TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

domingo, 23 de setembro de 2007


Entrevista "Não faria nada diferente", diz Erasmo Dias
Folha de São Paulo
O coronel reformado Erasmo Dias, 83, diz que, se fosse preciso voltar no tempo, "não faria nada diferente":
FOLHA - Por que o senhor invadiu a PUC?

ERASMO DIAS - "Eles [os estudantes] queriam transformar a reorganização da UNE em notícia. Tinham tentado 11 vezes em São Paulo e eu, modéstia à parte, tive êxito de abortar a ação. Conseguiram na PUC. Estavam na ilegalidade e atos públicos eram proibidos. Era subversão dentro de um templo da igreja. Pedi à reitoria que interrompesse o ato. Não me obedeceram, e eu disse: vou invadir essa PUC aí.
FOLHA - O senhor foi acusado de excesso de violência.

DIAS - Só usamos gás lacrimogêneo para fazer chorar e água fria pra esfriar a cabeça: são coisas ótimas para quem está de cabeça inchada.
FOLHA - Mas algumas moças ficaram queimadas.

DIAS - Pelo menos 80% dos estudantes eram mulheres. Se havia mais homens que isso, estavam fantasiados. Mulher não sabe correr de bomba e usa calça e sutiã de lycra, que são altamente inflamáveis. Além disso os corredores da PUC são muito estreitos. Esses parâmetros tornaram a coisa quase incontrolável. Fui investigado e absolvido. O episódio terminou sem outras conseqüências.
FOLHA - Tem alguma mágoa?

DIAS - No ano seguinte, minha filha foi aprovada no vestibular de direito da PUC. Na matrícula ela foi humilhada por estudantes que descobriram de quem se tratava. Hoje, graças a Deus, é advogada formada pelo Mackenzie.
FOLHA - O senhor, se voltasse no tempo, faria diferente?

DIAS - Não faria nada diferente. Provei que o ato era um foco subversivo. Fiz a mesma coisa com bandidos.

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