TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sábado, 4 de junho de 2011

Sobre a epidemia de conformismo...






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O medo dos intelectuais
Publicado por Rui Bebiano


Porque são cada vez mais invulgares – já quase insólitos neste ocidente do mundo no qual as missões e os destinos cedem facilmente o lugar a metas e objectivos, onde a infinita demanda da felicidade partilhada é trocada sem vacilações pela exibição a prazo do sucesso – vale a pena ler textos judiciosos, e de certa forma a contracorrente, como o oportuno artigo publicado vai para dois anos no diário El País pelo filósofo iraniano Ramin Jahanbegloo, hoje professor de ciência política na Universidade de Toronto mas que em 2006 foi detido e torturado pelas autoridades do seu país. Nele se aborda a «epidemia de conformismo» que afecta a vida pública deste nosso norte tal qual a conhecemos, com o seu cortejo dos mesquinhos interesses individuais a sobrepor-se, sem qualquer vergonha na atitude de quem os alimenta e lhes dá voz, à presença das vozes críticas. «El temor de los intelectuales a la política» deve ser lido na sua totalidade, mas sublinho aqui algumas frases:

«Os intelectuais críticos são hoje uma espécie em vias de extinção. Temem a política, e pode dizer-se que a política mostra uma absoluta indiferença por tudo o que se possa denominar intelectual.»

«Nunca se mostraram tão profundamente opostas a consciência crítica e a esfera pública.»

«Parece que os intelectuais de hoje pensam que todas as verdades morais são relativas, que já não existe necessidade de se ser a voz moral de um mundo sem voz.»

«Se não se lê e se não exerce o espírito crítico, a história pode converter-se numa simples repetição dos erros humanos.»

«Como assinalou Max Weber, o compromisso intelectual reclama a ética do herói, pois é necessária uma grande valentia moral para enfrentar as responsabilidades que se adquirem na esfera pública.»

«Enquanto nós, humanos, continuarmos a acreditar que esperança não é uma palavra vã, os intelectuais manter-se-ão úteis em todas as sociedades.»

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