TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Foi -se Alhures do Sul, como diz o Solda


Do Messias Mendes, na Má-ringa

Minha modesta homenagem ao Dr. Adriano
A morte do Dr. Adriano, ocorrida hoje, deixa um vazio cultural e político muito grande em Maringá.
Adriano Valente disputou a prefeitura de Maringá duas vezes, perdeu a primeira para Luiz de Carvalho e ganhou a segunda, de João Paulino. Se elegeu pelo MDB, depois passou para a Arena , mas nem por isso deixou de ser um grande prefeito. Era um homem de visâo. Foi na gestâo dele que Maringá ganhou a UEM, o Parque do Ingá e o Parque de Exposições. Foi ele que tirou os paralalepípedos do centro, substituindo-os por asfalto. As pedras, que alguns queriam que fossem jogadas fora Dr. Adriano usou para calçar as ruas do Parque do Ingá, onde foi pessoalmente medir a vasâo das nascentes , utilizando-se de latas de queirosene para calcular o tempo que levaria para encher o lago. Já contei aqui no blog a história da criação da Universidade Estadual de Maringá, que ele pressionou o governador Paulo Pimentel a criar. Pimentel resistiu o quanto pôde, até que numa manhã qualquer, de saída para o Palácio Iguaçu, se deparou com o prefeito de Maringá em seu portão. Alí mesmo, no capô do carro da Prefeitura, o governador assinou o decreto de criação da UEM.
Adriano José Valente era advogado dos bons, homem culto e de muitas leituras. Leu toda a obra do escritor italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa , que admirava, principalmente pelo livro O Leopardo. Conversar com Dr. Adriano, mesmo nos últimos tempos, quando ele já não andava bem de saúde, era uma aula de Brasil,de mundo, um aprendizado. Tive o privilégio de privar da sua amizade, e mais ainda, de tê-lo como leitor dos artigos que escrivi ao longo de vários anos no O Diário.
Dr. Adriano merece todas as homenagens, como um homem público de moral ilibada que foi e sobretudo, como um dos melhores gestores que Maringá teve. Não era de esquerda, nâo era de direita, era simplesmente um homem público politicamente correto. Vai fazer muita falta.

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Comentário: Messias, como é bom saber que um político leu Lampedusa. No geral, os políticos não lêem nem a seção futebol dos jornais. Não lêem nada; são analfabetos funcionais.

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