TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

sentido nas coisas (boas) da vida


Diário de Bordo por José de Arimatéia, meu amigo de Londrina
Dizer que “ler é viajar” pode ir além de uma metáfora
29/11/2007( http://www.ump.edu.br/metro/ ).
Nasceu um novo conceito, semanas atrás, num e-mail a uma amiga, professora em Florianópolis: turismo com sentido. É que ambos estudamos a Linguagem, e falávamos de viagens marcantes. Daí foi fácil unir as duas áreas: Turismo e Análise do Discurso. Eu me referia a ir a lugares com valor histórico, artístico, religioso, seja por algum fato ocorrido ou personagem que ali esteve ou fez algo importante.
Tirar uma foto com um pé em Pernambuco e outro na Paraíba, por exemplo - no meio de uma rua de Itambé/PE e Pedra de Fogo/PB, tendo ao fundo a mais antiga Loja Maçônica do Brasil - é fazer turismo com sentido. Comer bolo na Confeitaria Colombo, no Rio, é fazer turismo com sentido. O mesmo vale para ter a vista que Zumbi teve, do alto da Serra da Barriga, em Alagoas. Ler o original de uma das primeiras histórias em quadrinhos do Brasil, em São Cristóvão (SE), é turismo com sentido. Faz todo o sentido passar uma tarde em Itapoã ou andar a pé entre o casario de Antonio Prado, que representou a antiga Caxias do Sul, em "O Quatrilho". Ainda mais encontrando a esposa do autor do livro, logo depois, na Caxias de verdade, na Igreja de São Pelegrino.
Apesar dos registros fotográficos, surgiu a idéia de escrever sobre estes lugares com sentido. Não há novidade alguma – de fato, há o desejo (ou talvez presunção) de seguir uma longa tradição que começou com Heródoto (leia "História"), no século V antes de Cristo, e que passou - entre outros - por Marco Polo no século XIII ("O Livro das Maravilhas"); Cristóvão Colombo ("Diários da Descoberta da América") e Pero Vaz de Caminha ("Carta de Pero Vaz de Caminha"), no século XV; e Sir Richard Francis Burton, no século XIX – que viajou do Rio de Janeiro a Meca, incluindo Paraguai, EUA, Índia e Egito. É de Burton, por exemplo, "Viagem do Rio de Janeiro a Morro Velho" e "Cartas dos Campos de Batalha do Paraguai".
Quando Turismo com Sentido se tornar uma disciplina em algum Programa de Pós-Graduação, a bibliografia básica já está sugerida.
E boa viagem!

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