O drama norueguês veio acordar os europeus para a terrível realidade do crescimento da extrema-direita, em vários países, e chovem todos os dias notícias sobre factos cada vez mais inquietantes.
Na semana passada, o jornal Der Spiegel relatou o que se passa na Alemanha, em escolas e em campos de férias, onde se educam crianças e jovens na glorificação de Hitler, do Terceiro Reich e dos seus princípios, por vontade de milhares de famílias. Vale a pena ler a notícia com atenção.
Mas o que é no mínimo discutível, e também inquietante, é a possível decisão de o governo alemão retirar essas crianças às famílias. Na sua crónica de hoje, Manuel António Pina exprime exactamente a minha reacção quando li a notícia:
«Não posso deixar de pensar que tirar os filhos aos pais e pô-los sob tutela do Estado seria o que fariam (e fizeram) os nazis e de me interrogar se, como no sermão de Niemoller, a seguir aos filhos dos nazis não viriam os dos comunistas, depois os dos muçulmanos, depois os dos ateus, e por aí fora. Julgo que existem razões para temermos pelo sistema democrático quando as democracias cedem à tentação totalitária para se defenderem. Como disse o primeiro-ministro norueguês quando dos atentados de Oslo e Utoya, a resposta das democracias contra os demónios totalitários só pode ser mais democracia.»
Repita-se mil vezes, se necessário for: só de defende a democracia com mais democracia.
Na semana passada, o jornal Der Spiegel relatou o que se passa na Alemanha, em escolas e em campos de férias, onde se educam crianças e jovens na glorificação de Hitler, do Terceiro Reich e dos seus princípios, por vontade de milhares de famílias. Vale a pena ler a notícia com atenção.
Mas o que é no mínimo discutível, e também inquietante, é a possível decisão de o governo alemão retirar essas crianças às famílias. Na sua crónica de hoje, Manuel António Pina exprime exactamente a minha reacção quando li a notícia:
«Não posso deixar de pensar que tirar os filhos aos pais e pô-los sob tutela do Estado seria o que fariam (e fizeram) os nazis e de me interrogar se, como no sermão de Niemoller, a seguir aos filhos dos nazis não viriam os dos comunistas, depois os dos muçulmanos, depois os dos ateus, e por aí fora. Julgo que existem razões para temermos pelo sistema democrático quando as democracias cedem à tentação totalitária para se defenderem. Como disse o primeiro-ministro norueguês quando dos atentados de Oslo e Utoya, a resposta das democracias contra os demónios totalitários só pode ser mais democracia.»
Repita-se mil vezes, se necessário for: só de defende a democracia com mais democracia.
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