
Grupo de nove senadores propõe pacote moralizador
No plenário, Tasso enquadra Salgado, o colega ‘sem voto’
O Senado, como se sabe, frequenta o noticiário como uma espécie de elefante à procura de um rajá, um líder que o monte.
Nesta quarta (17), um grupo de nove senadores reuniu-se para acomodar sobre o papel um itinerário para o elefante.
Coube a Tasso Jereissati (PSDB-CE) enunciar em plenário o roteiro anticrise esboçado pelo grupo.
Súbito, Wellington Salgado (PMDB-MG), um conhecido miliciano de Renan Calheiros (PMDB-AL), levou os lábios ao microfone.
Dirigindo-se ao pseudorajá José Sarney, que dirigia a sessão, Salgado disse que tentam responsabilizá-lo por “tudo o que acontece no Senado”.
Tachou de “teatro” o rol de sugestões que Tasso acabara de enumerar. Reduziu a iniciaitva a um chororô de derrotados.
"Não há decisão, publicada oun não, que não passe pelo colégio de líderes e pela Mesa”, disse Salgado.
“Vivemos aqui um grande teatro. É uma lua de mel com a derrota. Quem perdeu, continua vivendo com a derrota".
Abespinhado, Tasso retomou a palavra. Disse que há, sim, um grupo de senadores que vêem a crise do Senado com “desconforto”.
“Muito desconforto”, enfatizou. “Não é pouco não”. Em seguida, traçou a linha divisória que separa o grupo de Salgado:
“Senador que nunca disputou uma eleição na vida não tem o mesmo desconforto daqueles que dependem da opinião publica”.
Salgado é um senador “sem voto”. É suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações), de cuja campanha foi o principal financiador.
No Senado, Salgado alistou-se na milícia de Renan, protagonista de dois infrutíferos pedidos de cassação. Agora, ainda sob ordens de Renan, alinha-se a Sarney.
"A minha vida, do senador Suplicy e do Cristovam é diretamente relacionada ao pensamento que a opinião pública tem sobre nós”, reforçou Tasso.
“Nós temos, sim, que prestar satisfação à opinião pública brasileira e agir com humildade...”
“...Aqueles que nunca participaram de uma eleição, pensem três vezes antes de pensar sobre a opinião pública".
Além de Tasso, o grupo que propõe mudanças no Senado é integrado por: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS)...
...Cristovam Buarque (PDT-DF), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tião Viana (PT-AC), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Renato Casagrande (PSB-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO).
Sugerem o seguinte:
1. Demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, um dos signatários de atos administrativos seretos;
2. Votação em plenário, se possível na próxima semana, do nome do substituto de Gazineo;
3. Afastamento de todos os outros gestores do Senado, para que o novo diretor-geral tenha “carta branca” e possa compor uma nova equipe;
4. Apresentação de um projeto de reforma administratiava. Seria exposta pelo novo diretor-geal, em plenário, numa sabatina que antecederia a aprovação do nome;
5. Fixação de metas para o diretor-geral. Entre elas redução de pessoal e suspensão imediata de todas as novas contratações.
6. Eliminação de todas as vantagens concedidas aos senadores que não sejam essenciais ao exercício do mandato;
7. Realização de reunião ordinária mensal do plenário, para deliberar sobre a pauta de votações do mês seguinte.
Uma forma de acabar com o lero-lero de que que os senadores não sabem o que votam na hora em que são chamados a referendar decisões da Mesa diretora;
8. Contratação de auditoria externa para perscrutar todos os contratos firmados pelo Senado.
9. Investigação externa das denúncias que pesam sobre os ombros dos ex-diretores Agaciel Maia e João Zoghbi (Recursos Humanos).
No dizer de Tasso, a investigação pode ser feita “pela Polícia Federal” ou pela empresa de “auditoria externa à estrutura do Senado”.
10. Concluídas as apurações, adoção de providências que levem à punição dos malfeitos comprovados.
Depois de ouvir, Sarney disse a Tasso que submeterá as sugestão à Mesa, em reunião que fará na terça-feira (23) da semana que vem.
