TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sábado, 19 de julho de 2008

Betulas


Poesia enviada pela Adelina. Adelina foi minha aluna no Curso de Ciências Biológicas. Ontem nos encontramos e ela me disse que tem lido poesia, sobretudo, de Pablo Neruda. Esses encontros me deixam bem. Fico feliz que uma bióloga goste de poesia.


A pele da bétula

Pablo Neruda
COMO UMA pele de bétula
És prateada e perfumada:
Tenho que contar com teus olhos
Ao descrever a primavera.

Mesmo não sabendo o teu nome
Não há primeiro tomo sem mulher:
Os livros se escrevem com beijos
(e eu lhes rogo que se calem
para que se aproxime a chuva).

Quero dizer que entre dois mares
A minha altura pendurou-se
Como uma bandeira abatida.
E por minha amada sem olhar
Estou disposto até a morrer
Embora se atribua minha morte
Ao meu deficiente organismo
E à tristeza desnecessária
Depositada nos roupeiros.
O certo é que o tempo se escapa
E com voz de viúva me chama
Desde estes bosques esquecidos.

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