Num mundo terrível no Blog de Joana Lopes, Entre as brumas da memória, Portugal AQUI
No Haiti, exactamente há um ano, um sismo matou cerca de 230.000 pessoas e deixou 1 milhão e 300 mil desalojadas. Dessas, 800.000 ainda sobrevivem em mais de 1.000 acampamentos e 3.759 morreram vítimas da cólera. Ainda se vão encontrando corpos nos escombros e, em muitos pontos do país, vive-se como se não se tivesse passado entretanto um ano.
Sessenta países comprometeram-se a contribuir com uma ajuda de 5.300 milhões de dólares, e já entregaram metade dessa verba, mas tudo chega às vítimas a conta gotas. Porque muitas das instituições públicas foram desmanteladas pelo sismo, é certo, mas, também e sobretudo, como resultado de uma burocracia de uma lentidão inimaginável e de um exercício do poder política que deixa muito a desejar. Muitas ONG’s desesperam perante os factos, mas sem grande sucesso até ao momento.
Não devia ser possível que realidades destas existissem, em pleno início do século XXI, e que o mundo assistisse, com esta aparente impotência - não numa longínqua e desconhecida ilha asiática, mas em pleno Atlântico, paredes meias com vários paraísos turísticos. Mas existem, é a triste realidade.
(El País)
Ler também: Haití, el laboratorio fallido de la reconstrucción
No Haiti, exactamente há um ano, um sismo matou cerca de 230.000 pessoas e deixou 1 milhão e 300 mil desalojadas. Dessas, 800.000 ainda sobrevivem em mais de 1.000 acampamentos e 3.759 morreram vítimas da cólera. Ainda se vão encontrando corpos nos escombros e, em muitos pontos do país, vive-se como se não se tivesse passado entretanto um ano.
Sessenta países comprometeram-se a contribuir com uma ajuda de 5.300 milhões de dólares, e já entregaram metade dessa verba, mas tudo chega às vítimas a conta gotas. Porque muitas das instituições públicas foram desmanteladas pelo sismo, é certo, mas, também e sobretudo, como resultado de uma burocracia de uma lentidão inimaginável e de um exercício do poder política que deixa muito a desejar. Muitas ONG’s desesperam perante os factos, mas sem grande sucesso até ao momento.
Não devia ser possível que realidades destas existissem, em pleno início do século XXI, e que o mundo assistisse, com esta aparente impotência - não numa longínqua e desconhecida ilha asiática, mas em pleno Atlântico, paredes meias com vários paraísos turísticos. Mas existem, é a triste realidade.
(El País)
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