TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Poizé!

Como eu gosto de polêmica, lá vai. Fala Renato
Acaso
Uma filha de casal de classe média alta combina com o namoradinho o assassinato dos próprios pais.
Os tais pais são trucidados a pauladas.
Depois de algum tempo fica-se sabendo que o pai era algo assim como o fiel depositário do caixa 2 de um partido político avícola.
E depositava a tal grana 2 em conta da filha.
Claro que ninguém tinha interesse em esticar o assunto.
Portanto, ponto final.
Acaso?
Coincidência?
Um rapaz e sua esposa espancam a filha dele e ele a joga da janela do apartamento.
O pai dele, pressuroso advogado tributarista, esboça um plano para o casal:
alguém entrou no apartamento e jogou a menina pela janela.
No meu tempo de criança, esse tipo de criminoso era chamado de mentor.
Um rapaz não se sente impedido de jogar a própria filha pela janela.
Afinal, é filho de alguém que não se sente impedido de usar a própria criatividade para ocultar um crime.
Acaso?
Coincidência?
Uma menina de 15 anos é assassinada pelo ex-namorado depois de longo seqüestro.
Pouco depois fica-se sabendo que o pai da menina era procurado pela polícia há uns 17 anos. Fizera parte de uma milícia que assassinou muita gente em um estado do nordeste brasileiro.
Assim como costuma acontecer de meninas filhas de alcoólatras-que-espancam-a-mulher procurarem alcoólatras-que-espancam-a-mulher para casar, a menina resolveu namorar um garoto que se revelou assassino frio, tal qual o pai.
Acaso?
Coincidência?
Sei lá.
Apenas tenho a convicção – que não tenho como provar verdadeira – de que filhos de pais razoavelmente normais – seje lá o que seje isso – não saem por aí dando pauladas em pais adormecidos.
Nem pais normais, ainda que bastante (d)espertos, usam sua experiência de vida para encobrir os crimes dos filhos.
Do mesmo modo, filhos de pais razoavelmente normais não saem por aí a namorar seqüestradores assassinos.
Podem me xingar. É o que penso.

3 comentários:

Fábio Mayer disse...

Pois eu também penso assim... não pode ser coincîdência que filhos pratiquem os mesmos comportamentos imorais dos seus pais.

Dias atrás, recebi uma mensagem indignada de um rapaz que se viu envolvido numa confusão com a polícia do Rio. Eu havia feito uma crítica aos pais dele, que lhe davam dinheiro para sair para a balada e não perguntavam onde andava. Ele disse que fui injusto com ele e seus pais e me ameaçou.

Pois é. É engraçado, conheço um monte de gente que recebe mesada dois pais e vai para a balada, mas que entende que não se deve entrar em confusão, que dizer confusão com policiais. São rapazes e garotas que de divertem sem arranjar confusão.

Na melhor das hipóteses, o indignado procurou alguma encrenca com a polícia, como aquela frase famosa "você sabe com quem tá falando?" e deu confusão. Daí vai me dizer que seu problema não é de educação? Já conheci filho de banqueiro e político que, em situação de tensão com a polícia, simplesmente calou a boca e não procurou confronto.

Questão de educação.

Anônimo disse...

Sou aluna do curso normal superior em Quinta do sol sob a tutoria de Lucia Werneck,foi por ela que tive contato com sua cronica e me senti la em casa comentado os tres temas com meu marido.Sempre achei que esta mnha forma de ver a vida e as pessoas fosse um tanto objetiva demais, mas parece a indignacao com a futilidade das barbaries do mundo moderno,ou as entrelinhas ocultam as causas e reias motivos uma forma de pensamento individual e exclusivamente minha.

Daliana Antonio disse...

dá uma passadinha nos nossos blogs
http://discutindogenero.blogspot.com
http://usosdainternet.blogspot.com

Braziu!

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