Li no sábado DESONRA, de J. M. Coetzee. É o segundo livro dele que leio nesse mês. Aguardo outros pelo correio. DESONRA, DISGRACE em inglês .. é a história de David Lurie, cínico professor de literatura em uma Universidade da cidade do Cabo, África do Sul. Um caso amoroso com uma aluna impõe-lhe a demissão. Sai da Cidade do Porto e migra para a Cidade de Leste onde vive sua filha Lucy. Lucy, hippie, adepta da agricultura orgânica, homossexual, cuida de cães, gatos ... É ajudada pór Petrus, um negro que cuida de cachorros. Um dia, os dois, pai e filha, são atacados por três rapazes negros. Lucy é estuprada e engravida. Lurie quer que ela vá embora da África. Ela se recusa. Quer ficar na África. Aceitou sua desgraça? Não sei. Não sabemos. Parece não ter saída. Muito pó, aridez de solo e de vida, cães marchando para o nada... homens marchando para ganhar algum sentido na vida. Lurie e Lucy, duas desonras. Africanos sem nada. Mais desonras. Desonras humanas. Desonras dos animais. Cães afáveis, doentes ou sãos ... são sacrificados. Não há lugar para eles, nem comida.
Coetzee apresenta um livro seco e rude. Tal como a África do apartheid. Terminei a leitura e ainda estou nessa África.
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