TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Família que rouba unida....

Angeli
Cap-tirado do Ricardo Noblat -
deu na folha de s.paulo
Diálogos mostram ação de filho de Sarney na Eletrobrás
Em conversas captadas pela PF, Fernando Sarney discute nomeações na estatal
Alvo de cinco inquéritos abertos pela Polícia Federal, empresário foi indiciado anteontem sob acusação de ter cometido quatro crimes
De Leonardo Sousa e Hudson Corrêa:
Diálogos captados pela Polícia Federal na Operação Boi Barrica revelam que o empresário Fernando Sarney tentava interferir em indicações e negócios realizados pela Eletrobrás, empresa estatal do setor elétrico, área controlada por seu pai, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Fernando foi indiciado anteontem sob acusação de ter cometido quatro crimes: formação de quadrilha, gestão de instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Apontado como o "líder da quadrilha", o filho de Sarney é alvo de cinco inquéritos abertos pela PF -a principal linha de investigação apura a prática de tráfico de influência supostamente exercida por Fernando para beneficiar empresas privadas em contratos com o governo. Ele ainda pode ser indiciado por mais crimes.
Em uma das conversas gravadas pela PF com autorização judicial, Fernando trata da indicação de uma pessoa para um cargo na diretoria financeira da Eletrobrás. Seu interlocutor, identificado pela PF apenas como Jorge ou Vitinho, diz que precisa do aval de Fernando.
Jorge cita ainda o nome do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula, que também teria defendido o nome da mesma pessoa para a função na Eletrobrás.
Procurado pela Folha, o advogado disse que usaram seu nome indevidamente e que nunca pediu cargo para ninguém em nenhuma estatal ou órgão do governo. "Isso é um absurdo completo. Nunca estive nem conheço ninguém na Eletrobrás", afirmou Teixeira.
No dia 17 de abril do ano passado, a polícia gravou o seguinte diálogo:
Jorge:
"Vai ter uma diretoria que tá pra entrar lá na Eletrobrás e nós precisamos de um apoio, eu posso passar um e-mail para você?"
Fernando Sarney:
"Claro [...]. Manda para mim um e-mail".
Uma semana depois, o empresário João Dória Júnior troca telefonemas com Fernando. O empresário pergunta a Fernando se ele já tinha o nome para que fosse indicado para o ministro e o presidente da Eletrobrás. Apesar de não ter citado nominalmente, o empresário se referia a Edison Lobão, indicado para comandar a pasta de Minas e Energia por José Sarney, de quem é aliado.
Dória foi presidente da Embratur e do Conselho Nacional de Turismo no governo Sarney, entre 1986 e 1988. "Eu já passei para eles aquelas indicações e datas. Fiquei aguardando uma posição, que ainda não veio. Eu tô em Brasília, vou estar com eles hoje. Amanhã te digo alguma coisa", respondeu Fernando.
Ainda em abril de 2008, Fernando fala também sobre a Funasa. Ele conversa com uma pessoa identificada pela PF como Talvane. Fernando diz que havia ligado para ele no dia anterior, porque "o menino da Funasa" estava com ele.
"[Ele estava] me dizendo que tá tudo teu pronto, que fez o que tu tinha pedido e que tá na tua mão, mas que tu tem que correr porque os prazos estão se acabando. Ele me explicou lá na hora um negócio de uma caução. Não sei o que é direito, mas é bom você mandar alguém lá para ver isso, para gente não perder", afirmou.
Diz o inquérito da PF: "Desponta aí a prática de diversos crimes danosos aos cofres públicos, como advocacia administrativa, tráfico de influência, fraude a licitação, falsidade ideológica, falsidade documental, bem como os já aventados crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e, possivelmente, [...] crimes contra a ordem tributária". Assinante do jornal leia mais em: Diálogos mostram ação de filho de Sarney na Eletrobrás
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deu em o globo
Depois de filho, nora de Sarney é indiciada
De Jailton de Carvalho, Gerson Camarotti e Raimundo Garrone:
Um dia após indiciar Fernando Macieira Sarney, um dos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a Polícia Federal indiciou ontem Teresa Cristina Murad Sarney, mulher do empresário, por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeiro.
Uma das sócias da empresa São Luís Factoring, Teresa foi indiciada após ter sido interrogada pelo delegado Márcio Anselmo, na Superintendência da PF de São Luís. A PF investiga, em três inquéritos, o suposto envolvimento de Fernando e Teresa com movimentação financeira ilegal, entre outros crimes.
A partir dos três inquéritos, abertos ao longo da Operação Boi Barrica, a PF também indiciou, quarta-feira, Tucydedis Frota, Marcelo Aragão e Walfredo Dantas, supostos sócios de Fernando Sarney na organização da Marafolia, o carnaval fora de época que acontece em São Luís há 15 anos. A PF suspeita que a organização da festa e a São Luís Factoring eram usadas para lavagem de dinheiro.
No depoimento, Teresa negou irregularidades nas transações financeiras da São Luís, da Marafolia e da Gráfica Escolar, outra empresa da família Sarney.
Em outros dois inquéritos, instaurados também a partir da Boi Barrica, a PF investiga desde caixa dois nas eleições de 2006, no Maranhão, até irregularidades na Ferrovia Norte-Sul.
Reservadamente, o presidente do Senado demonstrou ter ficado muito abalado com o indiciamento do filho. A interlocutores, teria classificado a ação da PF de "perseguição política". Para Sarney, o indiciamento neste momento foi uma forma de tentar enfraquecê-lo ainda mais. Em público, porém, prefere o silêncio sobre o assunto. Leia mais em O Globo

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