''Eu absolveria Sarney e Virgílio'' *
ENTREVISTA - José Eduardo Dutra: candidato à presidência do PT
De Vera Rosa:
Candidato à presidência do PT pela corrente Construindo um Novo Brasil, o geólogo José Eduardo Dutra passa amanhã o bastão no comando da BR Distribuidora e vai ajudar o governo a jogar água na fervura do Senado.
Na sua avaliação, a bancada do PT deve depor as armas nessa crise porque não há "provas robustas" para cassar nem o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nem o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
Apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dutra recomenda aos petistas a absolvição dos dois. "Se eu fosse senador, votaria pelo arquivamento de todas as representações que estão hoje no Congresso contra Sarney e contra Virgílio", afirma.
"Não podemos continuar nesse ramerrame, porque, em última instância, o que fica mal é a imagem do Congresso. Fala-se que lá é uma fábrica de pizza, quando, na verdade, há uma banalização do processo de quebra de decoro."
Para Dutra, o conceito de decoro é "mutável" ao longo do tempo. Ele vai mais longe: alega que o Conselho de Ética deveria ser impedido de julgar seus pares porque não tem condições de investigar nada e suas decisões são políticas.
"Na maioria dos países, o parlamentar é julgado pelo Judiciário", diz o ex-senador do PT (1995-2003), que confessa já ter usado sua cota de passagem aérea para trazer mulher e filho a Brasília. "Era uma cultura do Senado", conta.
Dutra é o favorito na disputa pela presidência do PT, em novembro. Se vencer, será um dos comandantes da provável campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010.
Nesta entrevista ao Estado, ele prevê um embate "muito duro" contra o PSDB e ameniza o racha na base aliada com as possíveis candidaturas da senadora Marina Silva (AC), hoje no PT e de malas prontas para o PV, e do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).
"Críticas ao governo todos nós temos", diz. "Mas candidatura de oposição, para mim, é a do PSDB."
(*) Leia mais no Estadão
ENTREVISTA - José Eduardo Dutra: candidato à presidência do PT
De Vera Rosa:
Candidato à presidência do PT pela corrente Construindo um Novo Brasil, o geólogo José Eduardo Dutra passa amanhã o bastão no comando da BR Distribuidora e vai ajudar o governo a jogar água na fervura do Senado.
Na sua avaliação, a bancada do PT deve depor as armas nessa crise porque não há "provas robustas" para cassar nem o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), nem o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
Apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dutra recomenda aos petistas a absolvição dos dois. "Se eu fosse senador, votaria pelo arquivamento de todas as representações que estão hoje no Congresso contra Sarney e contra Virgílio", afirma.
"Não podemos continuar nesse ramerrame, porque, em última instância, o que fica mal é a imagem do Congresso. Fala-se que lá é uma fábrica de pizza, quando, na verdade, há uma banalização do processo de quebra de decoro."
Para Dutra, o conceito de decoro é "mutável" ao longo do tempo. Ele vai mais longe: alega que o Conselho de Ética deveria ser impedido de julgar seus pares porque não tem condições de investigar nada e suas decisões são políticas.
"Na maioria dos países, o parlamentar é julgado pelo Judiciário", diz o ex-senador do PT (1995-2003), que confessa já ter usado sua cota de passagem aérea para trazer mulher e filho a Brasília. "Era uma cultura do Senado", conta.
Dutra é o favorito na disputa pela presidência do PT, em novembro. Se vencer, será um dos comandantes da provável campanha da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto, em 2010.
Nesta entrevista ao Estado, ele prevê um embate "muito duro" contra o PSDB e ameniza o racha na base aliada com as possíveis candidaturas da senadora Marina Silva (AC), hoje no PT e de malas prontas para o PV, e do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).
"Críticas ao governo todos nós temos", diz. "Mas candidatura de oposição, para mim, é a do PSDB."
(*) Leia mais no Estadão
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