TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Bachiana brasileira

Villa-Lobos, Olivia Byington

Essa música - na voz da Olivia Byington - fez-me pensar as cenas do Complexo do Alemão que vi pela TV, ontem. Finalmente, os três "puderes" mostraram controle político, social nos bairros pobres de uma cidade linda como o Rio de Janeiro. Já passava da hora. Tenho amigos que dirão: "mas, como elogiar as forças armadas?" O problema - AQUI E AGORA - são as forças armadas do tráfico. O problema é um grande território SEM LEI. Lembro-me do filme HOTEL RUANDA. E se fossemos nós, num país onde nem a ONU intercedeu e milhares de pessoas foram torturadas, trituradas, roubadas? Nada, nenhuma LEI, nem a da ONU! Isso é loucura. Sem lei o sentimento de matilha, de horda emerge em cada um de nós. Lembro-me doutro filme: O senhor da mosca.

Uma casa sem lei não é casa, é guerra. É horda, é matilha. Os dentes mais robustos ganham. No filme Hotel Ruanda, senti-me como os personagens (que vieram de pessoas reais): sem pai, nem mãe, sem amigos, colegas, sem direitos, sem direito à vida, pois sem LEI não se vive. Não estou falando, caros colegas de esquerda, de regime de exceção, de ditaduras, mas de regras de convívio. De não burlas, de não roubos, de não hipocrisia.

Fico mais feliz em ver o Complexo do Alemão sem o regime dos traficantes. Chorei litros (como diz a Mary, da Feminista) quando vi um pai (um senhor de 50 anos ou mais ou menos), sem dentes, levando o filho à polícia. É a dor exposta dos mais pobres, expostos ao domínio do medo, da ausência das regras, da exclusão. É uma saída.

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