TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Na Má-ringa


Vereadores: descontos por faltas

Dois Vereadores, pelo menos, terão descontados de seus subsídios valores relativos à faltas injustificadas em sessões, no mês de junho: Heine Macieira que esteve em viagem à França e faltou numa terça e Zebrão, que foi a Curitiba participar do Conselho Artibral da Federação Paranaense de futebol, e mandou carta dizendo que foi em visita ao Detran. Espera-se que os depois peçam ao Presidente, assim como fez a Vereadora Marly, recentemente, que efetue o desconto. No caso de Heine, é certo, vale a regra anterior de desconto 1/8, para Zebrão fico na dúvida se já está valendo a alteração do regimento interno que fixou em 1/30. Não se esqueçam que com a divulgação dos pagamentos, de acordo com a Lei da Transparência, é possível que verifiquemos se houve ou não o desconto. Estamos de olho!

Akino Maringá, colaborador do Blog do Rigon

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Poema sobre a igualdade e a desigualdade por Carlos Fiolhais Rerum Natura


Deixo aqui o poema de Drummond de Andrade que li no debate de ontem sobre "Igualdade" realizado em Fátima com D. Manuel Clemente e o Dr. Artur Santos Silva:


Igual-Desigual

Eu desconfiava:
todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são
iguais.
Todos os partidos políticos
são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda
são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais
e todos, todos
os poemas em verso livre são enfadonhamente iguais.

Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as acções, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa.

Ninguém é igual a ninguém.
Todo o ser humano é um estranho
ímpar.

Carlos Drummond de Andrade, in 'A Paixão Medida'

moscas


Miséria política brasileira por Roberto Romano

“Uma cena ocorrida na semana passada na Assembléia Legislativa do Paraná mostrou como os políticos profissionais se relacionam com a política teórica. O deputado Rafael Greca (PMDB) citou em plenário o Barão de Montesquieu, o principal teórico da divisão dos poderes, um dos homens que viabilizaram, em última instância, a existência de Legislativos fortes. Jocelito Canto (PTB) respondeu dizendo que não sabia de quem se tratava. Acabou chamando Montesquieu de Moscão, meio na base da brincadeira” (Gazeta do Povo, jornal de Curitiba, 27/06/2010). O companheiro paranaense do Correio Popular colheu uma pérola das mais brilhantes no mundo político. Depois que Luiz Inácio da Silva elogiou ditadores e ditaduras, lascou um “emprenhei a galega” em pleno comício na cidade de Porto Alegre e sussurrou ao prefeito de Pelotas que sua urbe exportava, vocês sabem, “heterodoxos sexuais”, o Brasil caiu na gandaia. Agora sabemos que, para legislar e governar não é preciso conhecer a história do direito e da legislação. E viva o filósofo Moscão! Tal pensador representa uma parcela muito significativa dos nossos legisladores.

Dá para entender a causa de tanta desfaçatez corrupta, impunidade, arrogância dos políticos. Elas se baseiam na beata ignorância. Parcela considerável de políticos não sabe o que faz, literalmente. Daí seguimos para o privilégio de foro, para os atos secretos do Senado, para as notas nas roupas íntimas (íntimas?), nas bolsas e nos bolsos (também nas meias, em todo lugar imaginável), para a perda do Estado democrático de direito. E voamos para a saúde em frangalhos (menos, claro, na propaganda oficial e oficiosa), para a insegurança mais do que sinistra, para as escolas que não ensinam e universidades que não formam. Políticos ignaros são eleitos, praticam atos corruptos com recursos públicos e bênçãos do eleitor. Vivemos sob o signo da hipocrisia coletiva: é possível fazer um desafio aos moralistas de fancaria que rebolam os olhos, os ombros e os quadris ao lamentar a roubalheira em grande parte do Executivo ou Legislativo, dos municípios à federação. Desafio: em quem eles, moralistas, votam? No deputado e senador que trazem obras para sua região, ou nos candidatos íntegros? Não é preciso responder: a maioria esmagadora vota em quem carrega obras para a sua cidade. E todos sabem que, para conseguir tal feito, o mesmo político é obrigado a abandonar qualquer pretensão ética, moral, religiosa etc. Com a concentração dos impostos no governo federal, chegam as verbas apenas quando se negocia apoio ao mesmo governo. “É dando que se recebe”. Insisto: todos sabem que a “negociação” é imperativa. Daí a hipocrisia quando alguém brada: “eles são corruptos”. Não, caros concidadãos: o país é vendido, no atacado e no varejo, a preço vil. E poucos escapam da corrupção endêmica.

“Estranho povo, o ateniense”, parafraseio Platão que assim falava pela boca de Sócrates. “Na hora de se construir uma casa, contratam o melhor arquiteto. Quando precisam fabricar navios, escolhem o artesão exímio. Para tudo buscam o melhor técnico. Quando se trata de fazer leis e governar... contratam qualquer um”. Estranho povo, o brasileiro. Aqui, dizer que Montesquieu é Moscão torna-se engraçado quando, na verdade, exibe profunda miséria espiritual. E depois, na hora das chuvas e das mortes por afogamento, o mesmo povo ergue as mãos para os céus, pede ou ameaça o ser divino. Este, como também dizia Platão, não tem culpa pelos nossos erros. Tragédia não é a chuva que desgraça Alagoas ou Santa Catarina. Tragédia é sermos um povo que confia seu destino político a pessoas que deliberadamente desconhecem a lei e se espojam na ignorância. Deixemos de mentiras: aceitemos nosso quinhão no descalabro de nossa fingida república. Não senhores: quando são eleitos corruptos e ignorantes notórios, a culpa é de toda a cidadania. Diz Santo Agostinho: “Deus não precisa de nossa mentira”. Você acha certo que legisladores ignorem o modo de fazer leis, a história do direito, sejam “espertos e populares”? Então pague impostos que não têm retorno. E pare de fingir indignação!

...

Roque:

... uma magnífica charge. De uma tragédia.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Repeteco do meu cacareco!

De uns tempos pra cá
os móveis, a geladeira
o fogão, a enceradeira
a pia, o rodo, a pá
coisas que eu quis comprar
deu vontade de vender
e ficar só com você
isso de uns tempos pra cá

Que serrá!?




Diz Sponholz:


Pode não ser uma boa charge, mas é uma bela música.
Confiram Doris Day aqui: http://www.youtube.com/watch?v=xZbKHDPPrrc


Trecho do filme "the man who knew too much" do Hitchcock, com a própria e com James Stewart.
P.S: The man who knew too much, acaso não teria sido o Celso Daniel ?

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SPONHOLZ! adorei a charge!

Ui!



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O xixi do revisor Por José de Arimathéia, Londrina, UEL
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Há 21 anos faço revisões de textos acadêmicos. Comecei com colegas de turma da Comunicação, que vinham em casa desesperadas com a orientadora que mandava fazer "tudo de novo". Depois, foram colegas da turma seguinte, de repente professores, um conta ao outro, então de outro Departamento, outra Universidade, outra cidade, outro estado... e duas décadas se foram.

