TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Poizé!

Do Blog do Solda
Não por falta de assunto, veio o assunto porque o governador Roberto Requião, por falta de melhor assunto, voltou a criticar o comportamento da imprensa: “Omissa quando não entusiasta da censura”.Uma injustiça. Basta fazer uma pesquisa entre os jornalistas da imprensa canalha para constatar: todos eles, ou na maioria absoluta, são a favor de que o desembargador federal Edgar Lippmann volte atrás na decisão de controlar o uso indevido da TV pública e libere o governador para falar o que quiser, onde quiser, no momento que quiser, a favor ou contra quem quiser.
Podemos discordar de tudo o que Roberto Requião diz, mas vamos morrer defendendo que o governador não nos deixe sem assunto.Entre os jornalistas, especialmente os encarregados da pauta política, chega a ser desesperador o mês de janeiro, quando a classe política passa a fazer expediente na praia. Coitados dos repórteres políticos, mal e mal conseguem pescar uma notinha esfarrapada à beira-mar.
Neste último janeiro tudo foi diferente: quando os editores de política já estavam se preparando para os regulamentares trinta dias de vacas magras, quando até entrevista de candidato a vereador poderia render manchete de página inteira, eis que por um milagre de São Francisco de Sales - o padroeiro da imprensa - o desembargador federal Edgar Lippmann Júnior nos providenciou uma pauta para não deixar ninguém sem assunto nestes dias modorrentos de verão.
Convém repetir, para que fique expressa a posição favorável quanto à total liberdade de vituperar, destratar, enxovalhar, injuriar, insultar, até de fazer gracinhas: podemos discordar de tudo o que Roberto Requião diz, mas vamos morrer defendendo que o governador não nos deixe sem assunto.
O jornalista Benedito Pires, competente autor do discurso de Requião na abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa, sabe muito bem o que é fazer malabarismo com as palavras, especialmente quando nos defrontamos com a falta de assunto. E o pronunciamento aos deputados foi um exemplo. Além de fazer uma retrospectiva do governo Jaime Lerner, o governador disse o seguinte, em suma: antes e depois de mim, o dilúvio!
***
Não queremos terça-feira sem graça.
O desembargador federal Edgar Lippmann Júnior precisa reconsiderar seu parecer e devolver ao jornalista Roberto Requião o exercício de uma profissão que para muitos parecia frustrada. Não são de hoje suas incursões na área da comunicação. Assim que tomou posse da Prefeitura de Curitiba, em 1986, uma de suas primeiras ações foi montar no gabinete de trabalho um estúdio de televisão. Dali em diante, tomou gosto pelas câmeras, microfones, ilhas de edição, maquiagem, o palco iluminado e sobretudo descobriu que um dos segredos para manipular a opinião pública é pautar os jornalistas. Todos, sem exceção.
******
Talento tardiamente revelado, que o jornalista Roberto Requião não esmoreça e, acima de tudo, imploramos ao governador que não nos deixe sem assunto.
Dante Mendonça [13/02/2008] O Estado do Paraná.

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