E não é que neste domingão maringaense acordamos coma notícia da desfavelização da desfavela na mídia nacional? Como diz o Macaco Simão: Buemba, buemba, a notícia da mutreta chegou em São Paulo! E prefeito reclama que cidade sem favela DEVE receber dinheiro do PAC (que lembrem-se é dinheiro do FUNDO DE GARANTIA do trabalhador para a BOLSA EMPRESÁRIO)
Hoje a Folha de São Paulo fez a matéria que há mais de um mês está circulando pelos Blogs da cidade. Parabéns ao Angelo Rigon que jogoua notícia pela praça. Parabéns ao Andye Iore, Messias Mendes e Bulgarelli. São jornalistas e blogueiros de Maringá.
Aos falsificadores da foto: voltem para casa! O PP e o PT: voltem para casa! Aos candidatos às eleições na cidade, atual prefeito e ênio Verri do Pp, ôps do PT... Voltem para casa!
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DEU NA FOLHA DE SÃO PAULO
PAC prevê "desfavelizar" área sem favela
Prefeitura de Maringá (PR) recebe R$ 20 milhões do governo Lula para revitalizar local; casas divulgadas em site não são da área
Moradores afirmam que prefeitura quer usar verba para expulsá-los da região, valorizada no mercado imobiliário; prefeito nega
Casa que site atribui a bairro atendido pelo PAC, mas que fica em outro endereço
Prefeitura de Maringá (PR) recebe R$ 20 milhões do governo Lula para revitalizar local; casas divulgadas em site não são da área
Moradores afirmam que prefeitura quer usar verba para expulsá-los da região, valorizada no mercado imobiliário; prefeito nega
Casa que site atribui a bairro atendido pelo PAC, mas que fica em outro endereço
JOSÉ MASCHIODA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ (PR)
O Ministério das Cidades liberou recursos de R$ 20 milhões para Maringá (a 428 km de Curitiba) desfavelizar um bairro já urbanizado. A obra, que pode chegar a R$ 25,2 milhões com contribuições do governo do Paraná e do município, é anunciada no site do governo federal como parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para urbanização de favelas no Estado.
Na apresentação do projeto, no site do governo federal, fotos de quatro casebres são exibidos como se fossem localizados no bairro Santa Felicidade.
A Folha apurou que três deles não existem em Maringá. O outro, visitado pela reportagem, é a casa de uma catadora de papel em um fundo de vale no Jardim Alvorada 3, na zona norte da cidade. Só que o Santa Felicidade fica na zona sul.
Além de as fotos exibidas não serem do Santa Felicidade, os moradores do bairro (267 proprietários no total) dizem que a prefeitura quer usar a verba do PAC para expulsá-los do local. O prefeito Silvio Barros 2º (PP) nega (leia texto ao lado).O prefeito é irmão do ex-líder do PP na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), e do mesmo partido do ministro Márcio Fortes (Cidades).
No site oficial do deputado, o Santa Felicidade aparece como obra do patriarca da família, Silvio Barros, que, prefeito de Maringá em 1976, iniciou o processo de desfavelização da cidade, que hoje diz não ter favelas. Foi na gestão de Silvio Barros que, por meio do programa Profilurb, com recursos do Banco Nacional de Habitação, as primeiras 30 casas foram construídas no bairro.
Em 1983, sob Saíd Ferreira, o local foi transformado no que é atualmente, com a construção de mais 237 casas no sistema mutirão, em que as casas eram entregues sem as repartições internas."A gente viveu no bairro em seus piores momentos, sem asfalto e esgoto. Agora que já temos tudo isso, inclusive creche e escola, eles querem que a gente saia porque a região é valorizada", disse Maria Conceição Silva, 62, uma das moradoras transferidos da favela Chácara 15, em 1983, para o local.
Na época, muitas das mulheres trabalharam como serventes no mutirão. "Tivemos dois anos de carência, mas pagamos pelo terreno. Hoje nos querem fora. E falam que é desfavelização. Onde já se viu favela como o nosso bairro? Minha casa tem oito cômodos", disse Tereza Luísa da Silva, 59, que ampliou a casa nos últimos anos.