Alguns anos atrás, parei com tudo. Ou quase. Parei com as correções de trabalhos monográficos, porque estavam cada vez pior, cada vez mais mal escritos. Ou eu cobrava no mínimo o dobro, porque quase tinha que reescrever parágrafos inteiros - e eu não escrevo, eu corrijo - e aí inflacionaria o mercado, ou abandonava a atividade. Abandonei. Corrijo quando sou orientador, membro de banca de avaliação, ou excepcionalmente algum outro material, como a revista Discursos Fotográficos.

Neste trabalho de revisor, tenho o cuidado de manter, até onde é possível, o estilo original do autor. Por exemplo: diferentemente de mim, há quem não goste de usar frases entre travessões. Ou expressões entre parênteses. Há os que usam sempre o verbo no presente. Ao identificar detalhes como estes, tento preservá-los, e não inserir tais elementos estranhos.

Apesar deste cuidado, algum autor pode pensar que teve seu texto mutilado, distorcido, violentado. Só uma vez soube de uma reclamação. Mas a autora escreve tão mal que não foi possível preservar seu "estilo". Porém ela exigiu desfazer tudo, e o editor, em respeito à autoridade acadêmica da fulana, acatou.

Quando, porém, estou no lado oposto, submetendo um texto meu à apreciação de um parecerista, já notei que costumo brigar. Não aceito pacificamente todas as correções. De um lado, há aquelas regras capesianas - obrigatoriedade de citações, etc. Mas aqui me refiro às correções textuais mesmo.

Peguemos o exemplo mais recente. Ainda não sei se o artigo será publicado, mas saberei nos próximos dias. O/A parecerista corrigiu meu texto e enfiou palavras completamente estranhas ao meu estilo. Alguém já me viu usar a palavra "conquanto" em algum trabalho? E "cujo" ou "cuja"? O termo está praticamente abolido do uso comum. Quem diz "conquanto"? Quem fala em "cujo o"?

O artigo corrigido também trazia verbos na primeira pessoa do singular: "Cabe-me explicar...". Meu Deus! Eu prego contra a primeira pessoa do singular. É pedantismo. A não ser num relato pessoal, evito sistematicamente.

E para provar que parecerista também falha (eu falho!), havia no texto corrigido um "diminui-lo", assim, sem acento no hiato. Em compensação, pôs um hífen onde não havia necessidade. Isso sem falar em ênclises quando havia partículas atratoras para transformá-las em próclises. E até aquele "se" desnecessário, como "sem se pensar em cada habilidade...". Notei ainda que o/a parecerista gosta de voz passiva. Vê-se que não deve ser jornalista. Discordei ainda de alguns usos do infinitivo pessoal - um tempo verbal que só confunde, mas precisamos dele de vez em quando.

Ah, sim, o/a parecerista também não entendeu algumas elipses (bem óbvias, a meu ver) e - pasme! - não sabe que "extrapolar" significa "ir além de".

O pior de tudo, sem dúvida, são aquelas famosas correções "seis por meia dúzia".

Logicamente, isto me fez refletir: será que eu sou chato assim? Será que também pensam que eu corrijo trocando 6 por meia dúzia? Eu chamo estas correções de "xixi do revisor". Sabe quando um animal faz xixi para marcar território, deixar sua marca, avisar os outros que ele é o dono da área? Gatos, cachorros, suricatos, muitas espécies fazem isso. O orientador, o membro da banca. O parecerista. O revisor. Há aqueles que precisam fazer o seu xixi nos textos dos outros, caso contrário não dormem em paz.

A Doutorite pode causar esta compulsão diurética. Imagino que a Síndrome Capesiana também. E ai se o autor coitado - ou coitado autor, lembraria Brás Cubas - for um simples aluno, ou não for um professor notável, ou não pertencer a uma Universidade renomada. Aí a diurese revisora pode se transformar em verdadeira incontinência.
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É do Zé a boa expressão DURA CAPES SED CAPES!

Nofa!



Da ADUSP eletrônica, cap-tirado do Blog de Roberto Romano


Periódico eletrônico internacional publica retratação e acusa de plágio o grupo de Andreimar e Suely Vilela

O periódico eletrônico Biochemical Pharmacology, que publicou, em 2008, artigo acusado de plágio, acaba de publicar a retratação, reconhecendo a procedência das denúncias. O artigo em questão é assinado por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto liderado pelo professor Andreimar Soares e do qual faz parte a professora Suely Vilela, então reitora da USP. O caso foi publicado, em primeira mão, pela edição 296 do Informativo Adusp.

O artigo do grupo de Andreimar reproduz três imagens colhidas em microscópio eletrônico idênticas às que constam de outro artigo, publicado em 2003 na revista Antimicrobial Agents and Chemotherapy (v. 47, nº 6), por Angela Hampshire Lopes e seu grupo da UFRJ. Certas passagens do artigo de 2008 são quase integralmente copiadas do artigo de 2003, não havendo qualquer referência ao trabalho anterior e aos seus autores.

De acordo com Biochemical Pharmacology, “os autores plagiaram figuras transmitidas por microscópio eletrônico publicadas por outros em Antimicrobial Agents and Chemotherapy, 47 (2003) 1895–1901” e portanto “este artigo representa um grave abuso do sistema de publicações científicas”. “A comunidade científica adota uma visão muito severa desta matéria e nós pedimos desculpas aos leitores do jornal por esse incidente”.


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Do Blog do Roberto Romano

Transtornos mentais atingem 23 milhões de pessoas no Brasil
Política prioriza doenças graves, mas as mais comuns são depressão, ansiedade e transtornos de ajustamento

Agência Brasil
BRASÍLIA - No Brasil, 23 milhões de pessoas (12% da população) necessitam de algum atendimento em saúde mental. Pelo menos 5 milhões de brasileiros (3% da população) sofrem com transtornos mentais graves e persistentes.

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, apesar de a política de saúde mental priorizar as doenças mais graves, como esquizofrenia e transtorno bipolar, as mais comuns estão ligadas à depressão, ansiedade e a transtornos de ajustamento.

Em todo o mundo, mais de 400 milhões de pessoas são afetadas por distúrbios mentais ou comportamentais. Os problemas de saúde mentais ocupam cinco posições no ranking das dez principais causas de incapacidade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Dados da OMS indicam que 62% dos países têm políticas de saúde mental, entre eles o Brasil. No ano passado, o País destinou R$ 1,4 bilhão em saúde mental.

Desde a aprovação da chamada Lei da Reforma Psiquiátrica (Lei nº 10.216/2001), os investimentos são principalmente direcionados a medidas que visam a tirar a loucura dos hospícios, com a substituição do atendimento em hospitais psiquiátricos (principalmente das internações) pelos serviços abertos e de base comunitária.

