TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Um espírito bashô em mim

Arte: do Solda
Nesta grande cena brazilera, a do sen-ATO, ficamos com a sensação de que no BRAZIL, só há corruptos, ladrões, larápios... Sei, meus amigos da história e da sociologia dirão: é histórico. E é mesmo. Mas, haja paciência histórica. O que sei que os sen-ATORES e de-putados estão nús e somente elles não se enxergam. Pra começar: são senhores ridículos esses sen-ATORES e de-putados. Com seus cabelos tingidos de acajú, com seus fios ralos engomados por cremes, com suas barrigas colesteróicas formam uma visão do que temos que escapar na velhice. Escapar da estética acajú e brilhante. Todos os políticos ficam iguais: na cor dos cabelos e na gordura da barriga. Em segundo lugar: todos discursam da mesma forma. Eu fiz, eu farei, eu sou (mas quem não é), eu tenho, eu viajei (com dinheiro público, mas quem não viajou?). Em terceiro lugar: são péssimos ATORES. Ninguém fica convencido. Falam errado, xingam-se, alteram-se por nada. Gritam. Nada de polidez. Dedo em riste um aponta para o outro aquilo que tem em si mesmo. E em último lugar: depenam o país. O Braziu fica mais pobre, mais miserável, mais deseducado.

Nas escolas, nós, professores, ensinamos ciências, bons modos, organização. Tudo isso vai pro brejo quando os infelizes alunos assistem aos seus representantes na Câmara de vereadores, no sen-ATO... Da escolinha do Professor Raymundo ao sen-ATO é uma festa de bobagens. E pensar que estes senhores dirigem estados, municípios, o país. E pensar que as escolas e seus professores ficam à mercê destes homens acajús.

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Mudando de assunto.. Existem pérolas no Brasil. Pérolas que os porcos não comem. Minha querida amiga Ana Cristina enviou-me este link da TV Câmara (pasmem, de Brasília). É um notável documentário sobre a VERA SILVIA MAGALHÃES, ex-guerrilheira. Assisti pela TV Brasil tempos atrás. A Ana me fez relembrar o documentário. A Vera diz tudo: houve um momento em que pudemos construir um ethos diferente. De amizade, de afetividade, de esperança. Um viva à lucidez e àqueles que não se conformam com a merda toda espalhada de Brasília aos nossos pés.

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VÍDEO:


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