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Ouvi, hoje, pela CBN local, o "noço" prefeito. Fala bem, pronuncia bem as palavras, mas ... Para o noço líder a cidade está uma maravilha. Flores nas praças, ruas.... asfaltadas, sem despejos de restos de construção, sem despejos de lixos...
Não é bem assim. Nos bairros chamados periféricos (uma denominação estranha) as ruas estão em buracos. Não há flores, há matos nas calçadas. Um amigo, Marcos, que faz seu doutorado, está analisando as praças de Maringá por vários critérios: paisagismo, luz, manutenção, água etc. Em Maringa as rotatórias são consideradas praças. A rotatória que recebe a ciclovia mais cara do planeta está sendo reformada. Sem árvores, mas está com suas calçadinhas. Já a rotatória do Jd Novo Oasis está abandonada, nada de oásis. São mais de 100 praças... com pouquíssimas arrumadas (vem cá, Marta, pobre precisa de praça?)
Os estudos mostram esta face perversa das administrações em todas as cidades do Brasil. Um muito bom é da professora aposentada da ECA, USP, Lucrécia Ferrara, publicado no livro Olhar periférico. Em toda a cidade brasileira há o lado legível - centro, praça central, lojas, fórum, prefeitura, igreja central, e há o lado ilegível. Neste lado, o dos pobres economicamente falando, não há praças, quando existem são pequenas e mal cuidadas (sem manutenção, sem flores), as ruas são esburacadas, abandono total. É a chamada periferia.
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É por isso que estudar é ruim para a elite. A gente fica sabendo de muitas coisas que são ocultas.... É por isso que as escolas são o que são: ruins em sua maioria.
Um comentário:
Minha brava amiga!
Fala, fala sempre o que é preciso ser dito!
Saudades de vc e da Juju!!
:)
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