Em 2002, 75,24% do orçamento federal de saúde mental foram repassados a hospitais psiquiátricos, de um investimento total de R$ 619,2 milhões. Em 2009, o porcentual caiu para 32,4%. Uma das principais metas da reforma é a redução do número de leitos nessas instituições. Até agora, foram fechados 17,5 mil, mas ainda restam 35.426 leitos em hospitais psiquiátricos públicos ou privados em todo o país.

A implementação da rede substitutiva - com a criação dos centros de Atenção Psicossocial (Caps), das residências terapêuticas e a ampliação do número de leitos psiquiátricos em hospitais gerais - tem avançado, mas ainda convive com o antigo modelo manicomial, marcado pelas internações de longa permanência.

O País conta com 1.513 Caps, mas a distribuição ainda é desigual. O Amazonas, por exemplo, com 3 milhões de habitantes, tem apenas quatro centros. Dos 27 estados, só a Paraíba e Sergipe têm Caps suficientes para atender ao parâmetro de uma unidade para cada 100 mil habitantes.

As residências terapêuticas, segundo dados do Ministério da Saúde referentes a maio deste ano, ainda não foram implantadas em oito Estados: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Rondônia, Roraima e Tocantins.

No Pará, o serviço ainda não está disponível, mas duas unidades estão em fase de implantação. Em todo o Brasil, há 564 residências terapêuticas, que abrigam 3.062 moradores.

Serra será?

Fotoarte: não sei quem fez. Não me lembro!

Conversando hoje com o Santiago, do Gazeta Maringaense, ouvi dele:
- Sempre a direita disse que a esquerda só se unia na prisão. E, agora, o que dizer do Zé Serra e os DEMos?

- Ah, a turma também briga!

domingo, 27 de junho de 2010

Ai, Meu Deus!


Dia do ecumenismo (nofa, Akino, li comunismo!)

Foi aprovado na última sessão da Câmara de Maringá, em primeira discussão, um importante projeto do Vereador Evandro Junior, que cria o dia municipal do ecumenismo, a ser comemorado no dia 21 de outubro. Na mesma linha de outros, como o que criou o dia do porteiro,deixando de fora os zeladores, serventes, este peca por não especificar se é ecumenismo religioso, ou de outro tipo, pois a palavra de deriva de eucumênico significa geral, universal. Não houve unanimidade de votos. Como diria Heine, talvez na pressa de mostrar serviço, o jovem Vereador pula etapas, mas erro de redação é humano, até um projeto de Humberto Henrique foi vetado por erro de redação que ele mesmo reconheceu, modestamente, dizendo, que é difícil, mas também erra.

Akino Maringá, colaborador


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COMENTÁRIO:

que tal o Dia dos Mata Burros?

Dia da não corrupção?

Dia D?

Dia W?

Hoje é domingo, pé de cachimbo ...

Antonio zambujo, Ivans Lins em Cascais, Portugal

Sublime


Mais um amigo!



O Santiago em seu Blog Gazeta Maringaense diz que ganhou mais uma amiga. DIGO: EU também!

O bom é que vamos trabalhar juntos na CAMPANHA para reitor dos Professores Mauro Baesso e Julio Damasceno.

De Moscas e de Moscão!


Do Blog de Roberto Romano


Moscão e outros clássicos da teoria política


Os políticos andam distantes dos livros de teoria. Se eles conhecessem os clássicos seriam melhores no que fazem? Veja o que dizem os especialistas e conheça uma lista dos teóricos mais importantes da área

Rogerio Waldrigues Galindo

Uma cena ocorrida na semana passada na Assembleia Legislativa do Paraná mostrou como os políticos profissionais se relacionam com a política teórica. O deputado Rafael Greca (PMDB) citou em plenário o Barão de Montesquieu, o principal teórico da divisão dos poderes, um dos homens que viabilizaram, em última instância, a existência de Le­­­gislativos fortes. Jocelito Canto (PTB) respondeu dizendo que não sabia de quem se tratava. Acabou chamando Montesquieu de Moscão, meio na base da brincadeira.

Para alguns cientistas políticos, o desconhecimento de um autor clássico ligado à própria atuação do deputado é imperdoável. Saber o mínimo sobre os livros que deram base à própria função do legislador seria requisito básico para que o parlamentar tivesse uma boa atuação. Para outros, cobrar que um deputado conheça Montesquieu é uma tolice: para esses, citar um clássico só por citar é que parece um erro, um esnobismo desnecessário.

“É como quando você leva o carro para um mecânico”, afirma o filósofo e cientista político Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “Você não espera que ele seja um engenheiro. Mas se ele ignora o beabá de sua profissão, é um péssimo mecânico”, diz. Romano defende que um membro do Executivo até pode se esquivar de ter conhecimento sobre o assunto, já que conta com assessores que podem ajudá-lo em qualquer dificuldade. No Legis­­lativo, isso seria mais difícil.

Ricardo Costa de Oliveira, da Uni­­versidade Federal do Paraná (UFPR), concorda com ele. “A cultura política aprimora a atuação parlamentar. Qualquer profissional qualificado desempenha melhor a sua função”, opina. Segundo ele, porém, falta aos políticos contem­­porâneos o gosto pela teoria. “Já ti­­ve­­mos épocas em que havia um núcleo de parlamen­­tares mais interessados no debate. Ho­­je, são me­­nos co­­muns. Ma­­s os que têm essa formação, essa preocupação, acabam indo inclusive mais lon­­ge. Quanto maior a densidade in­­telectual, maior a liderança”, afirma.

Bacharelismo

Há, porém, entre os especialistas, quem pense o oposto disso. É o caso do cientista político Adriano Codato, da UFPR. “Exigir esse verniz de sofisticação, muitas vezes falso, é típico da cultura do bacharelismo brasileiro”, diz. Segundo Codato, o que acontece, e que teria sido comprovado recentemente por Leôncio Martins Rodrigues, no livro Mudanças na classe política brasileira, é que o Brasil está “popularizando” sua classe política. “Cada vez temos mais sindicalistas, trabalhadores de setor de serviços chegando ao Parlamento. E isso desperta o preconceito típico da sociedade brasileira”, afirma. “O que é preciso saber é se o político representa bem os interesses de seus eleitores, da população”.

É o que também defende Carlos Luiz Strapazzon, cientista político do Centro Universitário Curitiba – UniCuritiba. Para ele, é importante que os políticos tentem se profissionalizar. “Mas se ele não conhece um autor clássico, não me preocupo muito. Tem que saber o que é a separação dos poderes, mas para ser bom político não precisa ser um erudito.” Strapazzon diz que já foi o tempo em que se acreditava que filósofos deveriam estar no poder. “De vez em quando aparece um Fernando Henrique Cardoso, que traduziu Montesquieu. Mas não necessariamente por isso ele foi melhor presidente do que um torneiro mecânico”, diz.

Para quem quiser conhecer os clássicos da teoria política, porém, a Gazeta do Povo pediu a cinco professores da área que indicassem autores importantes de todos os tempos. O resultado vai nesta página.

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Aristóteles (384-322 a.c.)

