Foto AFP Getty Images, 2009 Mulher na Itália na Manifestção contra violência. No rosto: Não pai, não comandante, não marido Eu sou eu.8 de março de 1857. A data tem origem em uma tragédia. Em uma cidade dos EUA, do estado de Nova York, operárias tecelãs que trabalhavam 16 horas por dia faziam greve para redução da carga diária de trabalho: para dez horas! O salário que recebiam era apenas um terço do que os homens recebiam - pelo mesmo horário e mesmo trabalho.
A GREVE foi reprimida, a porta da fábrica trancada e atearam fogo no local; 130 mulheres morreram.
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No século XXI as africanas, as afegãs, as iranianas lutam muito ainda. Desde exigir o uso de preservativo na guerra contra o HIV e contra os espancamentos, às mutilações das genitálias femininas, à morte.
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No dia a dia do Brasil vemos as empregadas domésticas, as mulheres que catam recicláveis (um eufemismo para lixo), as meninas que trabalham nos bares, as prostitutas...
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Nós, professoras, também enfrentamos, NO REINO DA EDUCAÇÃO (aiaiaiaiai), chefes homens nos olham com desdém (você não é tão produtiva como eu), que desligam o telefone na nossa cara, que mentem, que riem orgulhosos de sua condição de besta-fera.
Nas escolas, nas universidades ainda temos que ouvir piadinhas homofóbicas, piadinhas sobre a inteligência das mulheres ...
PIOR ainda, temos colegas, SIM, colegas mulheres, que sabotam outras mulheres para fazer bonitinho "pro patrão"; que rezam em sala de aula (seu comandante o bispo agradecerá sua estratégia); que trazem imagens de Jesus em aula de biologia em seus notebú (meu padre ficará orgulhoso de mim). . .
De um século que 130 operárias morreram no fogo. Mas, ainda estamos longe de nos livrar da educação dos machos, dos comandantes (grandes e pequenos), dos padres, dos maridos ...
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