A professora da Universidade Estadual de Maringá Ana Lúcia Rodrigues, 45, coordenadora do Observatório das Metrópoles (rede nacional de pesquisadores sobre a ocupação das regiões metropolitanas), disse que o projeto da prefeitura é contrário ao Estatuto das Cidades, já que a reurbanização não beneficia a população."É um claro processo de segregação da população de baixa renda, ao se propor que uma parcela ou a totalidade dos moradores -não se sabe, porque o projeto é mantido em segredo- deixem seus lares em nome de uma revitalização."Quando as casas foram construídas no Santa Felicidade, em 1983, existia na zona sul um curtume que depreciava o setor imobiliário na região. Hoje, com a instalação de um condomínio residencial de luxo, a área é uma das mais valorizadas da cidade. Donos de imobiliárias consultados estimaram em R$ 260 o m2 na região."O prefeito usa a verba do PAC para retirar o enclave pobre de uma região que querem que seja de luxo", disse a advogada Jaqueline Batista Pereira, que defende os moradores.
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Outro lado
Cidade sem favela não pode ser punida, diz prefeito
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ
O prefeito Silvio Barros 2º (PP) disse que defendeu a inclusão de Maringá (PR) no PAC, apesar da falta de favelas, porque a exclusão "seria uma punição aos que deram certo"."Em 22 de maio do ano passado nos reunimos em Brasília. Eu fiz ver ao governo que os municípios que deram certo, que não possuíam favelas, não poderiam ser punidos e excluídos do PAC de urbanização. No caso do [bairro] Santa Felicidade, fizemos um projeto de requalificação urbano e social, onde vamos melhorar a qualidade de vida dos que ficarem."Ele disse que a inclusão de fotos de casebres de outros locais em lugar de fotos do bairro que receberá as verbas não constitui fraude: "O projeto foi chamado de PAC Santa Felicidade porque é lá no bairro que teremos mais obras, mas ele contempla também moradias irregulares instaladas em fundo de vale. Logo, não houve fraude".Barros 2º, após consultar assessores, disse que Antônia Ribeiro do Vale Lordieski, dona do casebre exibido no site do governo, será beneficiada com uma casa. Ele vê uso político dos moradores que protestam contra a retirada de famílias do bairro no projeto de requalificação. Candidato natural do PP à reeleição, Barros disse que em ano eleitoral "tem sempre gente querendo tirar proveito"."Essa história de que vamos retirar todos os moradores de lá é jogo político. Vamos apenas melhorar o bairro." Ele disse que o projeto de requalificação urbana e social prevê a retirada de 82 proprietários, que totalizam 129 famílias. "Esses lotes com mais de uma família serão desocupados para alargamento das ruas e melhoria da rede de esgoto. Os [moradores] que ficarem no Santa Felicidade terão melhor qualidade de vida."Barros disse que o município ofereceu três bairros próximos ao Santa Felicidade como opção para os moradores que serão desalojados de suas casas. "Vamos fazer casas na mesma metragem para eles, nos lugares que escolherem, mas eles não podem ficar lá porque precisamos adequar o tamanho das ruas do bairro ao das ruas das outras áreas da cidade."A secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, disse que o Ministério das Cidades irá exigir que os recursos sejam aplicados em Maringá de acordo com o projeto aprovado. "Vamos investigar como está a negociação com os moradores. Ninguém pode ser deslocado a não ser em condições iguais ou melhores às que se encontram". Sobre as fotos não serem do bairro, Magalhães disse que não iria comentar. (JM)
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ
O prefeito Silvio Barros 2º (PP) disse que defendeu a inclusão de Maringá (PR) no PAC, apesar da falta de favelas, porque a exclusão "seria uma punição aos que deram certo"."Em 22 de maio do ano passado nos reunimos em Brasília. Eu fiz ver ao governo que os municípios que deram certo, que não possuíam favelas, não poderiam ser punidos e excluídos do PAC de urbanização. No caso do [bairro] Santa Felicidade, fizemos um projeto de requalificação urbano e social, onde vamos melhorar a qualidade de vida dos que ficarem."Ele disse que a inclusão de fotos de casebres de outros locais em lugar de fotos do bairro que receberá as verbas não constitui fraude: "O projeto foi chamado de PAC Santa Felicidade porque é lá no bairro que teremos mais obras, mas ele contempla também moradias irregulares