Obra principal:
A Política

Por que é importante? Aristóteles é considerado um cientista: ele foi capaz de sistematizar os modelos de governo conhecidos na sua época e descrever o seu funcionamento.“Ele também vai ser a base de boa parte do pensamento conservador. Na sua teoria, alguns pressupostos básicos, como o direito à propriedade, são tidos como ‘naturais’, indiscutíveis”, afirma Roberto Romano, da Unicamp.

Platão (427-327 a.C.)

Obra principal:
A República

Por que é importante? Foi o primeiro pensador a estabelecer um ideal de bom governo. Platão vai ser importante como fundamento de toda a teoria política, especialmente por criar uma tradição baseada na ideia de que era possível atingir um futuro mais justo, desde que a forma de organização da sociedade fosse correta.

Maquiavel (1469-1527)

Obra principal:
O príncipe

Por que é importante? O livro é considerado um clássico por ser uma descrição precisa do modo de governo que se estabeleceu com o surgimento dos Estados europeus depois do fim da Idade Média. Maquiavel, que participava da Corte, viu as coisas acontecerem de perto, e soube traduzir as regras do governo como ninguém em sua época.


Santo Agostinho (354-430)

Obra principal:
A cidade de Deus

Por que é importante? “Santo Agostinho piora o diagnóstico de Platão. Diz basicamente que todos os regimes e todos os governos são compostos por bandos de ladrões”, diz Romano. Segundo o filósofo, o pensador ajudou a que se tivesse uma visão mais crítica em relação aos mandatários. “É bom para prevenir as pessoas”, afirma o cientista político da Unicamp.

Thomas Hobbes (1588-1679)

Obra principal:
O Leviatã

Por que é importante? Segundo o cientista político da UFPR Ricardo Costa Oliveira, a ideia mais importante do livro é a do contrato. “É uma ideia basilar do mundo atual, do mercado”, diz. Hobbes defendia um Estado forte, com um rei com grandes poderes. Registra a formação do Estado nacional moderno e centralizador.

John Locke (1632-1704)

Obra principal:
Segundo Tratado sobre o Governo Civil

Por que é importante? Locke foi contemporâneo de uma importante revolução na Inglaterra, a Revolução Gloriosa. Sua obra é considerada um fundamento do liberalismo europeu. Também foi um dos teóricos a ressaltar a importância do Poder Legislativo, que ganha força e se firma como o regime de governo inglês. Também teve papel importante na defesa do Estado laico, que fosse capaz de tolerância religiosa.

Montesquieu (1689-1755)

Obras principais:
O Espírito das leis, Cartas persas

Por que é importante? Ligado ao Iluminismo, foi o principal defensor da divisão em três Poderes; Executivo, Legislativo e Judiciário. A implementação dessa teoria, que na Europa se espalhou após a Revolução Francesa, deu um golpe de morte no Absolutismo: os reis, acostumados a governar sozinhos e a fazer o que bem quisessem, passaram a ter de dividir funções e a ser fiscalizados.

Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895)

Obra principal: O manifesto comunista

Por que é importante? Em 1848, os dois autores escreveram um panfleto que se tornaria um clássico. Duas décadas antes de O Capital, Marx inova a teoria política ao dizer que não há uma vontade geral e que o Estado é dominado por um grupo, uma classe econômica, que defende seus próprios interesses.

“Federalistas”

Obra principal: O federalista

Por que é importante? Grupo formado por Alexandre Hamilton, James Madison e John Jay entre 1787 e 1788. Os três autores escreveram uma série de 85 artigos defendendo teses sobre como deveria ser a Constituição dos Estados Unidos, que acabavam de se separar da Inglaterra. Eles defendiam um governo federalista (com autonomia dos estados) numa época em que o sistema só era considerado bom para países pequenos. “Eles foram fundamentais para estabelecer os conceitos da democracia moderna”, afirma a professora de Ciência Política Luciana Veiga, da UFPR.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Obra principal:
O contrato social

Por que é importante? “Rousseau vai ser o fundador da ideia da vontade geral”, diz Ricardo de Oliveira. “É diferente da vontade de cada um e é a matriz da coletividade”, explica o professor. Também será o defensor da tese de que a propriedade não é absoluta, e precisa ter uma função social – conceito que mais tarde será levado bem mais longe pelos socialistas.

Gaetano Mosca (1858-1941)

Obra principal:
Elementos de sociologia política

Por que é importante? O italiano contraria liberais e marxistas, afirma o professor Adriano Codato, da UFPR. “Os liberais diziam que os políticos governavam para todos; os marxistas, para a classe dominante. Mosca diz que os governantes governam para si mesmos, para a elite política”, diz.

Robert Mitchels (1876-1936)

Obra principal:
Sociologia dos partidos políticos

Por que é importante? O teórico alemão afirma que os partidos políticos são instituições oligárquicas e que acabam, por mais democráticos que sejam, defendendo seus integrantes e seus interesses, em detrimento do restante.

Max Weber (1864-1920)

Obra principal:
A política como vocação

Por que é importante? Em 1917, o sociólogo fez uma conferência dizendo que o político pode viver “da política” ou “para a política”, por vocação. Segundo Weber, o bom político é aquele que sabe equilibrar as suas convicções com as exigências impostas pela realidade.

John Rawls (1991-2002)

Obra principal:
Uma teoria da Justiça

Por que é importante? Segundo Adriano Codato, o livro foi fundamental para a defesa das políticas afirmativas, como cotas para negros. “Ele propõe que numa sociedade justa as pessoas devem todas partir de pontos mais ou menos semelhantes, para ter chances iguais”, diz o professor. “O exercício que ele quer que nós façamos é imaginar que ainda não nascemos e pensar que mundo vamos querer encontrar aqui fora”, afirma.

Ui, ui, ui, ui ....


Eita, sô!


Ui!


...


Revisitando os locos!

Foto: paulo Autran. Um Deus dormiu lá em casa.

Leminski revisitado - poema que os corruptos fizeram prô beto

o betobellini
aquele cachorro loco
tem que ser morto
a ferro e a fogo
a pau e a pique
senão é bem capaz
do filhodaputa
fazer chover
em nosso pique-nique



REvisitando Beto Bellini que revisitou Leminsky


Poema que os corruptos fizeram para a Marta Bellini


a martabellini

aquela prostituta e cachorra loca

tem que ser morta

a pauladas

a ferro e a fogo

senão é capaz da filhadaputa

fazer chover

em nosso grand

e longo pique-nique

senão é capaz dessa porra loca

inventar

a justiçia

nessa imundícia

Homofobia e assassinatos

Foto/arte: Kim Jon
Nota da ABGLT sobre o assassinato de Alexandre Ivo Rajão

Alexandre Ivo Rajão, 14 anos, foi assassinado na segunda-feira, 23/06, em São Gonçalo-RJ. Alexandre foi torturado com crueldade. O adolescente era ligado ao Grupo LGBT Atitude e voluntário da Parada LGBT de São Gonçalo. No laudo consta que ele foi morto por:

1- asfixia mecânica;

2- enforcado com sua própria camisa;

3- com graves lesões no crânio, provavelmente causadas por agressões com pedras, pedaços de madeira e ferro.

