Fonte: O Globo, 10/9/2009.
Vantagens extras?
Vantagens extras?
O pudor me impede de escrever a primeira coisa que me passou pela cabeça.
Seguem as demais: a partir de hoje, os brasileiros terão o direito de passar seis meses por ano em Paris, com passagens aéreas – pode ser de executiva mesmo -, estadia no Hotel de Grandes Ecoles no Quartier Latin – como? O governo oferece o Welcome em Saint-Germain-des-Prés?
Vai então – não vamos criar caso logo na chegada - e vale-alimentação no L’Ambroisie ou no L’Arpège – duas opções estão bem e sem “como?” neste item! - devolvidos pela República Francesa – claro, depois do que vamos pagar por esses caças!
No bolsa-família, será incluída uma cesta básica da Fouchon – alguns queijinhos elementares, um pouquinho de caviar para acompanhar, aquele marronzinho glacê simples, poucos chocolates, um jambonzinho de dinde – não é tão gordo como os outros – enfim. No quesito transferência de tecnologia, os professores do Brasil poderão lecionar na Sorbonne e também terão bolsas de mestrado e de doutorado – todas Louis Vuitton – asseguradas – quando nesta condição, eles terão automaticamente ampliados sua estadia na França por até quatro anos – não mais prorrogáveis, sem abuso, por favor. Inclua-se, ademais, de troco, guarda-roupa completo na Chanel, Lacroix e Givenchy, por um lado, e Ferragamo, Prada, Valentino e Armani, por outro lado – sim há italianos aí, eu sei, mais italianos que franceses, eu sei, mas quem disse que a França é perfeita?
Entrada livre no Louvre uma hora antes dele abrir para os turistas, todos os dias, passaportes para a EuroDisney – ir à Paris e não ver o Castelo da Branca de Neve? Vocês ficaram loucos? - nos finais de semana, um tour de três meses pelo Vale do Loire – muito tempo? Fica opcional aqui: quem quiser, pode dividir também com um mês e meio em Florença – eu sei, fica na Itália, vale a observação anterior. Na última semana da viagem, poderia estar marcado um concerto com a Carla Bruni, mas eu prometi nada falar sobre isso. Não insistam. Onde é que assinamos o contrato?
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