TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Passeando pelos Blogs....


.... encontrei minha antiga amiga, Teresa. Fomos vizinhas ....


Do Blog do Rigon que me levou ao Blog do De Paula
Nome completo:
Terezinha Benedita Meneghel
Data nascimento e local:9 de janeiro de 1965, em Coronel Macedo (SP)
Onde trabalha?
Edito o Almanaque Maringá
E-mail:
teresameneghel@bol.com.br
Quando você começou a trabalhar na imprensa e como foi o início?

Meus primeiros trabalhos na imprensa foram em 1988, quando ainda era estudante de jornalismo, em Londrina. Eu frilava para uma revista, que já não lembro o nome, escrevendo matérias de cultura. Logo que peguei o canudo, fui procurar trampo na Folha de Londrina, que era o sonho de todo recém-formado. Me mandaram falar com o Walmir Macarini, diretor de redação. Ele me olhou e foi logo perguntando se era da “turma dos vermelhinhos”, porque “se eu tivesse idéias vermelhas, não trabalhava no jornal dele”. Argumentei que o bom jornalista não tem lado, tem que dar a informação correta, ouvindo todos os implicados e pronto (hoje, após 20 anos de estrada, penso: ô, santa ingenuidade). Ele disse que não tinha vaga em Londrina, mas que eu dera sorte porque na sucursal de Maringá um repórter (Idenilson Perin) tinha acabado de pedir demissão. Era pegar ou largar. Cheguei em Maringá sem saber para que lado ficava a Folha. Fui recebida pelo Edílson Pereira, pelo Newton Chagas e pelo Takeu Itakura. Eu tinha um texto promissor, alguma faísca e muito interesse em aprender. Parece mentira, mas eu comecei a trabalhar em jornal sem saber datilografia. Escrevia “catando milho”, coisa que hoje me abisma. Eu catava milho na máquina de escrever e depois catava de novo, no telex, para transmitir para Londrina. Tive muita sorte de começar ao lado de dois ótimos jornalistas, que me ensinaram muito. Outra sorte foi iniciar numa sucursal porque, servindo várias editorias aprendi a cobrir retrancas variadas.
O que você já fez na vida além de trabalhar na imprensa?
Antes da faculdade, trabalhava na loja de roupas de minha mãe. Eu era boa para vender e melhor ainda para cobrar dívidas atrasadas, rsrsrs.
Em quais veículos de comunicação você já trabalhou?
Em ordem cronológica: Folha de Londrina, TV Manchete, TV Tibagi (SBT), Correio de Maringá, O Diário, O Estado do Paraná, Gazeta do Povo, Jornal da Cocamar. E na Gazeta Mercantil, como frila. Também passei pelas assessoria de imprensa do Sinteemar, da ACIM e da Prefeitura em 1997 e depois em 2003/04.
Quais suas reportagens mais marcantes?

As que eu julgo melhores foram publicadas por O Estado do Paraná. Por exemplo, em 1999, fiz a primeira reportagem denunciando a proliferação das máquinas caça-níqueis, ilegais no País. Foi uma matéria bem completa, mostrando inclusive uma dona-de-casa de Sarandi que tinha se viciado neste jogo a ponto de apostar a grana do leite das crianças. Na mesma época mostrei o caso de uma horta comercial que usava água de esgoto nas verduras que distribuía para mercadinhos da periferia. A água, que vinha do córrego Bandeirantes, tinha até merda boiando. Lembro que o editor manteve o título que sugeri: Do esgoto para a mesa do consumidor. Estarrecedor. Mas as matérias que deram mais barulho foram pelo O Diário. Uma delas envolveu o episódio da vinda da delegacia de Polícia Federal para Maringá, em 1995. O então prefeito Said Ferreira queria ceder o prédio da merenda escolar (perto do estádio) para a PF, mas um grupo de vereadores era terminantemente contra. Fui entrevistar o Said e ele, pê da vida, disse “Quem não quer a PF em Maringá serve ao narcotráfico”. Lembro que foi essa a manchete e no dia seguinte, a Câmara acordou em polvorosa, com vereador quase às lágrimas de tão indignado. Outra inesquecível foi o caso de uma mulher que havia matado as duas filhas pequenas e tentado suicídio com um tiro no peito para se vingar do marido biscateiro. Na cama do hospital, a mulher urrava como bicho, dizendo que havia matado seus dois únicos amores. Não havia como não sentir aquela dor. Fui fundo na entrevista e a matéria, no dia seguinte, não falava só de tragédia e sangue, mas também a que ponto pode chegar um ser humano.
Quais as maiores alegrias atuando na imprensa?

Poder aprender todo dia algo novo e, principalmente, poder conhecer de perto a natureza humana.
As decepções?

Foi única e logo no início da profissão: aprender que “na prática, a teoria é outra”. Vc sai da faculdade, onde é “treinado” para fazer um jornalismo ideal e, quando entra no mercado de trabalho, dá de cara com o jornalismo possível, onde a informação é um produto como outro qualquer.
Quais os planos?

Me dedicar a projetos pessoais e um deles é o Almanaque Maringá. E também ter cada vez mais sucesso no cultivo de orquídeas (eu chego lá).
Já pensou em fazer outra coisa na vida?

Acho que todo jornalista estressado um dia já pensou. Duas coisas que me apetecem: montar um ateliê de mosaico ou um restaurante de comida caipira.
Quem você admira na imprensa?
Admiro muitos colegas, cada um por alguma peculiaridade.
Mensagem:

Para mim, jornalismo deve ser feito sempre com o cérebro, no máximo com o coração, mas nunca com o fígado.

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