TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Educassão

Desenho de Millôr
Diretor de prova que reprovou Brasil vê progresso no ensino
CRISTINA LUCKNER com a COLABORAÇÃO PARA A FOLHA de São Paulo FÁBIO TAKAHASHIDA

Apesar de ocupar as últimas colocações nos rankings internacionais de ensino, o Brasil mostra progressos na educação, afirma o diretor do Pisa (exame mundial de aprendizagem), Andreas Schleicher. Schleicher, 44, que é alemão, diz que um dos pontos positivos do país são os diversos sistemas de avaliação (atualmente há a Prova Brasil e o Saeb, ambos federais, e exames estaduais, como o Idesp, em SP). Segundo ele, esses são instrumentos importantes para direcionar as políticas públicas. O diretor do Pisa, porém, afirma que o país ainda precisa avançar em diversos aspectos. Um deles é conseguir atrair para a carreira docente os melhores profissionais da sociedade. No último resultado do Pisa, divulgado em dezembro passado, o Brasil ficou em 53º em matemática, entre 57 países -posição semelhante também em leitura e ciências. Abaixo, a entrevista concedida ontem à Folha por Schleicher, que esteve em São Paulo para um seminário sobre os resultados da prova, organizado pela Fundação Santillana, Avalia Assessoria Educacional e Editora Moderna. (comentário meu, da fauna do livro didático)
FOLHA - Por que o Brasil obteve resultados tão insatisfatórios na avaliação do Pisa?
ANDREAS SCHLEICHER - A condição social do Brasil é mais complicada do que a de outros países avaliados, como Japão e Coréia do Sul. Os avanços são claros, mas ainda insuficientes. Na América Latina é o que mais mostrou progresso. O crescimento econômico aumenta a distância entre os mais educados e os menos educados e por isso a urgência para melhorar as bases da educação nunca tinham sido tão importantes como agora. O principal desafio brasileiro é o de atrair bons profissionais para as escolas e investir mais em educação.
FOLHA - O sr. esperava melhores resultados do Brasil no Pisa?
SCHLEICHER - O Brasil melhorou seus resultados desde 2000, o que traz expectativas positivas. Antes da avaliação, não sabíamos nada em relação à educação daqui e agora temos acesso a essas informações. Desde então, o país demonstrou capacidade de desenvolvimento e se tornou mais competitivo em relação a outros países. O Brasil é um dos países que provou que o progresso é possível.
FOLHA - Então o Brasil está no caminho certo para progredir?
SCHLEICHER - Em muitos aspectos, sim. O Brasil foi o primeiro país não-membro do OCDE (organização que reúne os países ricos, que aplica o Pisa) a aceitar o desafio de se avaliar. Mesmo sabendo que seria injusta a comparação com países desenvolvidos, o Brasil encarou a realidade e, a partir dos resultados, partiu para políticas mais concretas. Um bom exemplo disso foi o novo indicador do Estado de São Paulo na semana passada [o Idesp, que avalia as escolas com base no resultado dos alunos em uma prova estadual e índices de evasão e repetência]. O Brasil tem vantagem porque conta com diversas formas de avaliação. E, com esses resultados, tem uma base melhor de informações para direcionar suas políticas públicas. Contextualizar as escolas é fundamental para que esses resultados signifiquem transformação.
FOLHA - E quais são os caminhos para a transformação?
SCHLEICHER - Investir mais em educação, mas ter em mente que o dinheiro sozinho não garante sucesso. Se o objetivo é trazer profissionais mais qualificados para as salas de aula, é preciso oferecer a eles boas condições de trabalho e salários competitivos. Alguns países tiveram experiências positivas com as tentativas, como o Japão; outros não. Os bem-sucedidos foram os que investiram no triângulo pais, alunos e professores. Especialmente no bom ambiente de trabalho para os docentes. O que se vê hoje nas escolas é um ambiente que lembra a era industrial, no qual os trabalhadores das fábricas exercem tarefas sem análise crítica. É cada vez mais difícil para um sistema educacional do século 19 atrair estudantes do século 21.
FOLHA - Como o crescimento econômico está ligado à educação?
SCHLEICHER - Sem educação há pouca perspectiva de crescimento econômico. Essa ligação nunca foi tão forte como nos dias de hoje. Pode-se afirmar, por alto, que um ano a mais de educação aumenta entre 3% e 6% o PIB (Produto Interno Bruto) de um país. No Brasil, o bom momento econômico beneficia aqueles com maior grau de educação. Os demais não se beneficiam da globalização, simplesmente param no tempo.O foco deve ser quem vai inventar a próxima inovação tecnológica e não quem vai produzi-la. A educação é o motor do progresso.
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Comentário: No Brasiu a educassão começa onde o dinheiro acaba. É claro: o dinheiro acaba nas mãos, ôps, nos bolsos dos políticos. Até porque político também estudou nas escolas que eles mantêm para seu curral, digo, escola. Quem costuma aguentar discurso de político sabe que eles tiravam ZERO em quase tudo; passaram de ano porque corrompiam colegas que estudavam. Quando ouço dos políticos locais e nacionais: "Se eu fazer", "menas", a "rádia", "pirulas" eu me enforco em pé de couve. Affe, Maria! Que enjôo!

2 comentários:

Anônimo disse...

E o povo continua alienado.

Anônimo disse...

Interessante o que diz o diretor desse exame mundial de aprendizagem. A dica continua sendo a mesma. Para a educação no Brasil dar certo é preciso ensino de qualidade, integrado com a realidade e com as novas formas de ver o mundo. E para isso não é preciso computador nas escolas, mas professores que saibam como usá-los para ensinar, motivados, e com boas condições de trabalho.
Para isso, os gestores teriam que ter um projeto de capacitação funcional. Quem cobrará isso deles?

Braziu!

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