Leia aqui (TERRA), Enviado pelo Eurico S.
BrOi: emissários de Dantas tentam chegar a Dilma
Daniel Dantas foi preso nesta terça, 8 de julho. Ele e as principais peças de seu grupo, tais como sua irmã Verônica Dantas, o cunhado Arthur Carvalho e o ex-cunhado Carlos Rodenburg, seu sócio e presidente do Banco Opportunity S/A.
Terra Magazine apurou que o ápice da investigação da Polícia Federal coincidiu com o clímax das negociações para a venda da Brasil Telecom para a Oi, nos primeiros meses deste ano.
Veja também: » Opine aqui sobre a prisão de Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta» Celso Pitta recebia dinheiro vivo de Naji Nahas» Exclusivo: PF prende Dantas e organização criminosa» Inferno de Dantas - Um Raio X do Opportunity Fund» Dantas-Nahas: Para entender a organização
O conteúdo das investigações é explosivo. Detecta-se no meio da apuração um intenso trabalho de lobby e pressão de Dantas junto a setores do governo e também do PT.
A gênese da BrOi foi palmilhada atentamente pela Polícia Federal, seja do ponto de vista dos contatos políticos para que ela saísse do papel, seja do ponto de vista das pressões e manipulações feitas junto à imprensa. Muito ainda deverá ser revelado em capítulos nos próximos dias.
Em diversos momentos, personagens dantescos referem-se a personalidades do governo. Na percepção dos investigadores, algumas das referências - uma delas de codinome Margaret - seriam à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Em uma conversa a 13 de março último, por exemplo, Greenhalgh diz a Humberto Braz (ex-presidente da Brasil Telecom Participações) que "tentou" conversar com "minha amiga". Entendeu o delegado Queiróz quem seria a "amiga":
-...possivelmente a ministra Dilma.
Registra o delegado que o ex-deputado relata o fracasso da tentativa de diálogo com a ministra, que teria recomendado um entendimento entre "eles", pois o governo já havia "se metido demais nesse assunto".
No dia 20 de março, Guilherme Sodré Martins, assessor de Dantas em áreas várias, comenta com Carlos Rodenburg que na "segunda-feira" estará em Brasilia para uma reunião "com Dilma". Aponta a PF, no dia 24 não há registro de tal compromisso na Casa Civil. No mesmo dia, contudo, Guilherme comenta com um certo Bernardo que a audiência seria às 14h30 para tratar do assunto "leite longa vida".
Findo o suposto encontro, às 15 horas, 53 minutos e 45 segundos, Guilherme conversa com Bernardo e diz que "eles" falaram a respeito da reunião com Dilma e que ela teria feito de conta que não o conhecia, e ele ficou quieto.
Em tempo: Dilma e Guilherme Sodré se conhecem ao menos de vista, pois foi Guilherme, o Guiga, quem providenciou a lancha para um passeio, revelado pela Operação Navalha, na Baía de Todos os Santos. Ainda em relação a esta conversa, Guilherme comenta que o pessoal "da indústria do leite" saiu impressionado com a esperteza dela, principalmente em descobrir "onde está a sacanagem".
Três dias depois, em 27 de março, às 20 horas, 36 minutos e 12 segundos Dantas liga para Guilherme e diz que acabou, "fecharam o acordo".
Greenhalgh
O ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh(Crédito: Gervásio Baptista/Agência Brasil)
Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado federal do PT, foi quase presidente da Câmara dos Deputados (perdeu para Severino Cavalcanti). Ele é renomado advogado e influente integrante da cúpula do partido.
Greenhalgh, segundo apurações da PF, manteve contatos intensos e freqüentes com Humberto Braz em defesa dos interesses de Dantas. Humberto Braz, recorde-se, foi presidente da Brasil Telecom Participações durante a gestão Dantas, quando cuidava dos interesses do Opportunity junto à imprensa, Marcos Valério e mais uma série de episódios, todos devidamente apurados pelas auditorias feitas pela BrT. Depois que fundos e Citibank demitiram Dantas do controle da BrT, Humberto Braz continuou prestando serviços ao Opportunity.
Braz e Greenhalgh negociavam a BrOi. Faziam lobby junto ao governo, apontam as investigações. A prisão preventiva de Greenhalgh foi pedida pela polícia, mas não foi concedida.
No âmbito das negociações para a fusão entre Brasil Telecom e Oi, Daniel Dantas conseguiu vender suas participações por mais de US$ 1 bilhão, segundo cálculos da revista TELETIME, acertou um acordo judicial com os fundos de pensão em que levou R$ 145 milhões, pagos pela Oi, se livrou de um processo de pelo menos US$ 300 milhões movido pelo Citibank em Nova Iorque.
Daniel Dantas foi preso nesta terça, 8 de julho. Ele e as principais peças de seu grupo, tais como sua irmã Verônica Dantas, o cunhado Arthur Carvalho e o ex-cunhado Carlos Rodenburg, seu sócio e presidente do Banco Opportunity S/A.
