Por Joana Lopes Blog Entre as brumas da memória aqui
Bento 16: podia vir a Espanha como turista
Eu sei que o seu reino não é deste mundo, mas não deixa de impressionar que nada altere estes programas de périplos megalómanos de Bento 16, um pouco por toda a parte e, para a semana, aqui mesmo ao lado, em Espanha: mais de um milhão de pessoas, 50 milhões de euros, sete toneladas de terços, até papel higiénico à maneira, etc., etc., etc.
As reacções começaram desde há muito, mas intensificaram-se, naturalmente, nos últimos dias.
Os «indignados» do Movimento 15M calendarizam uma série de acções de protesto e preparam-se para participar numa manifestação convocada por diversos grupos de cristãos e de ateus.
Mas não são os únicos. Vale a pena seguir reacções mais institucionais, como as da Izquierda Unida - terceira força em número de votos, a nível do país, nas eleições legislativas de 2008, e que, cordatamente, define para si própria «o objectivo de transformar gradualmente o sistema capitalista num sistema socialista democrático» (nada de muito «revolucionário», portanto). Tem negado, veementemente, que não venham a estar envolvidos dinheiros públicos e denuncia as isenções fiscais concedidas pelo Governo às empresas participantes. Contesta as alterações à programação da RTVE durante três dias e os respectivos custos, em carta dirigida ao seu presidente: «Le parece adecuada a la dirección de RTVE una alteración tan importante de su programación por la visita de ámbito privado, y no en calidad de jefe de Estado, de Don Joseph Aloisius Ratzinger dado que nuestra Constitución establece la existencia de un Estado aconfesional?» E faz propaganda da sua campanha com o cartaz que ilustra este post.
Num outro registo, Antonio Aramayona publica no site da Attac Espanha, uma «Carta al señor Ratzinger» absolutamente deliciosa. A não perder. Não resisto e transcrevo o primeiro parágrafo:
«Tengo entendido que usted tiene intención de volver a España el 18 de agosto. En nuestro país recibimos unos 53 millones de turistas al año, que contribuyen a nuestra economía con lo que van dejando en hoteles y chiringuitos. Esos turistas pagan de su bolsillo sus vacaciones y viajes de negocios, por lo que no entiendo que su viaje cueste más de 50 millones de euros y usted no pague un solo céntimo, pues 25 millones lo pagamos todos los españoles a través del dinero público del Estado y el resto es aportado por empresas privadas, con las consiguientes desgravaciones. En otras palabras, señor Ratzinger, usted tiene el mismo derecho que cualquier otro turista a visitar España, pero debería pagarlo de su bolsillo o abstenerse de viajar de gorra.»
Ler o resto aqui.
Eu sei que o seu reino não é deste mundo, mas não deixa de impressionar que nada altere estes programas de périplos megalómanos de Bento 16, um pouco por toda a parte e, para a semana, aqui mesmo ao lado, em Espanha: mais de um milhão de pessoas, 50 milhões de euros, sete toneladas de terços, até papel higiénico à maneira, etc., etc., etc.
As reacções começaram desde há muito, mas intensificaram-se, naturalmente, nos últimos dias.
Os «indignados» do Movimento 15M calendarizam uma série de acções de protesto e preparam-se para participar numa manifestação convocada por diversos grupos de cristãos e de ateus.
Mas não são os únicos. Vale a pena seguir reacções mais institucionais, como as da Izquierda Unida - terceira força em número de votos, a nível do país, nas eleições legislativas de 2008, e que, cordatamente, define para si própria «o objectivo de transformar gradualmente o sistema capitalista num sistema socialista democrático» (nada de muito «revolucionário», portanto). Tem negado, veementemente, que não venham a estar envolvidos dinheiros públicos e denuncia as isenções fiscais concedidas pelo Governo às empresas participantes. Contesta as alterações à programação da RTVE durante três dias e os respectivos custos, em carta dirigida ao seu presidente: «Le parece adecuada a la dirección de RTVE una alteración tan importante de su programación por la visita de ámbito privado, y no en calidad de jefe de Estado, de Don Joseph Aloisius Ratzinger dado que nuestra Constitución establece la existencia de un Estado aconfesional?» E faz propaganda da sua campanha com o cartaz que ilustra este post.
Num outro registo, Antonio Aramayona publica no site da Attac Espanha, uma «Carta al señor Ratzinger» absolutamente deliciosa. A não perder. Não resisto e transcrevo o primeiro parágrafo:
«Tengo entendido que usted tiene intención de volver a España el 18 de agosto. En nuestro país recibimos unos 53 millones de turistas al año, que contribuyen a nuestra economía con lo que van dejando en hoteles y chiringuitos. Esos turistas pagan de su bolsillo sus vacaciones y viajes de negocios, por lo que no entiendo que su viaje cueste más de 50 millones de euros y usted no pague un solo céntimo, pues 25 millones lo pagamos todos los españoles a través del dinero público del Estado y el resto es aportado por empresas privadas, con las consiguientes desgravaciones. En otras palabras, señor Ratzinger, usted tiene el mismo derecho que cualquier otro turista a visitar España, pero debería pagarlo de su bolsillo o abstenerse de viajar de gorra.»
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