Frederico Vasconcelos, da Folha de São Paulo, escreveu hoje sobre as conderações de juizes, políticos e etc todos do ramo da família Babbitt (personagem do Sinclair Lewis). A elite e a pseudo-elite adoram medalhas, placas, colares.... Tanto que na Câmara de Vereadores, no Congresso e em instituições de puxa-sacos sempre há um laureado... tudo com dinheiro no$$o, é claro! Todos aparecem em fotos gordos, com roupas novas, com sorrisos esticados por botox ou por sem vergonhice mesmo.
Leiam alguns trechos sobre os laureados:
Se fossem obrigados a ostentar todas as condecorações recebidas, 26 dos 44 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça) vergariam com o peso das 410 medalhas citadas em seus currículos. Os outros não divulgam as homenagens.
A profusão de placas, colares e galerias de retratos também atiça a fogueira das vaidades no Executivo e no Legislativo. É uma prática comum nos vários Estados, porém muito mais disseminada em Minas Gerais.
[...]. O governo Aécio Neves (PSDB) distribuiu 1.792 medalhas e colares em 2006 e 2007, com gastos totais de quase R$ 1 milhão. O número supera as 1.580 condecorações dadas pelo governo de São Paulo desde a criação da Ordem do Ipiranga, em 1969, e da Medalha dos Bandeirantes, em 1980. A Justiça Federal de Minas Gerais, por exemplo, já chegou a conceder medalha a um doleiro: Joseph Assaf El Bacha.
A ministra do STF Carmen Lúcia, nascida em Minas Gerais, chegou ao Supremo com 15 medalhas no currículo, 10 das quais concedidas pelo governo mineiro. Ela acumula méritos da Saúde, da Educação, das polícias Civil e Militar, dos Bombeiros, do Legislativo e do Judiciário, além da Medalha da Inconfidência, que é a maior condecoração oficial de Minas.
O recorde de homenagens no Supremo, porém, cabe ao ministro Marco Aurélio Mello, com 82 medalhas. No STJ, Cesar Asfor Rocha lista 29 medalhas. Tem seu nome em salas e auditórios de fóruns do Ceará e o busto colocado numa entidade estadual de magistrados.
[...] Quando Lula concedeu a Ordem do Rio Branco a Severino Cavalcanti, o presidente da Câmara já era alvo de denúncias.
A profusão de placas, colares e galerias de retratos também atiça a fogueira das vaidades no Executivo e no Legislativo. É uma prática comum nos vários Estados, porém muito mais disseminada em Minas Gerais.
[...]. O governo Aécio Neves (PSDB) distribuiu 1.792 medalhas e colares em 2006 e 2007, com gastos totais de quase R$ 1 milhão. O número supera as 1.580 condecorações dadas pelo governo de São Paulo desde a criação da Ordem do Ipiranga, em 1969, e da Medalha dos Bandeirantes, em 1980. A Justiça Federal de Minas Gerais, por exemplo, já chegou a conceder medalha a um doleiro: Joseph Assaf El Bacha.
A ministra do STF Carmen Lúcia, nascida em Minas Gerais, chegou ao Supremo com 15 medalhas no currículo, 10 das quais concedidas pelo governo mineiro. Ela acumula méritos da Saúde, da Educação, das polícias Civil e Militar, dos Bombeiros, do Legislativo e do Judiciário, além da Medalha da Inconfidência, que é a maior condecoração oficial de Minas.
O recorde de homenagens no Supremo, porém, cabe ao ministro Marco Aurélio Mello, com 82 medalhas. No STJ, Cesar Asfor Rocha lista 29 medalhas. Tem seu nome em salas e auditórios de fóruns do Ceará e o busto colocado numa entidade estadual de magistrados.
[...] Quando Lula concedeu a Ordem do Rio Branco a Severino Cavalcanti, o presidente da Câmara já era alvo de denúncias.
[...] Meses antes, o deputado estadual maranhense Rubem Brito (PDT), do mesmo partido de Peres, propusera conceder a Severino a medalha Manoel Bequimão, da Assembléia estadual, pois ele impedira que Roseana Sarney fosse ministra.
O deputado Inocêncio Oliveira (DEM-PE), ex-presidente da Câmara, acusado de explorar trabalho escravo, possui a Ordem do Mérito do Trabalho, do Tribunal Superior do Trabalho, e duas medalhas de associações de juízes trabalhistas.
Investigado por suposto envolvimento com a criminalidade, o juiz trabalhista Ernesto Pinto Dória indicou, em 2000, o senador Romeu Tuma, que tem a imagem de xerife, para a medalha do Mérito da Justiça do Trabalho de Campinas.
O Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo evita confirmar os motivos que levaram a corte a homenagear, em 2002, a procuradora regional da República Janice Ascari, que investigou os desvios do Fórum Trabalhista de São Paulo. Janice recebeu uma medalha na véspera da sentença que absolveu o ex-senador Luiz Estevão e condenou o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. O TRT-SP não revela o currículo de Nicolau, o que impede confirmar se ele foi laureado antes de desviar dinheiro público da obra.