Alexandre voltava para casa às 2h30, quando foi brutalmente assassinado. Seu corpo foi deixado num terreno baldio.
O delegado Geraldo Assed, da 72ª DP (Mutuá), suspeita que o crime tenha sido praticado por skinheads e motivado por intolerância à orientação sexual. Três suspeitos foram detidos.

Este é um dos casos mais chocantes de violência homofóbica dos últimos tempos. A ABGLT conclama as autoridades competentes para que tomem todas as medidas cabíveis, que a justiça seja feita e os culpados punidos exemplarmente. Não podemos tolerar mais um caso de impunidade.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, 198 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais foram assassinados no Brasil apenas no ano de 2009, seguindo uma tendência anual crescente, e representando uma média de 1 assassinato a cada 2 dias. Sem dúvida, estes dados são subnotificados, uma vez que dependem de informações obtidas através do monitoramento dos meios de comunicação, e não existe o registro oficial (governamental) de estatísticas sobre a violência homofóbica.

A ABGLT reitera seu pedido, já formalizado duas vezes, de que o Ministério da Justiça implemente as políticas públicas previstas no Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, em especial as que dizem respeito à repressão da violência homofóbica.

A ABGLT pede que sejam feitos pronunciamentos sobre o caso na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, e que este seja um dos casos a serem expostos na Audiência Pública sobre Assassinatos de Homossexuais, a ser realizado no final deste ano pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, com requerimento já aprovado, proposto pela deputada Iriny Lopes e pelo deputado Iran Barbosa.

A ABGLT exige que seja aprovado o Projeto de Lei da Câmara nº 122/2006, que entre diversas formas de discriminação, proíbe e pune a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.

Até quando parte do Congresso Nacional vai ser conivente com a prática da homofobia? Quantas pessoas LGBT ainda vão ter que sofrer discriminação e até ser mortas para que o Congresso Nacional cumpra seu papel de legislar para o bem de todos os segmentos da população?

Corroborando com a fala da dona Angélica, mãe de Alexandre Ivo, "... a gente tem que ser livre... , as pessoas têm que ter o direito de ir e vir, não interessa se você gosta de vermelho, eu gosto de laranja e ele gosta de branco", queremos uma sociedade que respeite a todos e todas, sem violência.

ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

Fontes utilizadas: informações divulgadas na internet pelo Grupo LGBT Atitude São Gonçalo- RJ, por Marcelo Gerald, membro da comunidade Homofobia – Já Era, e por Madame Giselle, entre outras

Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=JDcPsRTt1yQ&feature=player_embedded#


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Nota sobre a morte de Alexandre Ivo Rajão 1996 – 2010

Colaboração recebida de Marcelo Gerald, membro da comunidade Homofobia – Já Era


Esta semana, em meio à alegria da copa, nos deparamos com um dos crimes mais bárbaros de nossa história recente: a vida de Alexandre Ivo foi tirada aos 14 anos, aparentemente por motivo fútil, de ódio e homofobia, em São Gonçalo – RJ.

Segundo dados que chegaram via Orkut, Twitter, alguns blogs e poucos portais que noticiaram o ocorrido, Alexandre levava a vida como qualquer adolescente da idade dele. Era uma pessoa com alegria de viver, bom aluno e ligado ao Grupo Atitude, militante e ligado à organização da parada gay local, o que lhe confere uma consciência e maturidade que muitos adultos não tem.

De acordo com informações divulgadas por amigos e pela investigação, Alexandre teria apartado uma briga logo após o jogo do Brasil, contra a Costa do Marfim, na casa de uma amiga. Mais tarde, quando retornava para casa, os suspeitos o teriam abordado em um ponto de ônibus e em seguida o espancado e torturado por aproximadamente uma hora e meia, finalmente estrangulando-o. Seu corpo foi abandonado em um terreno baldio, local ligado ao tráfico, aparentemente pra disfarçar o real motivo do crime.

Ao ler sobre os detalhes deste crime e saber dos requintes da crueldade que Alexandre sofreu, fiquei em silêncio, sem ação alguma. Depois senti dor, tristeza, angústia e revolta tudo ao mesmo tempo. Que tipo de pessoas têm coragem de fazer isto com alguém (não tem como não pensar nisto)? O que eles ganharam com isto? Por que tanto ódio?

A vontade de fazer algo e ao mesmo tempo a sensação de impotência foi crescendo a cada fato novo que se somava. Ao mesmo tempo, vislumbro uma possibilidade de impunidade.

Impunidade sim, porque mesmo os suspeitos estando presos, não responderão criminalmente por homofobia, e certamente serão enquadrados por homicídio duplamente qualificado e motivo torpe. A homofobia que aparece como principal motivação pra este crime bárbaro não será punida.

Nossa Constituição diz expressamente em seu artigo quinto que somos todos iguais perante a lei, e que é garantido a todos o direito à vida, mas, graças à omissão de nossos legisladores, a mesma Constituição é desrespeitada. Aos homossexuais não é garantido nem mesmo o direito de serem quem são, de demonstrarem afetividade em público com garantias de que não serão agredidos por isso, ou de se casarem e verem crimes como este, que tirou a vida de um menino, sendo realmente punidos como deveriam.

Que igualdade é esta que confere aos homossexuais direitos limitados e não lhes reconhece as mesmas garantias estendidas ao restante da população?

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia, a cada dois dias um homossexual é assassinado no Brasil. Mesmo assim, a aprovação do PLC 122, que é um projeto de lei complementar que criminaliza a discriminação por orientação sexual, caminha a passos de tartaruga, e na mesma semana da morte de Alexandre somos duplamente agredidos com a divulgação do projeto de lei do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para “proteger os heterossexuais”, com conteúdo totalmente homofóbico, propondo a proteção dos “normais”!

Nós sabemos que a homossexualidade não é mais vista mais como doença há muito tempo pela psiquiatria e pela psicologia, então qual é o significado da alegada normalidade a que se refere este deputado?

Alguém já ouviu falar de assassinatos cuja motivação fosse a tal “heterofobia”? Isto não existe! Nunca tive conhecimento de algum caso de perda de emprego, expulsão de bares ou boates pelo fato de um indivíduo ser heterossexual, e se o deputado tivesse lido o PLC 122 (será que não o fez?) saberia que o projeto não cria privilégio a homossexuais e sim pune a discriminação por orientação sexual e sendo assim todos, gays ou héteros, estariam protegidos.

Outra coisa que chama a atenção neste crime é a repercussão do fato na imprensa, ou melhor, a falta dela!

Alexandre era jovem, bonito, estudante, engajado e foi vítima de um crime bárbaro, assim como Isabella Nardoni e João Hélio, mas, diferentemente destes, o caso não causou comoção nacional, mal foi destaque, e não teve cobertura da grande imprensa escrita ou televisiva. Em que difere Alexandre destas outras vítimas? Será que o fato de Alexandre ser supostamente gay, ter vários amigos gays, estar ligado à militância local o faz menos importante, menos digno de atenção, menos desejável como manchete?

