A experiência está feita: o austeritarismo está errado
do BLOG LADRÕES DE BICICLETAS, Portugal
O austeritarismo não funciona. Sabemos agora todos mais do que sabíamos há um mês: o orçamento austeritário não “acalma os mercados”. Temos orçamentos austeritários em toda a Europa e as taxas de juro das dívidas soberanas – a nossa e a de muitos outros, não param de subir.
O que “acalmaria os mercados” seriam outras coisas: uma intervenção mais determinada do BCE nos mercados primário e secundário das dívidas soberanas, a emissão de eurobonds, uma reconfiguração da arquitectura do euro que apoiasse a moeda única num orçamento e numa política orçamental, uma política industrial comum. O tempo passa e nada disso parecer poder acontecer.
A lógica do austeritarismo que prometia cortes no investimento, provisão de serviços e apoio social públicos e crescimento ao mesmo tempo estava errada e faliu. Num contexto de recessão a redução da despesa pública não faz diminuir a taxa de juro nem incentiva o investimento privado – pelo contrário, resulta em mais recessão, menor solvabilidade do Estado e aumento dos juros; a redução dos salários induzida pelo desemprego não se traduz em maior competitividade do sector exportador, sobretudo quando a deflação salarial está a ocorrer também nos principais mercados externos.
O que têm a propor os austeritários? Venha daí o FMI? Para quê? Para agravar a “austeridade” até que a insolvência do Estado e dos bancos em meia Europa interrompa a débil recuperação nos EUA e afunde também os emergentes?
O austeritarismo não funciona. Sabemos agora todos mais do que sabíamos há um mês: o orçamento austeritário não “acalma os mercados”. Temos orçamentos austeritários em toda a Europa e as taxas de juro das dívidas soberanas – a nossa e a de muitos outros, não param de subir.
O que “acalmaria os mercados” seriam outras coisas: uma intervenção mais determinada do BCE nos mercados primário e secundário das dívidas soberanas, a emissão de eurobonds, uma reconfiguração da arquitectura do euro que apoiasse a moeda única num orçamento e numa política orçamental, uma política industrial comum. O tempo passa e nada disso parecer poder acontecer.
A lógica do austeritarismo que prometia cortes no investimento, provisão de serviços e apoio social públicos e crescimento ao mesmo tempo estava errada e faliu. Num contexto de recessão a redução da despesa pública não faz diminuir a taxa de juro nem incentiva o investimento privado – pelo contrário, resulta em mais recessão, menor solvabilidade do Estado e aumento dos juros; a redução dos salários induzida pelo desemprego não se traduz em maior competitividade do sector exportador, sobretudo quando a deflação salarial está a ocorrer também nos principais mercados externos.
O que têm a propor os austeritários? Venha daí o FMI? Para quê? Para agravar a “austeridade” até que a insolvência do Estado e dos bancos em meia Europa interrompa a débil recuperação nos EUA e afunde também os emergentes?
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