Terra Magazine apurou que o ápice da investigação da Polícia Federal coincidiu com o clímax das negociações para a venda da Brasil Telecom para a Oi, nos primeiros meses deste ano.
Veja também: » Opine aqui sobre a prisão de Daniel Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta» Celso Pitta recebia dinheiro vivo de Naji Nahas» Exclusivo: PF prende Dantas e organização criminosa» Inferno de Dantas - Um Raio X do Opportunity Fund» Dantas-Nahas: Para entender a organização
O conteúdo das investigações é explosivo. Detecta-se no meio da apuração um intenso trabalho de lobby e pressão de Dantas junto a setores do governo e também do PT.
A gênese da BrOi foi palmilhada atentamente pela Polícia Federal, seja do ponto de vista dos contatos políticos para que ela saísse do papel, seja do ponto de vista das pressões e manipulações feitas junto à imprensa. Muito ainda deverá ser revelado em capítulos nos próximos dias.
Em diversos momentos, personagens dantescos referem-se a personalidades do governo. Na percepção dos investigadores, algumas das referências - uma delas de codinome Margaret - seriam à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Em uma conversa a 13 de março último, por exemplo, Greenhalgh diz a Humberto Braz (ex-presidente da Brasil Telecom Participações) que "tentou" conversar com "minha amiga". Entendeu o delegado Queiróz quem seria a "amiga":
-...possivelmente a ministra Dilma.
Registra o delegado que o ex-deputado relata o fracasso da tentativa de diálogo com a ministra, que teria recomendado um entendimento entre "eles", pois o governo já havia "se metido demais nesse assunto".
No dia 20 de março, Guilherme Sodré Martins, assessor de Dantas em áreas várias, comenta com Carlos Rodenburg que na "segunda-feira" estará em Brasilia para uma reunião "com Dilma". Aponta a PF, no dia 24 não há registro de tal compromisso na Casa Civil. No mesmo dia, contudo, Guilherme comenta com um certo Bernardo que a audiência seria às 14h30 para tratar do assunto "leite longa vida".
Findo o suposto encontro, às 15 horas, 53 minutos e 45 segundos, Guilherme conversa com Bernardo e diz que "eles" falaram a respeito da reunião com Dilma e que ela teria feito de conta que não o conhecia, e ele ficou quieto.
Em tempo: Dilma e Guilherme Sodré se conhecem ao menos de vista, pois foi Guilherme, o Guiga, quem providenciou a lancha para um passeio, revelado pela Operação Navalha, na Baía de Todos os Santos. Ainda em relação a esta conversa, Guilherme comenta que o pessoal "da indústria do leite" saiu impressionado com a esperteza dela, principalmente em descobrir "onde está a sacanagem".
Três dias depois, em 27 de março, às 20 horas, 36 minutos e 12 segundos Dantas liga para Guilherme e diz que acabou, "fecharam o acordo".
Greenhalgh
O ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh(Crédito: Gervásio Baptista/Agência Brasil)
Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado federal do PT, foi quase presidente da Câmara dos Deputados (perdeu para Severino Cavalcanti). Ele é renomado advogado e influente integrante da cúpula do partido.
Greenhalgh, segundo apurações da PF, manteve contatos intensos e freqüentes com Humberto Braz em defesa dos interesses de Dantas. Humberto Braz, recorde-se, foi presidente da Brasil Telecom Participações durante a gestão Dantas, quando cuidava dos interesses do Opportunity junto à imprensa, Marcos Valério e mais uma série de episódios, todos devidamente apurados pelas auditorias feitas pela BrT. Depois que fundos e Citibank demitiram Dantas do controle da BrT, Humberto Braz continuou prestando serviços ao Opportunity.
Braz e Greenhalgh negociavam a BrOi. Faziam lobby junto ao governo, apontam as investigações. A prisão preventiva de Greenhalgh foi pedida pela polícia, mas não foi concedida.
No âmbito das negociações para a fusão entre Brasil Telecom e Oi, Daniel Dantas conseguiu vender suas participações por mais de US$ 1 bilhão, segundo cálculos da revista TELETIME, acertou um acordo judicial com os fundos de pensão em que levou R$ 145 milhões, pagos pela Oi, se livrou de um processo de pelo menos US$ 300 milhões movido pelo Citibank em Nova Iorque.
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Comentário: Que conste aí que Dantas quase foi Ministro do COLLOR de Mello, financiou uma empresa da filha do atual governador de São Paulo, José Serra, desenvolveu bons negócios no governo do FHC, venceu a licitação da TELEMAR sob as bençãos de Eduardo Azeredo, em MinaS Gerais... A elite política não dormirá por uns dias. Depois tudo voltará ao normal.
Um comentário:
O Daniel Dantas eh o ELO que liga as organizacoes criminosas do OME e do gangster FHC. Todos estao tremendamente preocupados em dar fim a este novo escandalo, como no do Cartao Corporativo, onde investigar nao era bom para ninguem.
Cervo™ $$$$$$$$$$$ Servo™
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