Do Blog do Solda , por Dante Mendonça
Proletário é o nome do novo cavalo do governador Roberto Requião, o décimo sétimo da tropa particular. Num cavalar esforço de reportagem, entrevistamos Proletário na dacha do Cangüiri.
Pergunta - O senhor foi doado ao governador por um amigo. Qual o nome desse muy amigo?
Proletário - Não estou autorizado pelo secretário de Comunicação Airton Pisseti. Só posso dizer que eu vim de Jacarezinho. Meu pai se chamava Comissário e minha mãe Camarada. Venho de uma linhagem stalinista do Jockey Club.
Pergunta - Está gostando de morar em Curitiba?
Proletário - É uma cidade limpinha e bem ajeitada, apesar da criminalidade, maior que a média nacional. Isso é assustador, mas escreve aí: o governador não tem nada com isso, Curitiba está fora da alçada do nosso secretário de Segurança.
Pergunta - O senhor veio cavalgar aqui na dacha do Cangüiri com um cargo comissionado na cavalariça. Isto não tem provocado ciúmes entre gatos, cachorros, cisnes, pavões, lebres, jaguatiricas, jacarés e outros bichos do zoológico particular do governador?
Proletário - Atritos, sim. Ciúmes, só entre as potrancas.
Pergunta - Segundo informações do site Gestão do Dinheiro Público, no ano passado a dacha do Cangüiri custou aos contribuintes R$ 81.613,81 com supérfluos, com exceção de 5,7 mil para a limpeza da piscina, que é um caso de saúde pública. Toda essa verba para fins de mordomia não seria um exagero?
Proletário - Não me parece, pelo que contaram neste pouco tempo que estou aqui. É preciso destacar, um estadista como o governador Requião precisa ter uma verba de representação à altura de seu porte.
Pergunta - O governo do Paraná é um dos que mais gastam através do cartão corporativo. O senhor é contra ou a divulgação daqueles extratos de compras?
Proletário - Fico com a opinião do general Jorge Felix, ministro da Segurança Institucional: “Quanto menor a transparência, maior a segurança”. O que o governador despende fora do expediente deve ser segredo de Estado.
Pergunta - O senhor também ganhou um cartão corporativo?
Proletário - Positivo. Mas uso com moderação nas minhas cavalgadas, além de um ou outro mimo para minhas potrancas.
Pergunta - E quanto ao veterinário, medicamentos, produtos de toalete, alimentos e vitaminas, estas despesas são pagas por quem?
Proletário - Pelo pelotão da Polícia Militar encarregado do nosso atendimento permanente. Eu, inclusive, tenho um “Personal PM”.
Pergunta - Já recebeu convite para participar da “Escolinha de Governo”?
Proletário - Positivo: devo fazer uma palestra acerca dos aspectos eqüinos da “Carta de Puebla”. Só não fui ainda porque o meu sotaque de Jacarezinho não está devidamente corrigido. Aliás, o meu fonoaudiólogo é o mesmo da Grazi Massafera.
Pergunta - Concorda com o deputado Romanelli, que furou o pedágio e incentivou o povo a fazer o mesmo?
Proletário - Vou dar aulas de equitação ao nobre deputado: se furar é proibido, pular o pedágio pode se tornar um esporte muito popular.
Pergunta - Quanto ao desembargador Edgard Lippmann Júnior, qual a sua opinião?
Proletário - Tem um burro aqui no Cangüiri que aconselhou a tratar o Judiciário no coice. Como cavalo não sobe escada, esse é um assunto pra quem está no andar de cima.
Dante Mendonça [08/02/2008] O Estado do Paraná.
publicado por Don Solda
Pergunta - O senhor foi doado ao governador por um amigo. Qual o nome desse muy amigo?
Proletário - Não estou autorizado pelo secretário de Comunicação Airton Pisseti. Só posso dizer que eu vim de Jacarezinho. Meu pai se chamava Comissário e minha mãe Camarada. Venho de uma linhagem stalinista do Jockey Club.
Pergunta - Está gostando de morar em Curitiba?
Proletário - É uma cidade limpinha e bem ajeitada, apesar da criminalidade, maior que a média nacional. Isso é assustador, mas escreve aí: o governador não tem nada com isso, Curitiba está fora da alçada do nosso secretário de Segurança.
Pergunta - O senhor veio cavalgar aqui na dacha do Cangüiri com um cargo comissionado na cavalariça. Isto não tem provocado ciúmes entre gatos, cachorros, cisnes, pavões, lebres, jaguatiricas, jacarés e outros bichos do zoológico particular do governador?
Proletário - Atritos, sim. Ciúmes, só entre as potrancas.
Pergunta - Segundo informações do site Gestão do Dinheiro Público, no ano passado a dacha do Cangüiri custou aos contribuintes R$ 81.613,81 com supérfluos, com exceção de 5,7 mil para a limpeza da piscina, que é um caso de saúde pública. Toda essa verba para fins de mordomia não seria um exagero?
Proletário - Não me parece, pelo que contaram neste pouco tempo que estou aqui. É preciso destacar, um estadista como o governador Requião precisa ter uma verba de representação à altura de seu porte.
Pergunta - O governo do Paraná é um dos que mais gastam através do cartão corporativo. O senhor é contra ou a divulgação daqueles extratos de compras?
Proletário - Fico com a opinião do general Jorge Felix, ministro da Segurança Institucional: “Quanto menor a transparência, maior a segurança”. O que o governador despende fora do expediente deve ser segredo de Estado.
Pergunta - O senhor também ganhou um cartão corporativo?
Proletário - Positivo. Mas uso com moderação nas minhas cavalgadas, além de um ou outro mimo para minhas potrancas.
Pergunta - E quanto ao veterinário, medicamentos, produtos de toalete, alimentos e vitaminas, estas despesas são pagas por quem?
Proletário - Pelo pelotão da Polícia Militar encarregado do nosso atendimento permanente. Eu, inclusive, tenho um “Personal PM”.
Pergunta - Já recebeu convite para participar da “Escolinha de Governo”?
Proletário - Positivo: devo fazer uma palestra acerca dos aspectos eqüinos da “Carta de Puebla”. Só não fui ainda porque o meu sotaque de Jacarezinho não está devidamente corrigido. Aliás, o meu fonoaudiólogo é o mesmo da Grazi Massafera.
Pergunta - Concorda com o deputado Romanelli, que furou o pedágio e incentivou o povo a fazer o mesmo?
Proletário - Vou dar aulas de equitação ao nobre deputado: se furar é proibido, pular o pedágio pode se tornar um esporte muito popular.
Pergunta - Quanto ao desembargador Edgard Lippmann Júnior, qual a sua opinião?
Proletário - Tem um burro aqui no Cangüiri que aconselhou a tratar o Judiciário no coice. Como cavalo não sobe escada, esse é um assunto pra quem está no andar de cima.
Dante Mendonça [08/02/2008] O Estado do Paraná.
publicado por Don Solda
2 comentários:
Porra nao estou nem consindo digitar de tanto rir, eheheheheh.
Mas quem deve estar com ciumes do Proletario eh o probo e belo Enio Barros que eh um bom equino.
Talvez, nao muito aerodinamico, devido ao seu narigao, mas que ele poderia dar boas cavalgadas com a Maria Louca em cima, sem duvida!!!
Cervo™ $$$$$$$$$$$$$$ Servo™
Escândalo mesmo, seria abrir as contas de certo governador nas farmácias... teríamos explicação para muitas coisas estranhas.
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