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Por Elio Gaspari, Folha de S. Paulo
RECORDAR É VIVER
Durante os primeiros anos de mandato de Lula, o ex-senador Fernando Escórcio, faz-tudo de Renan Calheiros, freqüentava o plenário do Senado na condição de quebra-galho e ouvinte atento da Casa Civil do comissário José Dirceu.Chegava a constranger senadores quando encostava nas rodinhas de conversas e ouvia calado, para contar tudo mais adiante. Trabalhou como um mouro na votação da reforma da Previdência de 2003.
VAI NESSA, RENAN
Enquanto sonha com a hora de voltar à presidência do Senado, Renan Calheiros podia estudar para um concurso de acesso à função de promotor público. Dentro da lei, o doutor Wagner Grossi trocou de pista numa rodovia de São Paulo e bateu com sua Ford Ranger na motocicleta em que viajavam o metalúrgico Alessandro Silva Santos (27 anos), sua mulher Alessandra (26) e o enteado Ariel (7). Matou os três, saiu do carro com uma lata de cerveja na mão e perguntou a um transeunte o que acontecera. Rossi foi para casa, continua promotor, habilitado a dirigir carro. A lei orgânica do Ministério Público só permite a prisão em flagrante dos doutores que cometem crime inafiançável. Renan não chegou a esse ponto.
Um comentário:
É um absurdo.
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