? Ressentimento? Por puro dinheiro? Que prazer é este que mobiliza soldados ao ataque vil de cidadãos?
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Do Blog do Roberto Romano
MORTOS SEM SEPULTURA
Celso Lungaretti (*)
Reagindo de bate-pronto ao episódio chocante das torturas e assassinatos no morro da Providência, sem as fontes de informação de que a imprensa dispõe, ofereci um quadro incompleto no meu recente artigo Fora, Exército!, pelo que me desculpo com meus leitores. Faltou dizer que:
1) O Cimento Social é um projeto eleitoreiro do candidato do Planalto à prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, criatura da Igreja Universal do Reino de Deus e companheiro de partido do vice-presidente José Alencar;
2) Daí a facilidade que encontrou para receber verbas da União, além da mão-de-obra gratuita do Exército Nacional (que, pela legislação vigente, jamais poderia ser disponibilizada para tal empreitada);
3) Como escreveu o senador José Sarney, o Exército não honrou suas tradições ao aceitar essa incumbência indigna, contrariamente ao que fazia no passado, quando se recusava a caçar escravos fugitivos por considerar que isso era tarefa de capitães-do-mato e não de militares;
4) Ingenuamente, pensei que o objetivo principal fosse vender à população a idéia de policiamento dos morros cariocas pelos militares. Subestimei o fato de a política brasileira ter se tornado um submundo... imundo! Os interesses determinantes foram bem mais rasteiros: ajudar a eleger um bom companheiro e encher os cofres das empreiteiras, para que estas retribuam abastecendo o caixa-2 da campanha eleitoral. O de sempre, enfim.
Não faltaram indivíduos indignos (até na imprensa!) para satanizarem as vítimas, omitindo que, à luz do Direito, eram totalmente inocentes, pois jamais haviam sido condenadas pela Justiça. Passagens pela polícia, por suspeitas não confirmadas, nada significam em termos legais nem podem ser utilizadas como argumento contra ninguém. O resto é preconceito e má fé.
O que houve foi somente isto: três cidadãos brasileiros, em pleno usufruto de seus direitos constitucionais, sofreram torturas atrozes e foram abatidos como cães, em função da sordidez dos poderosos e da omissão dos servis. Serão mortos sem sepultura, como tantos e tantos outros em nosso sofrido País, até que consigamos construir aqui uma democracia de verdade. A de hoje é um escárnio para os que arriscaram a vida, a integridade física e a sanidade mental em nome do restabelecimento do estado de Direito.
* Celso Lungaretti, 57 anos, é jornalista, escritor e ex-preso político. Mais artigos em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Bispo Crivella e sua campanha no Hotel Brasiu


Por Lucia Hippolito (cap-tirada do Noblat)
Campanha manchada de sangue
"A tragédia: três jovens moradores do morro da Providência, no Rio de Janeiro, foram entregues a traficantes do morro da Mineira (membros de uma quadrilha rival da quadrilha do morro da Providência). Depois de brutalmente torturados, foram assassinados e seus corpos encontrados num lixão.
O escândalo: os jovens foram entregues por soldados do Exército que estão em ação no morro da Providência. O tenente que comandou a operação, de 25 anos, confessou o crime e afirmou que queria “dar um corretivo” nos jovens.
O escândalo maior ainda: a população do Rio de Janeiro – e do Brasil – foi informada, da forma mais chocante possível, que um destacamento do Exército está sendo utilizado para reformar casas e pintar fachadas no morro da Providência, como parte de um projeto eleitoral do ex-bispo e senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), candidato a prefeito da cidade do Rio de Janeiro.
Isso mesmo: o Exército brasileiro foi privatizado para atender aos interesses eleitorais de um candidato, correligionário do vice-presidente da República e membro atuante da base aliada do governo.
O agravante: o Comando Militar do Leste deu parecer contrário à operação. O comando do Exército encampou as objeções do CML. Mas o Palácio do Planalto deu sinal verde para que fosse realizado um convênio entre o Ministério das Cidades e o Ministério da Defesa para viabilizar a atuação do Exército na comunidade".

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Incrível! Eita, machismo brasileiro!

foto de Apu Gomes/Folha Imagem FOLHA de SPaulo
Exército cerca emissora de TV para prender sargento gay
Laci Araújo e o companheiro davam uma entrevista ao programa "SuperPop", da RedeTV!
Exército diz que ele foi preso pois é desertor; na revista "Época", os dois foram apresentados como o 1º casal gay da instituição


