TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Querida rede Globo:

Imagem: Yerka
Da MARY

Querida rede Globo. Ninguém, no mundo, está autorizado a cortar Paula Toller. Isso não existe porque ela a maior diva brasileira. Entao, sinceramente, vá se fuder. No mais. Achei *o* show. Talvez porque a Fafá de Belém tenha escolhido tão bem. Não é qualquer uma que pode cantar "por que me arrasto a seus pés?". Tem que ser dramática suficiente. Ela é. Acho que é minha favorita do repertório dele. Embora eu não seja o tipo. Que se arrasta aos pés. Queria, entretanto, ser. Outro grande momento pra mim, foi a Sandy. É impressionante como ela sempre dá conta. Conseguiu mesmo atualizar a música sem fazer grandes malabarismos. Passado amoroso a gente tem ou não tem. Não depende de idade. Achei que ela passou isso. De ter um passado amoroso. No mais, é uma celebridade que eu curto. Hebe Camargo levou as jóias. Fundamentais como ícones da cultura nacional. Ivete Sangalo é constrangedora. Cláudia Leite é inconveniente na gritaria. O axé, como sempre, fez feio. Eu tento, viu? Ter simpatia por essa gente. Não rola. Daí a Daniela Mercury. Achei que tinha errado o modelito. Muito curto. Mas aí entrou a Wandérlea. As mais famosas pernas do Brasil. E eu disse ó. Ela está homenageando a Wanderléa. E me pareceu adequado. Ana Carolina, Nana Caymmi e Alcione fizeram o que se espera que façam. E elas fazem muito bem. Eu que não gosto muito do estilo delas. A família Possi também não tem grandes problemas. As duas sabem cantar. Eu não conhecia muito a filha. Estou chocada. Ela é a cara da Gwyneth Paltrow.

Daí veio Marília Pêra, né? E uau. Acho que foi a melhor interpretação que eu já vi pra uma música do Roberto. Ela escolheu tão bem que não dá pra explicar. Uma das melhores músicas ever. 120, 150, 200 km por hora.

Não tem como explicar. Eu gosto muito desse assunto, sabe? De como as coisas se metamorfoseiam e saem da cultura de massas ou da cultura popular e tornam-se alta cultura. Eu já tinha lido que ela fez a melhor apresentação da noite. Mas eu não imaginei que ela fosse entrar no palco tão carregada de possibilidade. É tão legal você ver mesmo um artista APREENDENDO a obra do outro. Ela foi a única que fez isso, eu acho.

A Fernanda Abreu tentou fazer funk da lata com todos estão surdos. Não deu, né? Mas a Marília Pêra fez mesmo teatro grego ali. Queria saber como ela fez isso de escolher a música. Porque é um lance de escutar uma música e ver outra coisa nela. Possibilidades artísticas mesmo. E eu fiquei uau. Ela fazendo a louca ali. Perdida e em alta velocidade. Não tava cantando. Tava falando sozinha. Ou na estrada, acelerando. Ou no hospital psiquiátrico. Pronta pra tomar um sossega leão. E acho que era essa a idéia. Porque se a Fafá fez o drama. A Marília foi lá e pá. Nos mostrou a tragédia. Na boa. Acabou com o show. Uma das coisas mais legais que eu já vi na TV.
A marina falou no twitter que parecia um delírio. E é isso. Nossa. É bem isso mesmo. Porque a gente, primeiro, acredita. Que ela tá de carro e não sei quê. Depois parece que só restou o delírio mesmo. Aquilo dela olhar. Achando que o cara tava ali. Ai. Paguei um pau gigante pra tudo isso.

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