TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Taí, gente!


Quando chegamos aos 50 anos, sabemos que a vida pinga as últimas gotículas. Um dia, um mês, um ano. Não tenho medo de morrer. Agora, é verdade. Sei disso. Meu pai dizia que "dobramos o cabo da Boa Esperança". Te digo mais: o cabo das tormentas. Ando atormentada. Puteada. Chateada. Ainda assim me sinto feliz porque não mudei muito. Além das rugas, dos cabelos brancos, dores e dores, fibrolmialgia, eu adoro ser que sou. Se alguém oferecer cargos para mim, torna-se meu inimigo. Oferecer café para dominar, amansar minha fúria, prefiro fel. Eu, ... nem sócia de clube sou. Optei pela solidão dos domingos, pelos vizinhos pobres, pela multidão sem nome. Eu sou uma mulher que gosta de vida simples e pensamentos complexos. As vezes, olho para o meu espelho e digo: "gostei de você, Marta. Ainda não cedeu". Não posso deixar de dizer que estou exausta. Vivendo à base de alguns remédios destinados à multidão desse mundo. Se eu tivesse um pouquinho mais de dinheiro, iria ao psicanalista. Mas primeiro, pago a análise de minha filha. Já frequentei os consultórios dessas pérolas que são os psicanalistas. Preciso disso. Nessa fase, ando pelas ruas e pela universidade sem eira nem beira. Quando ando, penso. Penso: que mundo de dinheiro, fama! E me torno mais caramuja. A única coisa que não quero, tenho medo é de morrer na rua, indigente, sob o frio, sem amigos. No mais, do pó viemos e a ele voltaremos. O Moacyr Franco tem uma música que diz "tudo vira bosta". A Rita Lee canta.

Para mim, tudo vira PÓ. Pó.
Mas, um pó que entra nos olhos dos outros. Bah.

8 comentários:

Anônimo disse...

Um beijo e ótimo final de semana.

Wilson Rezende.

Anônimo disse...

Musíssima,

Tenha certeza que "morrer na rua, indigente, sob o frio, sem amigos" isso NUNCA vai acontecer, pois na minha casa tem um cantinho pra você (rsrsrsrs). Excelente final de semana.

Bruno Luiz Domingos De Angelis.

Valter T. Dubiela disse...

Até a Mina ta de ponta cabeça?

Maria Alice disse...

Professora Marta e seu público cativo,
seria interessante que todos tivssem conhecimento do texto abaixo da viúva do Paulo Freire que detona pseudo-argumentos como a Sra.,professora Marta e seu amigo de pseudo-ética, usam e abusam.
Como você já apagou um comentário meu, creio que não publicará este também, mas vá lá:
Nita Freire e sua carta de repúdio à revista Veja
"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.
Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.
Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do “filósofo” e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário."
CONTINUA EM http://www.umavisaodomundo.com/2008/09/nita-freire-carta-repudio-veja.html

Maria Alice disse...

Professora Marta e seu público cativo,
seria interessante que todos tivssem conhecimento do texto abaixo da viúva do Paulo Freire que detona pseudo-argumentos como a Sra.,professora Marta e seu amigo de pseudo-ética, usam e abusam.
Como você já apagou um comentário meu, creio que não publicará este também, mas vá lá:
Nita Freire e sua carta de repúdio à revista Veja
"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.
Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.
Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do “filósofo” e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário."
CONTINUA EM http://www.umavisaodomundo.com/2008/09/nita-freire-carta-repudio-veja.html

Maria Alice disse...

Professora Marta, como já foi apagado um comentário meu, creio ser inútil continuar escrevendo, mas tentarei novamente, especialmente porque o texto abaixo diz muito sobre a senhora, seu blog e seu amigo nada ético Roberto Romano. Trata-se de um belo artigo da viúva de Paulo Freire:
"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.
Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.
Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do “filósofo” e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário."
http://www.umavisaodomundo.com/2008/09/nita-freire-carta-repudio-veja.html

Glória disse...

Querida amiga, para vc uma frase que adoro: "No meu fim, está o meu princípio". Ela me recomeçou várias vezes nos meus fins.
O blog está maravilhoso. Você é demaaaaiiiiisss!!! Abração. (Copiei uma charge no meu blog, tá?)

Franciele Monique Scopetc disse...

"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."

Acho que você entende o sentido desta frase, de um modo particularmente universal! :)

Braziu!

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