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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Braziu

No país da impunidade. Tanto faz ser da ex-querda, como direita. Centro e coisa e tal. tanto faz no partido como em outras instituições...


Do Blog de Roberto Romano

O Globo


Vladimir Palmeira não aceita volta de Delúbio Soares ao PT e deixa o partido
Plantão Publicada em 28/06/2011 às 19h25m

O Globo (opais@oglobo.com.br)


RIO - Em carta entregue nesta segunda-feira ao presidente do Diretório Municipal do PT do Rio de Janeiro, Vladimir Palmeira comunicou o seu desligamento do partido. Ele cita a volta de Delúbio Soares - expulso em 2005 por envolvimento no escândalo do mensalão - como o motivo principal de sua saída. " (...) a volta ao partido de Delúbio Soares, justamente expulso no ano de 2005, me impede de continuar nele. Pela questão moral, pela questão política, pela questão orgânica. Pela questão moral porque é evidente que houve corrupção: Não se pode acreditar que um empresário qualquer começasse a distribuir dinheiro grátis para o partido (...)", diz trecho da carta.

ESPECIAL: Políticos notáveis deixaram o PT em meio aos escândalos e crises

Vladimir lutou contra o regime militar e foi preso em duas ocasiões. Em setembro de 1969, ele foi trocado pelo embaixador americano, Charles Elbrick, sequestrado pelo grupo guerrilheiro de esquerda MR-8, com mais quatorze presos políticos.

Vladimir Palmeira é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e foi eleito deputado federal constituinte. Em 1993, foi líder da bancada do PT na Câmara. Em 2006, o então petista saiu candidato ao governo do estado do Rio, mas perdeu a eleição para Sérgio Cabral (PMDB).

Leia a carta de desfiliação de Vladimir Palmeira:

"Ao Diretório Muncipal do PT-R.J.

Meu caro Alberis,

Venho, por meio desta, me desfilar do PT. Não o faço por divergências políticas fundamentais, embora minha carreira minoritária seja de todos conhecida. Sempre me coloquei mais à esquerda da linha oficial, mas nada que, nas circunstâncias brasileiras, me levasse a deixar o partido. No entanto, a volta ao partido de Delúbio Soares, justamente expulso no ano de 2005, me impede de continuar nele. Pela questão moral, pela questão política, pela questão orgânica. Pela questão moral porque é evidente que houve corrupção: Não se pode acreditar que um empresário qualquer começasse a distribuir dinheiro grátis para o partido. Exigiria retribuição, em que esfera fosse. O procurador federal alega que são recursos oriundos de empresas públicas, sendo matéria agora do STF. Mas alguma retribuição seria, ou a ordem do sistema capitalista estaria virada pelo avesso.

Pela questão política porque o PT assumiu um compromisso com a sociedade, quando apareceram as denúncias: o compromisso de punir. E sustentamos que punimos. Punição limitada, na opinião dos petistas do Rio de Janeiro, que por seu DR pediram mais dureza, ao mesmo tempo que apontavam o caminho da Constituinte exclusiva para a reforma política imprescindível. Punição limitada, repito, mas efetiva.

Pela questão orgânica, porque o ex-tesoureiro não só agiu ilegalmente com relação à sociedade, mas violou todas as normas de convivência partidária, ao agir à revelia da Executiva Nacional e do Diretório Nacional.

A volta de Delúbio faz com que todos se pareçam iguais e que, absolvendo-o, o DN esteja, de fato, se absolvendo. Ou, mais propriamente, se condenando, ao deixar transparecer que são todos iguais.

Não creio que o sejam.

Já tinha definido que sairia caso o ex-tesoureiro voltasse. Mas, em primeiro lugar, tive que advertir amigos e companheiros mais próximos, sob pena de lhes causar embaraços. Por outro lado, o governo Dilma entrou em crise, em função das acusações contra Palocci. Sanada a crise, comunicados os companheiros, posso, afinal, lhe entregar esta carta.

Mando um abraço para você e para todos os que, dentro do PT, lutam por uma sociedade mais justa.

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2011.

Vladimir Palmeira"



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Postado por Roberto Romano às 17:24
Alguem de respeito. Fora do PT.


Vladimir Palmeira decide deixar PT após volta de Delúbio
Um dos fundadores da sigla, ex-deputado disse que partido 'renegou' decisão tomada há seis anos, quando o ex-tesoureiro foi expulso
29 de junho de 2011 18h 08
Bruno Boghossian, de O Estado de S.Paulo
RIO - O ex-deputado federal Vladimir Palmeira, um dos fundadores do PT, decidiu deixar a legenda em protesto contra a readmissão do ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Palmeira, que atuou no movimento estudantil durante a ditadura militar, disse que se sentiu "logrado" pela executiva nacional petista, que havia expulsado Delúbio por seu envolvimento no escândalo do mensalão, mas aceitou seu retorno à sigla.

"O partido renegou o que havia decidido há seis anos. Nós fomos para a linha de frente para defender o partido, que havia decidido expulsá-lo. Agora, quando o partido volta atrás, você fica sem cara", disse Palmeira, que foi deputado federal constituinte e deputado federal, chegando a ser líder do PT na Câmara. Em 2006, candidatou-se ao governo do Rio de Janeiro e ficou em quarto lugar. No ano passado, disputou vaga de deputado federal, mas não se elegeu.

Palmeira se disse decepcionado com a mudança de postura do partido diante do escândalo, considerado um dos episódios mais graves de sua história. "Na prática, a expulsão do Delúbio virou uma suspensão. Fizeram jantares em homenagem a ele e, no fim das contas, ele sequer foi punido", avaliou.

Segundo Palmeira, que é economista e professor, o retorno do ex-tesoureiro "é uma demonstração de que o PT está evoluindo mal", o que teria tornado sua permanência na sigla insustentável. "Hoje, o partido não tem mais tendências políticas. Você tem uma divisão constante em grupos com interesses pontuais, que votam como bem entendem, como foi o caso do debate do Código Florestal", afirmou. "Acredito que esses problemas ainda vão se agravar e é por isso que eu estou saindo."

O ex-deputado disse que ainda não decidiu se vai se filiar a outra legenda, mas descartou retornar ao PT. Para ele, as divisões dentro da legenda prejudicam os projetos do governo da presidente Dilma Rousseff. "A falta de unidade do PT certamente prejudica o governo. Todo partido muda quando chega ao governo, mas nesse caso, a mudança foi institucional demais."

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