Exército em frente a prédio da Rede TV! na madrugada de ontem, em Barueri, ao cumprir mandado de busca e prisão contra sargento
porLAURA CAPRIGLIONE
Homens da Polícia do Exército armados com fuzis FAL, de uso exclusivo das Forças Armadas e com pistolas, cercaram o prédio da Rede TV! na madrugada de ontem. O objetivo da missão: cumprir mandado de prisão contra o 2º sargento Laci Marinho de Araújo, 36, homossexual assumido, que encerrava uma entrevista ao programa "SuperPop", da apresentadora Luciana Gimenez.
O sargento De Araújo, como é conhecido no Exército, estava em companhia do também sargento Fernando de Alcântara de Figueiredo. Ambos falavam sobre o relacionamento amoroso que mantêm desde 1997.De Araújo e Figueiredo foram tema de capa da última revista "Época", que os apresentou como "o primeiro casal de militares brasileiros que assume a homossexualidade"."Eles querem me matar"; "Eles querem fazer uma queima de arquivo"; Sou um arquivo morto"; "Vou me suicidar para não ir preso", gritava desesperado o sargento De Araújo, enquanto pedia socorro a entidades de defesa dos direitos humanos e de homossexuais, para evitar sua prisão.
Ainda no ar, o programa mostrou o cerco ao prédio, enquanto a apresentadora exclamava nunca ter visto nada igual em anos de carreira.O argumento para a prisão do sargento De Araújo apareceu às 4h de ontem. Foi nessa hora que o coronel de Cavalaria Cesar Augusto Moura, que chefiava a operação, apresentou o mandado assinado pela juíza militar Vera Lúcia da Silva Conceição.
No documento, datado do dia 3 de junho, a juíza ordenou: que se "proceda a busca e captura do desertor (...) Laci Marinho de Araújo (...) Mando que se procedam (sic) a todas as diligências necessárias e se empreguem os meios indispensáveis."Depressão crônica, epilepsia, esclerose múltipla, estresse traumático. O sargento De Araújo é um catálogo ambulante de doenças psíquicas, motivos que já justificaram sua internação para tratamento psiquiátrico em quatro oportunidades distintas. Sucessivas licenças médicas afastaram-no do serviço militar desde outubro de 2006.
Atualmente, ele toma os medicamentos de tarja preta Flunarizina, Paroxetina, Rivotril, entre outros. Segundo o Exército, desde o dia 15 de abril está sendo investigada suposta prática do crime de deserção pelo sargento De Araújo. No último dia 20, a Justiça Militar autorizou a prisão do acusado, mas ele não foi encontrado. Ao receber a informação de que De Araújo estava em um programa de televisão, a juíza Vera Lúcia da Silva Conceição pediu a captura. Segundo o Superior Tribunal Militar, o sargento agora passará por exames médicos. Se for considerado apto a continuar na carreira militar, será processado por deserção.
Ontem, com um quadro de confusão mental, agitação e agressividade, segundo atestado pelo médico psiquiatra Paulo Sampaio, que foi ao local representando o Conselho Regional de Medicina, o sargento estava preso em um quarto do Hospital do Exército de São Paulo, na região do Cambuci. Dez soldados armados de pistolas montavam guarda na porta do apartamento. O sargento Figueiredo acompanhava o preso, hospedado no mesmo apartamento -foi uma permissão especial dada pelo Exército.
Segundo Figueiredo, seu companheiro não tem condições de reassumir o posto. "Ele está muito doente", disse, os olhos vermelhos de choro.Beto Sato, 28, da Associação Brasileira dos Gays e do Fórum Paulista de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros, considera que a ação do Exército na Rede TV! é uma "demonstração clara da homofobia que existe na instituição. Quantos desertores existem por aí? Muitos. E você já viu alguma ação desse quilate? Ser justamente contra um homossexual a mais exibida de todas as ações de captura de um desertor é uma prova da homofobia que existe no Exército."Os sindicato dos jornalistas e dos artistas de São Paulo, e a Comissão dos Direitos da Pessoa Humana, Condepe, consideraram a ação de captura uma afronta à liberdade de manifestação e expressão. "É uma prisão dramática de uma pessoa doente, que nem sequer teve direito a um defensor público", disse o advogado Francisco Lucio França, do Condepe.O coronel Moura, que chefiou a operação, disse à Folha que foi "convocado" para cumprir o mandado de busca e prisão na Rede TV!. Por quem? "Pelo Comandante Militar do Sudeste", disse o militar. "Pelo general...", perguntou a reportagem. "Pelo Comando", limitou-se a responder.S
egundo ele, não houve qualquer motivação homofóbica na prisão. "Ninguém separa ou discrimina ninguém no Exército por sua religião, orientação sexual ou raça. O sargento De Araújo não feriu o pudor da instituição pelo fato de ser homossexual. Isso é dele. O que está em questão é a condição de desertor. Se não cumpríssemos o mandado de prisão, aí sim, poderíamos ser acusados de falta, no caso de incorrer em prevaricação", disse.Na porta do hospital, poucos recrutas atreviam-se a comentar a prisão do sargento De Araújo. Um, entretanto, passou pela reportagem falando em voz alta, para ser notado: "Vê só o estrago que fazem umas bichinhas infiltradas."

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