TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Estrupo: quem sabe e o que sabe


Na Arabia Saudita, mulher estuprada 14 vezes é condenada a 200 chibatadas e seis meses de prisão (foto não é da mulher)

Foto do lugar onde mora a família da menina que ficou presa em uma cela com 20 detentos.

Por Toinho de Passira
Nenhum homem pode avaliar o que é um estupro para uma mulher, talvez mesmo as mulheres, que não sofreram a violência, não consigam aquilatar o tamanho da agressão que esse crime causa as suas vítimas. Testemunhamos que encontramos, alguns anos atrás, uma jovem de 20 anos que acabar de ser estuprada. Caminhava sem rumo entre os veículos de uma rodovia federal de alta velocidade, como uma pessoa que estivesse bêbada ou drogada embora os exames dissessem depois que ela não estivesse sob o efeito de nenhum entorpecente. Tinha as pupilas dilatadas, em choque, não lembrava o nome, nem endereço, e aparentemente não lembrava o que havia acontecido. Tratava-se de uma universitária, brilhante, com uma vida normal, sem distúrbios sociais, na sua vida anterior ao crime. Não sofrera outras violências físicas além do estupro, que aconteceu sob a ameaça de uma pistola, num lugar esmo, para onde foi levada pelo criminoso, um homem do seu relacionamento profissional, com quem pegara uma carona. Levada à presença de uma psicóloga da polícia, numa delegacia, entrou em pânico e correu para um recanto da sala onde se pos de cócoras, pois a policial a tentar lhe conduzir para uma sala menor, onde pretendia entrevistá-la, segurou-lhe o braço. Alguns policiais do sexo masculino que assistiam a cena, passaram a fazer em voz alta, comentários inconvenientes a respeito da beleza da jovem vítima, que na sua insanidade momentânea deixará à vista as pernas até a altura das coxas. Por mais de uma vez, a psicóloga policial, pediu aos colegas, seus superiores funcionais, que não se manifestassem, enquanto tentava se comunicar com a vítima. A situação só foi contornada, quando outras mulheres, presentes a recepção da Delegacia, solidarizaram-se com a jovem, saíram em apoio à psicóloga, cobrindo a jovem e condenando o comportamento dos chefes homens, numa correta insubordinação feminina, pondo-os para fora do ambiente.

Comentário: no caso da menina L. no Pará, chocante é ouvir o delegado e até mesmo a juíza....

Um comentário:

Val disse...

É chocante mesmo, pois a estrutura mental de todos os envolvidos mantém a premissa de que a responsabilidade é sempre da mulher.

Braziu!

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