TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

sábado, 8 de setembro de 2007

7 de setembro em Brasília

Desfile em Brasília isola Lula do público; Renan não aparece
Esquema de segurança na Esplanada foi mais rigoroso para evitar eventuais protestos; 30 mil foram ao evento, que custou R$ 2,5 mi. Mesmo sem ir à cerimônia, presidente do Senado, que enfrenta votação na quarta, foi tema de conversas entre ministros e parlamentares
SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA FOLHA ONLINE
Sem a presença do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o desfile de Sete de Setembro, ontem, na Esplanada dos Ministérios, foi marcado pelo esquema de segurança mais rigoroso desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a Presidência, em 2003. Lula ficou ainda mais isolado do contato com o público para evitar eventuais vaias e protestos.
Renan enfrentará a votação do seu processo de cassação na quarta-feira no plenário do Senado. Mesmo ausente, ele foi tema de conversas entre ministros e parlamentares. Foram ao evento 15 dos 35 ministros.(...)Arquibancadas próximas à tribuna de autoridades foram ocupadas por convidados do Planalto. Grades deixaram o público do lado oposto da pista do desfile. Lula foi aplaudido por uma claque de convidados ao chegar às 8h59 no Rolls Royce presidencial.O aumento do aparato de segurança no desfile do Dia da Independência vem desde 2005, ano do mensalão e no qual o presidente viu, no evento, manifestantes pedirem o seu impeachment. Neste ano, havia grades numa extensão de 9.500 metros. Em 2006, as grades somaram 7.500 metros.Segundo a Polícia Militar, 30 mil pessoas acompanharam o desfile em Brasília -os organizadores esperavam 45 mil.O custo do desfile subiu 41% neste ano na comparação com 2006. A justificativas foram a ampliação das grades de segurança e a instalação de 30 banheiros químicos a mais. Segundo a Secom, o evento custou R$ 2,5 milhões contra R$ 1,4 milhão do ano passado.
COMENTÁRIO:"....mas não é tal modo de agir que prepara o aumento do ódio dos cidadãos contra ele? Como não seria assim, com efeito? Mas também não ocorre do mesmo jeito com os que contribuíram para sua instalação e têm crédito por isto, quando se exprimem livremente (...) ? Suprimí-los, a todos, é para o tirano uma obrigação se deseja conservar seu poder, até um tempo em que nem amigos, nem inimigos, ninguem que valha alguma coisa resta junto dele ! É claro. Ele, pois, deve possuir vista aguda e divisar quem tem coragem, quem tem grandes pensamentos, quem tem prudência, quem tem fortuna. Deste modo, ele se torna hostil a todos, sem exceção e forma contra todos projetos perversos, até purificar o poder estatal. Que bela purificação! Sim, uma purificação contrária à praticada pelos médicos em relação ao corpo, pois os médicos arrancam o pior, deixam o melhor. O tirano, faz o contrário. Isto é uma necessidade para ele, segundo parece, se quer conservar o poder. Ah! Feliz necessidade (...) que lhe obriga a morar com gente sem valor na maior parte, sendo odiado por esta mesma gente..."(Platão, República, 567 b-d, a passagem da democracia para a tirania). Melhor comentário, impossível. O tirano purga do corpo estatal as pessoas livres e francas. Deixa apenas a tranqueira sem valor, os bajuladores que, por sua vez, o odeiam. Isola-se no palácio, diz Platão logo a seguir, com sua guarda, no mesmo passo em que impõe a inimizade entre os cidadãos. Quanto mais Lulla torna-se prepotente, mais ele foge das vaias carreadas pela mesma prepotência. Aplausos dos áulicos procuram abafar os gritos da multidão. Se os aplausos bajuladores não bastam, a "segurança" a tudo resolve. E assim surge outra república bolivariana nos trópicos.Tirano antigo ou Lulla:Caro companheiro do PT, Mutato nomine, de te fabula narratur
Roberto Romano

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