Eu tenho certas emergências práticas que já duram mais de 20 anos. Emergência no Brasil demooooraaa. Por exemplo: terminar a reforma da casa. Fazemos nossa casa há 10 anos. Carro? isso não é emergência. Há emergências tão bobinhas como comprar a coleção de 3 livros Dicionário de Evolução, em frânces, R$2.000,00 reais. Trabalho como professora de História da Biologia e essa emergência demoooraaa. Há outras emergências como a saúde. Ontem, com súbito aumento da pressão arterial em plena reunião de departamento, vi que a emergência é bem urgente. A emergência de nossa Universidade tinha um aparelho velhinho para fazer eletrocardiografia. A Cleina que me atendeu é uma santa funcionária. Ainda bem que gente assim existe perto de você. Volto para o ambulatório na terça.
Nem vou contar as outras emergências.
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Exploro o termo emergência porque li no Blog do Guto Cassiano, de Brasília que o cartão corporativo é para situações de emergência. Será que seria como aquela emergência que tive no aeroporto de Manaus em 2002? Fui roubada e não tinha dinheiro para chegar aqui em Maringá. Cheguei em São Paulo com R$7,00 e comprei um remédio para dor de estômago. Só! meu cartão não funcionou naquele dia.
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veja o texto do Blog do GUTO:
O cartão corporativo do governo federal bancou a reforma de uma mesa de sinuca no Ministério das Comunicações. A reforma custou R$ 1.400 e foi paga no cartão de Francisco Risomá de Medeiros e Silva, do departamento de manutenção do ministério, em junho do ano passado.
O decreto que criou os cartões corporativos diz que eles só podem ser usados para gastos emergenciais. A mesa foi reformada na loja DF Sinuca, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, e está instalada em uma sala na garagem do edifício sede do ministério. A mesa é usada para recreação dos funcionários. Ontem, a Folha esteve duas vezes na sala de sinuca.
A mesa usada por funcionários é maior do que modelos em que são usadas fichas em bares. Há um quadro para marcar os resultados das partidas e poltronas para que se possa assistir às disputas. Na primeira visita da reportagem, alguns funcionários disputavam uma partida. Na segunda, quando foram feitas fotos, não havia jogadores. Na saída da equipe da Folha, um funcionário disse que a mesa estava "famosa". Por meio de nota, a assessoria de imprensa do ministério informou que foi aberta investigação para apurar a responsabilidade do funcionário que autorizou o serviço. (Humberto Medina - Folha)
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Então: que emergência, não?
Aluguéis de carro, free shop, mesa de sinuca, tapioca (hum, que delícia), bebida, blá blá e muiiito, mas muiito dinheiro mesmo. E o militar de apoio ao Lula diz que "quanto menor a transparência, maior a segurança". E você, quais são as suas emergências? Uma delas, vou furar: compro o livro do Desidério Murcho, A arte de pensar. Preciso ampliar meus estudos de lógica.
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