Na Universidade Estadual de Maringá, o CAD, Conselho de Administração faz uma proposta que dá o que pensar: é o aumento da carga horária para TODOS OS PROFESSORES (TIDE, TIDE TEMPORÁRIO E T-40) QUE NÃO ATUAM nos cursos de pós-graduação.
Ou seja, o petit comitê da intelligensia universitária maringaense faz aquilo que a direita conservadora e autoritária sempre faz em nome da divisão de classes e do trabalho. Divide os professores em: a) aqueles que dão aulas na graduação e levarão a carga de burro nas costas com muitas turmas, várias ementas e b) aqueles que dão aulas no pós-graduação e terão mais tempo para pesquisar, dar aulas para pequenas turmas (sim as turmas de pós são bem menores que as da graduação), publicar, ir aos eventos. TODOS os professores são desiguais para o CAD. Temos que levar em conta que os nossos representantes no CAD trabalham em pós-graduação. E dá lei feita para si próprios. Dou aulas em pós-graduação, mas não vou legislar em nome próprio. A divisão de trabalho manual (os que ficam na graduação) e intelectual (os que ficam no pós) mostra como estamos ficando APOLÍTICOS na universidade. É a fogueira das vaidades, a soberba de brejo e a violência. Fogueira das vaidades porque torna os professores que trabalham em pós-graduação um símbolo com mais capital, soberba de brejo porque busca a política fácil, a política de Universidade de periferia que quer ser Unicamp ou USP, e violência porque sufoca a vida intelectual dos professores que não dão aulas na pós ou porque ainda não podem ou porque NÃO QUEREM IR PARA A OPERAÇÃO OBAN das Universidades, onde a CAPES e CNPq falam mais alto do que os conselhos ou o reitor. É uma DESONRA. UM DESENCANTO. UM ENGODO.
Minha posição: a destituição do menor conselho da UEM ( e mais poderoso) e que toda decisão seja do CONSELHO UNIVERSITÁRIO!
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