TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Má-ringa: onde árvores e arte tudo viram b*

Que coragem Rigon e Jorge! Peço-lhes perdão, mas não estava na Má-ringa nem sábado nem ontem Curiosamente tinha ido visitar um sítio em Floriano com minha amiga Rô Kimura (no sábado) onde a família restaura a paisagem e a arte japonesa trazida pelos avós há mais de cem anos.
Na Má-ringa a prefeitura atual tem assassinado a cidade. Verdes para quê te quero verde? Para quê ... se há shoppings para serem construídos? Para quê se a aridez tem cara de modernidade?
Caipiras que somos, precisamos do senhor prefeito para desmoronar nossas crenças....
Parabéns, sr prefeito! Um dia seremos modernos como o senhor quer! Viva a aridez de costumes! Letras em verde!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Do BLOG do RIGON (o rapaz que subiu na árvore que depois foi picotada)
Recapitulando: este blog publicou ontem pela manhã a informação de que a administração municipal de Maringá queria cortar uma árvore centenária no terreno dos Villanova, na avenida Tuiuti - uma canafístula, árvore nativa da região, neste final de semana, "de qualquer jeito". Eu tinha a informação desde a quinta-feira, por conta do vazamento de uma conversa entre diretores da Urbamar. Dois deles comentaram que precisavam da autorizaração do IAP para cortar agora "ou nunca mais" poderiam cortar; imagino que sabiam que o corte de uma espécie nativa é proibido por lei. Na conversa, citaram que Paulino Mexia, chefe do IAP em Maringá, estava sendo pressionado e que "por ser b(*)-mole" iria dar a autorização o mais rápido possível.Hoje às 8h um diretor da prefeitura, Edson Cantadori, que desde setembro negociava com a família Villanova a desapropriação do terreno, chegou com as máquinas para derrubar as árvores e fazer a limpeza. Só que a autorização do IAP "só" permitia a derrubada de sete araucárias, árvore-símbolo do Paraná.Fui o primeiro a chegar lá, depois de receber um telefonema. Em seguida chegaram o advogado Alberto Abrão Vagner da Rocha, presidente do Partido Verde, e o professor e ambientalista Jorge Villalobos. Servidores estaduais da Força Verde estiveram lá e, depois de uns engasgos, concordaram que não havia permissão específica para a derrubada da canafístula, ela não seria derrubada. A saída da madeira foi feita sem o selo do IAP, como estabelece a legislação, mas a FV não se incomodou. Eles foram embora, disseram que iriam atender um caminhão cheio de pneus que estava pegando fogo. Nisso chegou o secretário de Serviços Públicos, Diniz Afonso, e disse que iriam derrubar a canafístula; mostraram pra gente e para os proprietários do terreno (que foi desapropriado no primeiro dia de dezembro) um documento da prefeitura e não do IAP. Aí, reunidos, decidimos por subir na árvore para impedir o corte. A turma colocou um pano branco em torno dela e arranjou uma escada que deu o maior trabalho pra montar. Disse ao Alberto e ao Jorge que subiria. Mesmo estando em cima da canafístula de cerca de 30 metros - onde um casal de gaviões tem ninho -, o pessoal ainda cortou alguns grandes galhos perto de onde eu fiquei.A PM chegou a ir lá, os policiais foram muito educados e garantiram que nada seria feito para me tirar de lá. Disse a eles que sairia assim que visse o documento autorizatório; eles procuraram junto com os funcionários da prefeitura e também não encontraram. Perceberam que o objetivo de todos que estavam ali era sério e legal. A chegada novamente da Força Verde fez prevalecer o bom senso pregado por Alberto Abrão e Villalobos: não se corta a árvore enquanto não existir autorização. Agora é ficar em cima do Paulino Mexia e fazê-lo ver que deve tomar uma decisão que favoreça o meio ambiente.
PS - O primeiro número da revista Página 9 que fiz trouxe Inocente Villanova Junior na capa. A edição comemorou o centenário de nascimento do primeiro prefeito da minha cidade. Hoje subi numa árvore que ele cuidava (Villanova dizia para as netas que ela nunca deveria ser derrubada), vi outras que ele plantou serem postas ao chão e a casa que ele cuidou começar a ser destruída. Mas creio que o domingo fez muito bem ao meu coração.
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Em cima da árvore
Permaneci por mais de duas horas em cima da canafístula de 120 anos, que a administração cidadã de Silvio Barros II (PP) quis cortar na manhã de hoje. Acabei de chegar, depois que a Força Verde determinou que, sem autorização do IAP, a árvore não poderá ser cortada. Sei que o chefe do IAP, Paulino Mexia, chamado em mesa de restaurante semana passada por diretores da Urbamar de "submisso", vai dar a autorização amanhã cedo - mas, antes disso, vamos novamente tentar impedir o crime.Somente fotografias podem mostrar o tamanho do crime que a prefeitura quer fazer: além da canafístula, há sete araucárias (duas delas com mais de 60 anos) e um trabalho artístico, de importância também cultural e arquitetônica, dentro do terreno que pertence aos Villanova. As árvores arrancadas hoje pela administração cidadã de Silvio II foram todas plantadas pelo primeiro prefeito de minha cidade, Inocente Villanova Junior. A canafístula já estava ali 60 anos antes de Maringá nascer.Cansei de reclamar. Vou protestar, sempre que possível, sim. Hoje foi meu batismo. Sempre defendi o jornalista dar a notícia, não querer se transformar em notícia. Mas o que fiz hoje foi um ato de cidadão.Daqui a pouco, fotos e detalhes do evento. Só pra lembrar: ontem foi o Dia da Ação Global contra as Mudanças Climáticas; hoje, o prefeito dá o péssimo exemplo mandando cortar dezenas de árvores.

2 comentários:

Fábio Mayer disse...

Queria saber o que há no lugar do cérebro de certos políticos. Falam em progresso, empregos e um futuro maravilhoso e na primeira oportunidade mandam suas máquinas e motosserras devastar o que vêem pela frente sem muita preocupação efetiva com os tempos vindouros.

Pena, não é só Maringá que é devastada desse jeito... Note, a CIANORTE, décadas atrás, colonizou o norte do Paraná, onde cortou milhares de árvores para fazer arruamentos. Depois, plantaram árvores e hoje em dia, prefeituras derrubam essas árvores "incômodas" dizendo planejar novamente as cidades... é um contra-senso, foge a qualquer regra de responsbailidade ambiental.

Anônimo disse...

Este Rigon é o maximo!!!

Braziu!

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