A mesma imprensa quando noticia crimes cometidos por LGBTs dá grande destaque à orientação sexual ou à identidade de gênero. Aconteceu na semana passada, e diversos portais publicaram a manchete: “Travesti com HIV injeta sangue em enfermeira”... Casos como estes colocam nossa identidade ou orientação misturadas no cenário de um crime, mas quando somos vítimas da homofobia, a mesma imprensa fecha os olhos!

A tragédia desta semana me faz lembrar o caso de Matthew Shepard, que perdeu a vida aos 21 anos nos EUA por ser gay. Por lá, entretanto, a triste história causou comoção nacional, a mídia e a militância cobraram ação de autoridades, aprovação de leis e ainda contaram com ajuda do então presidente Bill Clinton, que cobrou pressa na aprovação de leis que protegessem os gays, cenário bem diferente da apatia governamental que vivemos aqui no Brasil.

Também chama atenção no desenrolar do caso a especulação em torno da sexualidade de Alexandre, gerada talvez pela dificuldade de parentes e da mãe em lidar com isto.

Eu entendo a Sra. Angélica pela relação que tenho com minha mãe, e talvez não fosse muito diferente comigo caso eu fosse vitimado por uma tragédia como esta. Tive receio em contar o que aconteceu com Alexandre pra minha mãe, pois ela tem verdadeiro pavor de que agressões que sofri no passado se repitam, ou algo ainda pior.

Graças a um ataque homofóbico eu tenho um problema no ombro desde os 17 anos de idade, e hoje tenho consciência de que terei que fazer uma cirurgia pra ficar livre disto. Isto porque fui atacado apenas porque desconfiaram que eu fosse gay! Eu mesmo não tinha a menor consciência de minha orientação na época!

A homofobia atinge a todos, e você não precisa ser gay, basta acharem que você é, assim como acontece com garotos emos héteros, muitas vezes vítimas da homofobia também. Lembro-me ainda de casos como Billy Elliot, que sofreu preconceito por ser bailarino, e, portanto, gay presumido. Penso também em Bobby Griffith, cuja homofobia da família “o suicidou”.

A sexualidade de Alexandre não muda mais nada agora! Ele poderia ser um hétero confundido por gay, poderia ser um gay se descobrindo, ou poderia nem ter consciência disto ainda. O único fato relevante é que, por todos os indícios, a homofobia matou Alexandre Ivo.

Os direitos e a aceitação a gays, lésbicas, bissexuais, trans, travestis e intersexuais evoluíram nos últimos anos, mas há quem diga que queremos privilégios, que queremos leis que nos dêem certo status “acima da população”, sendo que o que a militância busca é dignidade, respeito e IGUALDADE de direitos e obrigações, o que significa não termos que ver pastores pregando a intolerância em canais de TV, podermos andar na rua sem medo, não termos que nos trancar em guetos feitos ratos de esgoto! É vermos a igualdade que está na Constituição realmente se concretizar.

A morte de Alexandre nesta semana me fez reviver um questionamento antigo:

“Será que um dia viveremos em um mundo em que deixaremos de ser vistos como brancos, negros, índios, gays, heteros, deficientes, idosos, nordestinos? Será que um dia conseguiremos nos ver, ‘antes de mais nada’, como humanos?" Não deveríamos ser julgados pelo nosso caráter?
E...
“Tolerar a existência do outro e permitir que ele seja diferente ainda é muito pouco. Quando se tolera, apenas se concede, e essa não é uma relação de igualdade, mas de superioridade de um sobre o outro." (Saramago)

No Brasil, não podemos sonhar nem com as migalhas da tolerância, porque não nos foram garantidos direitos. Dez anos se passaram do assassinato de Édson Neris e pouco se avançou na criminalização de atos violentos motivados pela orientação sexual... Políticos prometem aqui e ali, mas pouco fazem de concreto, e a causa LGBT sai da agenda de quase todos após as eleições. Os avanços que tivemos nos últimos anos foram graças à Justiça e, ainda assim, de forma lenta.

Espero de verdade que os que cometeram este crime bárbaro sejam julgados e condenados...

Espero que a sociedade acompanhe tudo e não deixe Alexandre virar apenas mais um número em levantamentos estatísticos, e que gays tomem consciência de que o mundo não é colorido como apontado por uma revista de grande circulação...

Espero que não precisemos de mais centenas de crimes como este para termos o PLC 122 aprovado...

Espero que consigamos acabar com esta dura realidade que vivemos em nosso país, em que gays pagam impostos, mas são tidos como cidadãos de segunda classe, e onde a homofobia mata, mas não é crime!

A morte de Alexandre é dor imensurável para sua família e amigos, mas é também algo que atinge todos gays ou não que são constantemente vítimas da homofobia.

sábado, 26 de junho de 2010

E na guerra ...

Recebi do Antonio Morales

Um soldado americano falando da guerra ...

Siri Mário

Boca Livre

Oi, Siri

Como é estar aí?

De São Carlos

Da nossa ex-casa

Para Salvador, Bahia?

*

Saudade

Da Avenida Única

De andar de bicicleta (que você comprou para mim)

como atleta

que nunca fui

*

cantando,

amando,

dançando

na cidade caliente

ciente

de que sobrou vida

nessa ida,

lida,

vida

*

sou-lhe grata

mesmo ingrata

que fui.

se não fosse você

como viveria

essa São Carlos?

*

Grata

forever

every

me

Zizi

Sentimental eu sou ...

Uau!


Meu irmão Beto ganhou o Primeiro lugar no MAPA CULTURAL PAULISTA. Que bacana! Beto formou-se em engenharia em São Carlos, SP. Mas optou pela engenharia das palavras. Lamenta-se, as vezes. Poetas são seres pobres. Ricos em palavras. Pobres em grana. telefonou-me domingo. Chegara as 3 da manhã de São Paulo. Queria partilhar a felicidade de ter visto sua poesia voar na voz de um ator no evento em que ficou em primeiro lugar. Uau!
Ele não me enviou o poema Fervuras, o premiado. Então, deixo estes aqui:

eat my
feat
feto
beat
beto
e
PERSPECTIVA

Madrugada fria
Calo, feito Frida
E esta minha avenida
Fica ainda mais comprida
E duas retas paralelas
Se cruzam no além...

betobellini 19.05.2010

e

Leminski revisitado - poema que os corruptos fizeram prô beto

o betobellini
aquele cachorro loco
tem que ser morto
a ferro e a fogo
a pau e a pique
senão é bem capaz
do filhodaputa
fazer chover
em nosso pique-nique

Existência ...