instaladas em fundo de vale. Logo, não houve fraude".Barros 2º, após consultar assessores, disse que Antônia Ribeiro do Vale Lordieski, dona do casebre exibido no site do governo, será beneficiada com uma casa. Ele vê uso político dos moradores que protestam contra a retirada de famílias do bairro no projeto de requalificação. Candidato natural do PP à reeleição, Barros disse que em ano eleitoral "tem sempre gente querendo tirar proveito"."Essa história de que vamos retirar todos os moradores de lá é jogo político. Vamos apenas melhorar o bairro." Ele disse que o projeto de requalificação urbana e social prevê a retirada de 82 proprietários, que totalizam 129 famílias. "Esses lotes com mais de uma família serão desocupados para alargamento das ruas e melhoria da rede de esgoto. Os [moradores] que ficarem no Santa Felicidade terão melhor qualidade de vida."Barros disse que o município ofereceu três bairros próximos ao Santa Felicidade como opção para os moradores que serão desalojados de suas casas. "Vamos fazer casas na mesma metragem para eles, nos lugares que escolherem, mas eles não podem ficar lá porque precisamos adequar o tamanho das ruas do bairro ao das ruas das outras áreas da cidade."A secretária nacional de Habitação, Inês Magalhães, disse que o Ministério das Cidades irá exigir que os recursos sejam aplicados em Maringá de acordo com o projeto aprovado. "Vamos investigar como está a negociação com os moradores. Ninguém pode ser deslocado a não ser em condições iguais ou melhores às que se encontram". Sobre as fotos não serem do bairro, Magalhães disse que não iria comentar. (JM)
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OUTRO LADO:
"Falaram que eu ia ganhar uma casa nova"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ
Antônia Ribeiro do Vale Lorieski, 66, conta que ficou "esperançosa" quando, há um ano, pessoas que ela acreditou que fossem da Prefeitura de Maringá (PR) vieram fotografar sua casa, na zona norte da cidade. "Falaram que eu iria ganhar uma casa nova. Sabe, moço, a traição é uma coisa triste. Fizeram as fotos e nunca mais ninguém apareceu aqui."Ela mora numa casa de alvenaria, sem reboco, em um fundo de vale às margens de um riacho, com dois filhos deficientes. Divide seu dia entre cuidar de quatro netos e dos animais que cria. Três vezes por semana, deixa os netos -o mais velho, uma menina de dez anos- cuidando do local, para recolher material reciclável nas ruas."É uma vida difícil, mas o pior é quando te dão esperança e você descobre que é uma traição. Agora tem um monte de gente vindo aqui saber do meu barraco, como vocês, mas aqueles que prometeram construir uma casa, nunca mais. Eu só queria que me ajudassem a cercar esse pedaço. Já estava bom. Assim meus animais não fugiriam", disse, apontando o fundo de vale, onde uma vaca e uma bezerra pastavam.
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARINGÁ
Antônia Ribeiro do Vale Lorieski, 66, conta que ficou "esperançosa" quando, há um ano, pessoas que ela acreditou que fossem da Prefeitura de Maringá (PR) vieram fotografar sua casa, na zona norte da cidade. "Falaram que eu iria ganhar uma casa nova. Sabe, moço, a traição é uma coisa triste. Fizeram as fotos e nunca mais ninguém apareceu aqui."Ela mora numa casa de alvenaria, sem reboco, em um fundo de vale às margens de um riacho, com dois filhos deficientes. Divide seu dia entre cuidar de quatro netos e dos animais que cria. Três vezes por semana, deixa os netos -o mais velho, uma menina de dez anos- cuidando do local, para recolher material reciclável nas ruas."É uma vida difícil, mas o pior é quando te dão esperança e você descobre que é uma traição. Agora tem um monte de gente vindo aqui saber do meu barraco, como vocês, mas aqueles que prometeram construir uma casa, nunca mais. Eu só queria que me ajudassem a cercar esse pedaço. Já estava bom. Assim meus animais não fugiriam", disse, apontando o fundo de vale, onde uma vaca e uma bezerra pastavam.
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Comentário: Pinóquios!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! PP e PT unidos na pinocagem! Fala aí, PT!
2 comentários:
Mas a FS deu uma boa aliviada no probo e belo Enio Barros, na Maria Louca e no OME. Jogaram no colo do NOSSO ALIADO Silvinho Verri 0.5, a maracutaia, resta saber se ele eh bom para ninar bebes.
Cervo™ $$$$$$$$$$$$$$ Servo™
É muita cara de pau!!
Que audácia!
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