
Meu querido amigo José de Arimathéia, devorador de livros, Cds e outras coisitas más que nos levam à falência (somos professores, não? e eu não tenho três ou quatro bolsas para complementar o meu salário) escreveu-me. Pergunta-me se ando triste. Lamenta. Fiquei muito feliz com a sua mensagem, Zé. Ando triste, sim. Mas é só uma melancolia. Um dia passa. Sabe quando você gosta de uma pessoa, admira-a pelas tonalidades anarquistas blá blá etc e depois descobre que ela é o bispo da Igreja Universal? Tô numa fase que detesto qualquer normalidade. Mas desconfio também das anormalidades. Pô, o indíviduo normal me aborrece. Como diz a Mary, do Blog A Feminista, Deus me livre da heterossexualidade! Ela fala daqueles meninos das ciências sociais que enfiam a camisa dentro da calça. Os Mauricinhos. Mas, um dia vai, outro vem, e você descobre que os anti-mauricinhos são mau-ricinhos também. Os cereumanos me desconcertam. No fundo, estou vendo que os pós-modernistas têm razão. Tudo é um mercado. Academia, artigos, teses, dissertações são boas mercadorias. Mercado intelectual com dim-dim ... Não sei mais discernir quem é gente com excesso de chatice, quem é chato dissimulado, travestido. Putz, que crise. Já se sentiu uma dinassaura?
Nenhum comentário:
Postar um comentário