Ainda o Plano de Emergência Social - a opinião de Oscar Wilde
por Sérgio Lavos do Blog Arrastão, Portugal, ver aqui
"[As pessoas] descobrem-se rodeadas por uma pobreza atroz, por fealdade atroz, por uma fome atroz. É inevitável que tudo isto as abale fortemente... Por conseguinte, com intenções admiráveis, mas equivocadas, fixam.se muiti séria e muito sentimentalmente a tarefa de dar remédio a esses males que vêem. Mas esses remédios não curam a doença: limitam-se a prolongá-la. A verdade é que esses remédios fazem parte da doença. As pessoas tentam resolver o problema da pobreza, por exemplo, mantendo os pobres em vida; ou, no caso de uma escola muito avançada, distraindo os pobres. Mas isso não é uma solução: é um agravamento da dificuldade. A decisão acertada é esforçarmo-nos e reconstruirmos a sociedade numa base tal que torne a pobreza impossível. E as virtudes altruístas têm realmente impedido esse propósito... Os piores proprietários de escravos foram os que eram brandos com os seus escravos, e assim impediam que o horror do sistema fosse concebido pelos que sofriam os seus efeitos, e compreendido pelos que o contemplavam... A caridade degrada e desmoraliza... É imoral usar a propriedade privada para aliviar os males que resultam da instituição da propriedade privada."
Em A Alma do Homem sob o Socialismo (ed. Vega), citado no mais recente livro de Slavoj Zizek, Viver no Fim dos Tempos, ed. Relógio d'Água, tradução de Miguel Serras Pereira.
por Sérgio Lavos do Blog Arrastão, Portugal, ver aqui
"[As pessoas] descobrem-se rodeadas por uma pobreza atroz, por fealdade atroz, por uma fome atroz. É inevitável que tudo isto as abale fortemente... Por conseguinte, com intenções admiráveis, mas equivocadas, fixam.se muiti séria e muito sentimentalmente a tarefa de dar remédio a esses males que vêem. Mas esses remédios não curam a doença: limitam-se a prolongá-la. A verdade é que esses remédios fazem parte da doença. As pessoas tentam resolver o problema da pobreza, por exemplo, mantendo os pobres em vida; ou, no caso de uma escola muito avançada, distraindo os pobres. Mas isso não é uma solução: é um agravamento da dificuldade. A decisão acertada é esforçarmo-nos e reconstruirmos a sociedade numa base tal que torne a pobreza impossível. E as virtudes altruístas têm realmente impedido esse propósito... Os piores proprietários de escravos foram os que eram brandos com os seus escravos, e assim impediam que o horror do sistema fosse concebido pelos que sofriam os seus efeitos, e compreendido pelos que o contemplavam... A caridade degrada e desmoraliza... É imoral usar a propriedade privada para aliviar os males que resultam da instituição da propriedade privada."
Em A Alma do Homem sob o Socialismo (ed. Vega), citado no mais recente livro de Slavoj Zizek, Viver no Fim dos Tempos, ed. Relógio d'Água, tradução de Miguel Serras Pereira.
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