TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

três mulheres sublimes ..


Baronesa Karen Denisen Blixen, por Albert Price


Por Marina W. Blog aqui


Amo essa história, que já contei aqui no blog talvez mais de uma vez. Como algumas pessoas começaram a ler meu blog depois disso, vou repeti-la. Prólogo: O tipo de pessoa que mais me atrai é a original - conta-se nos dedos, é mais difícil do que carisma, não é a mesma coisa que interessante. É mais. Nas mulheres, admiro as que viveram à frente do seu tempo. O que vou contar reúne as duas coisas. E um pouco de loucura, óbvio.


No dia 5 de fevereiro de 1959,a escritora norte-americana Carson McCullers, autora de Balada do Café Triste, ofereceu um almoço para que a escritora dinamarquesa e Baronesa Karen Blixen-Finecke ( tb conhecida por Isak Dinesen, autora de A Festa de Babette ) conhecesse Marilyn Monroe.


Blixen tinha 74 anos, era uma grande dama da literatura e muito rica, embora estivesse muitíssimo debilitada pela sífilis que contraiu quando estava na África , onde escreveu Out of Africa - Meryl Streep fez seu papel no cinema. Por ser anoréxica, pesava 36 quilos, só se alimentava de ostras e uvas e só bebia champanhe! Costumava ficar acordada até tarde, fumando sem parar, ingerindo anfetaminas e contando suas famosas histórias. Depois que os amigos iam embora, ela ficava falando sozinha ou entrava numa espécie de transe auto-induzido. Sente só.


McCullers tinha 42 anos e era famosa pelos dramas românticos que escrevia e, como Blixen, era chegada a aventuras. Por causa de problemas físicos e emocionais, era quase uma reclusa mas havia mais de duas décadas que todo ano relia "Out of Africa" e considerava Blixen a sua "amiga imaginária," que sempre "estava lá quieta, serena e com grande sabedoria para me confortar." Ao saber que Blixen gostaria de conhecer Marilyn Monroe, McCullers ligou para Arthur Miller, então marido da atriz, e marcou o almoço.


Monroe tinha 33 anos e não conhecia nem nunca lera McCullers nem Blixen. Tinha acabado de filmar "Quanto Mais Quente Melhor" e chegou atrasada para o almoço. Usava um vestido preto com uma grande gola de pele e um decote profundo. Blixen vestia um conjunto cinza e um turbante que ela chamava de "Verdade Sombria"! Esta mulher devia ser bárbara! As três se entenderam às mil maravilhas, embora Arthur Miller diga que é lenda a história de que as três dançaram juntas sobre a mesa de jantar de mármore de Carson McCullers. McCullers disse que foi a melhor festa que deu na vida; todo mundo adorou quando Marilyn contou que certa vez tentara acabar de cozinhar macarrão usando um secador de cabelo; e Blixen disse que Marilyn era "quase que inacreditavelmente bonita," cheia de "uma vitalidade ilimitada" e de "uma inocência incrível" -- "Vi a mesma coisa num filhote de leão que os meus empregados me mostraram na África. Eu não quis ficar com ele."


Karen Blixen e Marilyn Monroe morreram alguns anos depois deste insólito almoço, em 1962 de inanição e overdose, respectivamente; Carson McCullers morreu em 1967, de um derrame.

Um comentário:

Mirtes disse...

Marta, também amei a hitória, assisti aos sensacionais filmes "A Festa de Babette" e "Out of Africa", só não conhecia as autoras que por sinal você novamente me inspirou a postar no meu blog (Cor de Rosa Choque) onde escrevo sobre grandes mulheres que marcaram épocas, passa lá. Parabéns pela postagem e pela dica...

Beijos e até sempre.

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