Lábios que beijei, interpretado pelo cantor português Antonio Zambujo

Aprendi essa música com minha mãe Rosa. Voz do Orlando Silva. Meu tio Zé Carlos tocava violão. Cantava essa música meio Nelson Gonçalves. A linda música traz a recordação da vida na porcaria da cidadezinha onde nasci, Porto Ferreira, SP. Uma cidade medíocre onde a música chegava e acalentava a existência. Minha mãe ainda mora lá. Tem 78 anos. Meu tio Zé Carlos teve uma morte dura, por que não dizer uma vida miserável. Proibido pelo meu avô Alfredo de cantar, tocar e se divertir (era demais para o quase italiano e tirano), fez o violão apodrecer. Meu tio apodreceu junto. A música era sua vida. Sem ela restou a espera sem ança. Morreu com um tumor cancerígeno na cabeça.

Ui, que coisinha, passar uma mentirinha!


Justificativa furada?
Na última sessão da Câmara de Maringá, o vereador Zebrão faltou e apresentou como justificativa que estava em Curitiba para visitando o Detran. O Rigon nos informa que na verdade ele foi participar do Conselho Arbitral na Federação Paranaense de Futebol, como dirigente ou dono de um dos grêmios de Maringá. Certamente, o Observatório Social questionará o presidente Hossokawa e com razão. Esta falta precisa ser descontada e o vereador advertido, se for confirmada a ‘justificativa esfarrapada’ .


Minha opinião:
Teria o vereador faltado com o decoro? Mentiu? O que ele foi fazer no Detran? Que tipo de interesse esta visita teve para o município? Não questionamos totalmente a redução do valor do desconto por faltas às sessões, mas também não vamos abusar, se esta justificativa for aceita, passo da dar razão para o Observatório.


Akino Maringá, colaborador do blog do RIGON

E ...


foto de Robert Maplethorpe (4/11/1946-09/03/1989)
Viveu com Patty Smith. Bissexual

O filme Fotos proibidas, protagonizado por James Woods, outro feio que amo, é muito bOOOOMMM.

Quando Dennis Barrie (James Woods), o diretor do Centro de Artes Contemporâneas de Cincinnati, decide exibir fotografias de Robert Mapplethorpe, que tinham um conteúdo controverso e já tinham sido rejeitadas em outras galerias, a exposição causa polêmica antes mesmo da sua inauguração. Simon Leis (Craig T. Nelson), o xerife do condado, resolve fazer de tudo para colocar Barrie na cadeia. Logo no dia da estréia membros do Grande Júri estavam no centro de artes e consideraram sete fotografias com a possibilidade de serem obscenas. As fotografias mostravam crianças nuas, um homem penetrando seu punho no anus de outro homem, um homem urinando em outro homem, um homem com seu dedo no seu pênis, além de outras fotografias com conotação sexual. Um juiz preconceituoso foi encarregado de presidir o julgamento e, assim como o xerife, ele estava disposto a fazer tudo para prender Barrie. Além disto um advogado, representando um cliente anônimo, ofereceu a Barrie um cheque de US$ 100 mil, o total das suas dívidas, e para recebê-lo bastava Barrie não depor, pois seu testemunho provavelmente seria o fiel da balança. Isto acaba provocando uma crise entre Barrie e Dianne (Diana Scarwid), sua esposa. Determinado a mostrar as fotos, Barrie encara o sofrimento e o risco de perder o emprego e a família para proteger o direito prometido aos cidadãos norte-americanos na constituição: a liberdade de expressão.


James Woods (Dennis Barrie)

Ann Marin (Jane Sutter)

Craig T. Nelson (Xerife Simon Leis)

Diana Scarwid (Dianne)

Leon Pownall (Prouty)

David Huband (Sirkin)

Judah Katz (Mizibov)
R.D. Reid (Albanese)

Matt North (Lobb)

Allegra Fulton (Angela)

Michele Muzzi (Brenda)

Susan Sarandon (Susan Sarandon)


OUTRAS INFORMAÇÕESRoteiro:
Ilene Chaiken
Estúdio:
MGM Television / The Manheim Company
Distribuição:
Showtime Networks Inc.
Desenho de produção:
Alicia Keywan
Fotografia:
Hiro Narita
Produção:
Michael Manheim
Edição:
Peter Zinner
Figurino:
Tamara Winston
Música:
Mark Snow

...

Sean Penn (não tenho os créditos da foto).

Na minha galeria de autores BOONS mesmo, está Sean Penn. Não é do time dos bonitões, mas beleza não se póe à mesa quando se fala de ator, de interpretação. Não me esqueço do Penn em Harvey Milk, militante gay norte-americano. Belíssima interpretação: voz, jeitos, olhares, sorrisos.

Os Serráqueos...


Em Lisboa


A Patricia, minha amiga, chegou da França essa semana e trouxe-me uma boa notícia (dentre muitas, é claro). Conheceu a Margarida, mãe de uma lesbiana, e da Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual. A foto é do Blog AMPLOS.
Muito bacana essa Associação!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Belo!

A Andréia do Bordado inglês recomenda. EU quero assistir este filme. Never let me gou. Nunca me deixes de Kazuo Ishiguro. Livro: da Gradiva, em português.

Na Má-ringa compramos ...curtura


Editora Globo: pagamento regular ou irregular?


Foi efetuado em 18/6/2010, pela PMM, o pagamento do empenho 16273/2009, no valor de R$ 280.884,56, referente à compra de livros da Editora Globo, com inexigibilidade de licitação que a exemplo do Acervo da TV Cultura gerou muita discussão. A referida compra, salvo engano, chegou a ser cancelada, aberta uma licitação, ganha por uma empresa de Maringá, pelo valor de R$ 251.000,00. Seria este pagamento regular? O vereador Humberto Henrique tem acompanhado o caso e certamente merecerá explicações.

Akino Maringá, colaborador do Blçog do Angelo Rigon, da Má-ringa

Ética etílica ...


PP nacional ficará neutro


Li na internet que o PP ficará neutro na disputa para a Presidência, não apoiará nem Dilma nem Serra. Segundo Milton Ravagnani, isto facilitará uma adesão ao novo governo, qualquer que seja o eleito. Questão de DNA do partido.

A propósito, busquei o código de ética do Partido Progressista e encontrei no Artigo 8ºDos princípios éticos: os filiados devem: zelar pela existência, pelo prestígio e unidade do Partido; conduzir-se com lealdade e fraternidade nas relações com companheiros; exercer com dignidade cargos de direção partidária; defender intransigentemente o interesse nacional. No artº- é vedado aos filiados cometer atos de improbidade ou atentar contra o decoro no exercício de mandato eletivo.

Akino Maringá, colaborador do Rigon, da Má-ringa

Ai, ai, ai!


Belo!

Foto: de Elliot Erwitt

A única coisa que deveria ser ensinada, martelada, enfiada a golpes de cassetete "internetário" nos crânios dos teráqueos, tanto pelos acadêmicos quanto pelos importantes cientistas (sic), é a relatividade geral da existência e tudo que gira em torno: o espaço, o tempo, a vida, a morte, o sofrimento, a felicidade, a liberdade, a verdade, a beleza, a matéria. Mas, também: o aumento do preço da gasolina, Claudia Schiffer na Elle e na Lui, o real salário dos falsos jornalistas etc.