No plenário, Tasso enquadra Salgado, o colega ‘sem voto’
O Senado, como se sabe, frequenta o noticiário como uma espécie de elefante à procura de um rajá, um líder que o monte.
Nesta quarta (17), um grupo de nove senadores reuniu-se para acomodar sobre o papel um itinerário para o elefante.
Coube a Tasso Jereissati (PSDB-CE) enunciar em plenário o roteiro anticrise esboçado pelo grupo.
Súbito, Wellington Salgado (PMDB-MG), um conhecido miliciano de Renan Calheiros (PMDB-AL), levou os lábios ao microfone.
Dirigindo-se ao pseudorajá José Sarney, que dirigia a sessão, Salgado disse que tentam responsabilizá-lo por “tudo o que acontece no Senado”.
Tachou de “teatro” o rol de sugestões que Tasso acabara de enumerar. Reduziu a iniciaitva a um chororô de derrotados.
"Não há decisão, publicada oun não, que não passe pelo colégio de líderes e pela Mesa”, disse Salgado.
“Vivemos aqui um grande teatro. É uma lua de mel com a derrota. Quem perdeu, continua vivendo com a derrota".
Abespinhado, Tasso retomou a palavra. Disse que há, sim, um grupo de senadores que vêem a crise do Senado com “desconforto”.
“Muito desconforto”, enfatizou. “Não é pouco não”. Em seguida, traçou a linha divisória que separa o grupo de Salgado:
“Senador que nunca disputou uma eleição na vida não tem o mesmo desconforto daqueles que dependem da opinião publica”.
Salgado é um senador “sem voto”. É suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações), de cuja campanha foi o principal financiador.
No Senado, Salgado alistou-se na milícia de Renan, protagonista de dois infrutíferos pedidos de cassação. Agora, ainda sob ordens de Renan, alinha-se a Sarney.
"A minha vida, do senador Suplicy e do Cristovam é diretamente relacionada ao pensamento que a opinião pública tem sobre nós”, reforçou Tasso.
“Nós temos, sim, que prestar satisfação à opinião pública brasileira e agir com humildade...”
“...Aqueles que nunca participaram de uma eleição, pensem três vezes antes de pensar sobre a opinião pública".
Além de Tasso, o grupo que propõe mudanças no Senado é integrado por: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS)...
...Cristovam Buarque (PDT-DF), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tião Viana (PT-AC), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Renato Casagrande (PSB-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO).
Sugerem o seguinte:
1. Demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, um dos signatários de atos administrativos seretos;
2. Votação em plenário, se possível na próxima semana, do nome do substituto de Gazineo;
3. Afastamento de todos os outros gestores do Senado, para que o novo diretor-geral tenha “carta branca” e possa compor uma nova equipe;
4. Apresentação de um projeto de reforma administratiava. Seria exposta pelo novo diretor-geal, em plenário, numa sabatina que antecederia a aprovação do nome;
5. Fixação de metas para o diretor-geral. Entre elas redução de pessoal e suspensão imediata de todas as novas contratações.
6. Eliminação de todas as vantagens concedidas aos senadores que não sejam essenciais ao exercício do mandato;
7. Realização de reunião ordinária mensal do plenário, para deliberar sobre a pauta de votações do mês seguinte.
Uma forma de acabar com o lero-lero de que que os senadores não sabem o que votam na hora em que são chamados a referendar decisões da Mesa diretora;
8. Contratação de auditoria externa para perscrutar todos os contratos firmados pelo Senado.
9. Investigação externa das denúncias que pesam sobre os ombros dos ex-diretores Agaciel Maia e João Zoghbi (Recursos Humanos).
No dizer de Tasso, a investigação pode ser feita “pela Polícia Federal” ou pela empresa de “auditoria externa à estrutura do Senado”.
10. Concluídas as apurações, adoção de providências que levem à punição dos malfeitos comprovados.
Depois de ouvir, Sarney disse a Tasso que submeterá as sugestão à Mesa, em reunião que fará na terça-feira (23) da semana que vem.
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