TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sem voto, sem lenço, sem nada

Lula Marques/Folha do Josias de Souza
Grupo de nove senadores propõe pacote moralizador
No plenário, Tasso enquadra Salgado, o colega ‘sem voto’


O Senado, como se sabe, frequenta o noticiário como uma espécie de elefante à procura de um rajá, um líder que o monte.

Nesta quarta (17), um grupo de nove senadores reuniu-se para acomodar sobre o papel um itinerário para o elefante.

Coube a Tasso Jereissati (PSDB-CE) enunciar em plenário o roteiro anticrise esboçado pelo grupo.

Súbito, Wellington Salgado (PMDB-MG), um conhecido miliciano de Renan Calheiros (PMDB-AL), levou os lábios ao microfone.

Dirigindo-se ao pseudorajá José Sarney, que dirigia a sessão, Salgado disse que tentam responsabilizá-lo por “tudo o que acontece no Senado”.

Tachou de “teatro” o rol de sugestões que Tasso acabara de enumerar. Reduziu a iniciaitva a um chororô de derrotados.

"Não há decisão, publicada oun não, que não passe pelo colégio de líderes e pela Mesa”, disse Salgado.

“Vivemos aqui um grande teatro. É uma lua de mel com a derrota. Quem perdeu, continua vivendo com a derrota".

Abespinhado, Tasso retomou a palavra. Disse que há, sim, um grupo de senadores que vêem a crise do Senado com “desconforto”.

“Muito desconforto”, enfatizou. “Não é pouco não”. Em seguida, traçou a linha divisória que separa o grupo de Salgado:

“Senador que nunca disputou uma eleição na vida não tem o mesmo desconforto daqueles que dependem da opinião publica”.

Salgado é um senador “sem voto”. É suplente do ministro Hélio Costa (Comunicações), de cuja campanha foi o principal financiador.

No Senado, Salgado alistou-se na milícia de Renan, protagonista de dois infrutíferos pedidos de cassação. Agora, ainda sob ordens de Renan, alinha-se a Sarney.

"A minha vida, do senador Suplicy e do Cristovam é diretamente relacionada ao pensamento que a opinião pública tem sobre nós”, reforçou Tasso.

“Nós temos, sim, que prestar satisfação à opinião pública brasileira e agir com humildade...”

“...Aqueles que nunca participaram de uma eleição, pensem três vezes antes de pensar sobre a opinião pública".

Além de Tasso, o grupo que propõe mudanças no Senado é integrado por: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Pedro Simon (PMDB-RS)...

...Cristovam Buarque (PDT-DF), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Tião Viana (PT-AC), Sérgio Guerra (PSDB-PE), Renato Casagrande (PSB-ES) e Demóstenes Torres (DEM-GO).

Sugerem o seguinte:

1. Demissão do diretor-geral do Senado, Alexandre Gazineo, um dos signatários de atos administrativos seretos;

2. Votação em plenário, se possível na próxima semana, do nome do substituto de Gazineo;

3. Afastamento de todos os outros gestores do Senado, para que o novo diretor-geral tenha “carta branca” e possa compor uma nova equipe;

4. Apresentação de um projeto de reforma administratiava. Seria exposta pelo novo diretor-geal, em plenário, numa sabatina que antecederia a aprovação do nome;

5. Fixação de metas para o diretor-geral. Entre elas redução de pessoal e suspensão imediata de todas as novas contratações.

6. Eliminação de todas as vantagens concedidas aos senadores que não sejam essenciais ao exercício do mandato;

7. Realização de reunião ordinária mensal do plenário, para deliberar sobre a pauta de votações do mês seguinte.

Uma forma de acabar com o lero-lero de que que os senadores não sabem o que votam na hora em que são chamados a referendar decisões da Mesa diretora;

8. Contratação de auditoria externa para perscrutar todos os contratos firmados pelo Senado.

9. Investigação externa das denúncias que pesam sobre os ombros dos ex-diretores Agaciel Maia e João Zoghbi (Recursos Humanos).

No dizer de Tasso, a investigação pode ser feita “pela Polícia Federal” ou pela empresa de “auditoria externa à estrutura do Senado”.

10. Concluídas as apurações, adoção de providências que levem à punição dos malfeitos comprovados.

Depois de ouvir, Sarney disse a Tasso que submeterá as sugestão à Mesa, em reunião que fará na terça-feira (23) da semana que vem.

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