Le Vilan Petit Canard (Jornal do debate filosófico na cidade, n. 31, setembro-outubro de 1999.


(Do livro de Jean-Marc Lévy-Leblond, A velocidade da sombra, Difel Editora)

in-volução


terça-feira, 22 de junho de 2010

O que é assédio?



A Cartilha Assédio Sexual no Local de Trabalho da Coleção Trabalho e Cidadania, uma publicação da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado do Rio de Janeiro
Rua Leonor Porto, n0 10 - São Cristóvão - Rio de Janeiro Telefone
(21) 2580-9384 - Telefax (21) 2580-8861
E-mail: quifarj@fetraquim-rj.org.br



Pesquisa, redação e edição: Jussara Magalhães (MTb 18.207)
Tiragem: 10.000 exemplares

Rrrrrrr


Ui, ai


Nofá!


De manhã...


... chuvosa na Má-ringa. Nossa vizinha, aqui do Bairro Cidade Jardim, levantou-se as 6h30. As sete saiu para pegar o pão de cada dia a 20 metros de sua casa. Foi assassinada por um motorista doido na PIOR RUA do bairro, a Rua Teresa Bergamasco. Nessa rua, moradores já botaram fogo para reclamar do louco trânsito que dia a dia avança e mata pessoas. Hoje, diria o jornalismo sanguíneo, foi espetacular. Pobre cidade! Com 300 mil habitantes e uma frota de 150 mil carros conta com a arquitetura para .... carros. Quem tem carro anda. Quem não tem é assassinado. E pensar que os irmãos Barros querem construir um túnel debaixo da única universidade pública da cidade para .... facilitar a vida dos CARROS.


Vida longa à hipocrisia? SIM, vida longa aos assassinatos no trânsito. Parabéns, arquitetos do buracão!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ui!


Ui!


Dansô!

Por Leonardo Ferrari, Curitiba

Raymond Domenech, técnico da Seleção da França, durante a derrota para o México na última quinta-feira. Fotografia de Luca Bruno/AP na antológica primeira página do caderno de esportes do jornal O Globo, 18/8/2010.

A França é a minha seleção. Que o leitor guarde em sua memória o nome dessas sombras: Lloris, Sagna, Gallas, Abidal, Evra, Toulallan, Diaby, Malouda, Govou, Reibéry e Anelka. Nunca tantos puderam tão pouco. Nunca tantos fracassaram tanto. No dia seguinte à derrota para o México, o jornal L’Équipe estampou a seguinte manchete maravilhosa: “Ô Sombres Herós”, ó heróis fracassados. Mas a cereja no topo do bolo veio depois do fracasso. O atacante Anelka atacou sem bola o impagável técnico Raymond Domenech. Como? Um jogador mandando o técnico à merda? É a minha seleção. Um jogador não-carneirinho, não-motivado, não-crente, não-marionete, não-jogador? É fantástico! Um jogador que depois de dar balões o tempo todo, depois de jogar mal sem dó nem piedade, um jogador que não fica fazendo sinal de positivo o jogo inteiro, não fica sorrindo feito babaca, não fica fazendo propaganda de cerveja? Só na França. Não bastasse a cereja, a França trouxe o camembert. Ontem, depois do desligamento de Anelka do não-grupo, os jogadores desunidos, os jogadores putos, os jogadores fodidos se reuniram e se recusaram a treinar, uma greve geral em plena Copa do Mundo. Sensacional! Mais: o capitão Evra xingou a mãe do preparador físico Robert Duverne. Mais ainda: Ribery saiu aos tapas com seu colega Gorcouff. Muito mais: o ex-jogador e ídolo Zidane está por detrás da rebelião espalhando suas cabeçadas a torto e à direita. É a minha seleção. Não bastasse isso, quem apitou Brasil e Costa do Marfim? Stephane Lannoy com os bandeirinhas Eric Dansault – esse se pronuncia “dansô”, o que, em bom português, vira “dançou” – e Laurent Ugo. O que esses amigos fizeram ontem pelo Brasil, ninguém mais. No momento decisivo da partida, lá estiveram eles validando o gol mais bonito da copa até agora, um gol com dois toques de mão, um gol que é a síntese do avesso do futebol, um gol proibido, um gol ilegal, um gol com a marca do basquete. Só a França mesmo!

por Luiz Fernando Veríssimo -
20.6.2010
Enviado pelo Grozny, Rio

Grata


Brrrrrr

A última vez que fez tanto frio assim na África do Sul foi na Era Glacial, quando nem eu era nascido.

Só para dar uma ideia: as girafas estão procurando cachecóis do seu tamanho, e os pinguins da Cidade do Cabo trocaram seus fraques por macacões térmicos.

Nós aderimos ao princípio da cebola, que é o de usar camadas sobre camadas de agasalho até um ponto em que o frio desiste de penetrar.

Importantíssimo: proteger as orelhas. Quando começamos a perder partes congeladas, as orelhas são as primeiras a cair. Nada tem sido mais essencial para o nosso trabalho aqui — mais do que o acesso ao Dunga e à internet — do que um gorro para tapar as orelhas.

Se a crônica que escrevi, ainda no Media Center do Estádio Elis Park depois do jogo Brasil e Coreia do Norte, pareceu meio tremida, é porque levei quase meia hora para parar de tremer e conseguir bater nas teclas certas.

Para vencer a tremedeira comecei a pensar em coisas quentes. Uma sopa fumegante. Uma lareira acesa. Um tapete de pele de urso na frente da lareira. A Charlize Theron em cima do tapete de pele de urso, me dando a sopa na boca. Nada adiantava. A tremedeira cedeu ao senso de ridículo ou ao senso profissional, não sei bem qual. Digitalizei a crônica, mesmo com o risco de errar as letras e acabar comentando outro jogo. E as luvas não ajudaram.

Pelo menos a Copa em si está esquentando. Depois das derrotas da Espanha para a Suíça e da Alemanha para a Sérvia, pode dar de tudo — inclusive a lógica.

Os times da Bacia do Prata se encarregaram de compensar a escassez dos primeiros jogos, a Argentina dando de quatro na Coreia do Sul e o Uruguai de três na África do Sul.

Os juízes estão desmentindo o anunciado antes da Copa, que deixariam os jogos correr, só dariam as faltas mais duras e economizariam os cartões amarelos. No jogo Alemanha e Sérvia, por exemplo, quase metade dos jogadores em campo recebeu cartão amarelo. Estados Unidos e Eslovênia também foi um jogo truncado, e muito amarelado, pelo juiz.

Qual é a minha seleção da Copa até aqui? Eu tinha escolhido todo o time da Alemanha, com alguns enxertos da Argentina. Agora preciso de tempo para reformulá-la. Em Copas como esta, o melhor é resistir a entusiasmos muito precoces, e ficar frio. O que é que eu estou dizendo? Frio não, frio não!

Nofa!


Braziu!

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