Da Mary
30/06/2009
Eu não sei o quanto de aula as pessoas mataram na vida. Mas foram muitas. Tantas que. O MEC vem agora. Com isso de trocentas mil vagas para formar professor. O problema da carreira de professor é tão sério. E o MEC faz isso. De abrir licenciatura à distância. Sempre na base dos trocentos mil. E o Dimenstein bateu na tecla de oh, mas por que um engenheiro não pode ensinar Matemática?. E a verdade fica parecendo coorporativista e por isso não é dita. Porque a carreira é muito ruim. O salário é muito ruim. A jornada de trabalho é de 60 horas. Então não atrai ninguém. Só tonta. Que brigou com o pai porque queria ser socióloga. E ele me dizia. Minha filha, não tem emprego pra isso, você vai acabar professora. Mas, né? Eu poderia ser a advogada das grandes causas. Ou a economista das grandes previsões. Mas fui ser socióloga e virar professora. E começa o questionamento contemporâneo. À respeito das profissões discursivas todas. As profissões normativas não. Estão protegidas. E eu me lembro das minhas tias véias. Que só consideram curso superior se for Engenharia, Direito ou Medicina. Só existe uma profissão regulamentada para cada aptidão. O resto todo é perfumaria mesmo. E a luta. Do Conselho de Enfermagem. Tentando provar que existe essa profissão. Os losers jornalistas, hoje famosos, tentando provar que existe uma profissão. Mas voltamos aos tempos das tias velhas. Só podem restar três. Mundo globalizado, trabalho flexibilizado. Recomendo SEMPRE Richard Sennett. Para que a discussão saia do resmungo. Trabalho flexibilizado, caráter flexibilizado. Whatever. Existe uma possibilidade, porém. Na carreira de professor. Que é fazer mestrado e dar aula nos cursos de graduação em licenciatura. Geralmente os professores das faculdades são também professores da rede. Mas aí ganham um bom salário. O que o MEC e o estado de São Paulo querem fazer? Querem acabar com a carreira acadêmica para os professores de licenciatura. Veja bem. Uma vez instalado o processo de formação virtual, deixa de existir o professor para licenciatura. Através desse negócio de tutor. Deixando de existir o professor de licenciatura, deixa de existir carreira acadêmica para esse pessoal. Veja se isso só é meio grave. Há uma separação instituída entre teoria e prática. E como, me diga, como? Você vai atrair pessoas inteligentes para uma carreira que aliena o profissional do saber? Mas claro. Eu não posso falar nada disso. Porque é coorporativismo.
30/06/2009
Eu não sei o quanto de aula as pessoas mataram na vida. Mas foram muitas. Tantas que. O MEC vem agora. Com isso de trocentas mil vagas para formar professor. O problema da carreira de professor é tão sério. E o MEC faz isso. De abrir licenciatura à distância. Sempre na base dos trocentos mil. E o Dimenstein bateu na tecla de oh, mas por que um engenheiro não pode ensinar Matemática?. E a verdade fica parecendo coorporativista e por isso não é dita. Porque a carreira é muito ruim. O salário é muito ruim. A jornada de trabalho é de 60 horas. Então não atrai ninguém. Só tonta. Que brigou com o pai porque queria ser socióloga. E ele me dizia. Minha filha, não tem emprego pra isso, você vai acabar professora. Mas, né? Eu poderia ser a advogada das grandes causas. Ou a economista das grandes previsões. Mas fui ser socióloga e virar professora. E começa o questionamento contemporâneo. À respeito das profissões discursivas todas. As profissões normativas não. Estão protegidas. E eu me lembro das minhas tias véias. Que só consideram curso superior se for Engenharia, Direito ou Medicina. Só existe uma profissão regulamentada para cada aptidão. O resto todo é perfumaria mesmo. E a luta. Do Conselho de Enfermagem. Tentando provar que existe essa profissão. Os losers jornalistas, hoje famosos, tentando provar que existe uma profissão. Mas voltamos aos tempos das tias velhas. Só podem restar três. Mundo globalizado, trabalho flexibilizado. Recomendo SEMPRE Richard Sennett. Para que a discussão saia do resmungo. Trabalho flexibilizado, caráter flexibilizado. Whatever. Existe uma possibilidade, porém. Na carreira de professor. Que é fazer mestrado e dar aula nos cursos de graduação em licenciatura. Geralmente os professores das faculdades são também professores da rede. Mas aí ganham um bom salário. O que o MEC e o estado de São Paulo querem fazer? Querem acabar com a carreira acadêmica para os professores de licenciatura. Veja bem. Uma vez instalado o processo de formação virtual, deixa de existir o professor para licenciatura. Através desse negócio de tutor. Deixando de existir o professor de licenciatura, deixa de existir carreira acadêmica para esse pessoal. Veja se isso só é meio grave. Há uma separação instituída entre teoria e prática. E como, me diga, como? Você vai atrair pessoas inteligentes para uma carreira que aliena o profissional do saber? Mas claro. Eu não posso falar nada disso. Porque é coorporativismo.
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48% dos cursos à distância. Mel Dels.
Meus amigos que são esquerdinhas. E batem palminha pro governo Lula até pelados. Eles falam. Você tem que prestar concurso numa Federal. Isso que eles falam. Veja que horror. Aplaudem um modelo e me mandam pro outro. Tipo, a gente concorda com o Haddad. Mas foge, nega.
48% dos cursos à distância. Mel Dels.
Meus amigos que são esquerdinhas. E batem palminha pro governo Lula até pelados. Eles falam. Você tem que prestar concurso numa Federal. Isso que eles falam. Veja que horror. Aplaudem um modelo e me mandam pro outro. Tipo, a gente concorda com o Haddad. Mas foge, nega.
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