Nelson Jobim, a quem se atribui a intromissão no texto da Constituição Federal de artigos não aprovados pela Constituinte de 1988, foi condecorado em 1990 com a Ordem do Congresso Nacional. Ao assumir o ministério da Defesa, já tinha comendas de mérito militar das três armas. Ministro civil, continua recebendo promoções das Forças Armadas.
[...]
O deputado Inocêncio Oliveira (DEM-PE), ex-presidente da Câmara, acusado de explorar trabalho escravo, possui a Ordem do Mérito do Trabalho, do Tribunal Superior do Trabalho, e duas medalhas de associações de juízes trabalhistas.
Investigado por suposto envolvimento com a criminalidade, o juiz trabalhista Ernesto Pinto Dória indicou, em 2000, o senador Romeu Tuma, que tem a imagem de xerife, para a medalha do Mérito da Justiça do Trabalho de Campinas.
O Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo evita confirmar os motivos que levaram a corte a homenagear, em 2002, a procuradora regional da República Janice Ascari, que investigou os desvios do Fórum Trabalhista de São Paulo. Janice recebeu uma medalha na véspera da sentença que absolveu o ex-senador Luiz Estevão e condenou o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. O TRT-SP não revela o currículo de Nicolau, o que impede confirmar se ele foi laureado antes de desviar dinheiro público da obra.
Nelson Jobim, a quem se atribui a intromissão no texto da Constituição Federal de artigos não aprovados pela Constituinte de 1988, foi condecorado em 1990 com a Ordem do Congresso Nacional. Ao assumir o ministério da Defesa, já tinha comendas de mérito militar das três armas. Ministro civil, continua recebendo promoções das Forças Armadas.
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Em solenidade recente, 325 pessoas foram agraciadas com a medalha do Legislativo mineiro. Neste ano, o Tribunal de Justiça do Estado adquiriu número igual de medalhas. Seu presidente, desembargador Adão Carvalho, não presidiu sessão da Corte na véspera de um feriado para inaugurar, em Alfenas, galeria de fotos de juízes. Paralelamente, o Ministério Público de MG inaugurava a galeria de foto dos ex-corregedores gerais em suas novas instalações. Exemplo de vaidade ambulante, a Caixa Econômica Federal gastou R$ 26,6 mil em painéis móveis de madeira com fotografias de juízes do Tribunal Regional Federal em São Paulo. O Ministério Público Federal também tem a sua Ordem do Mérito, criada na gestão do ex-procurador geral da República Geraldo Brindeiro.
[..]
Na Justiça Federal de MG um ex-juiz federal, criador de uma comenda, ficou conhecido como "Zé das Medalhas", personagem da novela "Roque Santeiro", de Dias Gomes.
O Tribunal de Contas da União criou sua medalha em 2003, em prata, com aplicação de banho de ouro, confeccionada pela Casa da Moeda. Em 2004, o TCE de São Paulo alterou o seu Colar do Mérito e criou o Grande Colar do Mérito da Justiça de Contas e a Medalha de Serviços Meritórios.
No Pará, o Ministério Público pediu a devolução da medalha Serzedêlo Corrêa entregue a uma filha de Sebastião Santana, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, pelos "bons serviços prestados". Lotada no gabinete do pai, ela morava nos Estados Unidos.
Em 2004, o presidente da Infraero, Carlos Wilson Campos, recebeu a medalha do Mérito Nilo Coelho, do TCE de Pernambuco. Ele é suspeito de irregularidades na Infraero.
O Sindireceita, sindicato que reúne técnicos da Receita Federal, homenageou com sua medalha de mérito, entre outros, o ex-ministro Antonio Palocci, suspeito de participação na quebra de sigilo de um caseiro, e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus do mensalão.
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Na Justiça Federal de MG um ex-juiz federal, criador de uma comenda, ficou conhecido como "Zé das Medalhas", personagem da novela "Roque Santeiro", de Dias Gomes.
O Tribunal de Contas da União criou sua medalha em 2003, em prata, com aplicação de banho de ouro, confeccionada pela Casa da Moeda. Em 2004, o TCE de São Paulo alterou o seu Colar do Mérito e criou o Grande Colar do Mérito da Justiça de Contas e a Medalha de Serviços Meritórios.
No Pará, o Ministério Público pediu a devolução da medalha Serzedêlo Corrêa entregue a uma filha de Sebastião Santana, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, pelos "bons serviços prestados". Lotada no gabinete do pai, ela morava nos Estados Unidos.
Em 2004, o presidente da Infraero, Carlos Wilson Campos, recebeu a medalha do Mérito Nilo Coelho, do TCE de Pernambuco. Ele é suspeito de irregularidades na Infraero.
O Sindireceita, sindicato que reúne técnicos da Receita Federal, homenageou com sua medalha de mérito, entre outros, o ex-ministro Antonio Palocci, suspeito de participação na quebra de sigilo de um caseiro, e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus do mensalão.
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