Por Josias de Souza
Quando parecia que tudo já havia acontecido –o Cacciola hospedado na cana chique de Mônaco; a CPMF encaminhada; o Renan produzindo uma nova manobra a cada cinco minutos; as fotos da Mônica Veloso para a Playboy tiradas; o Jarbas e o Simon despachados da CCJ; a Petrobras aparelhada; a Camila Pitanga feliz com o sucesso da Bebel; o imbatível São Paulo derrotado pelo combalido Flamengo...—surge mais uma novidade.
Pense numa área da administração pública que precisa de dinheiro. Sim, isso mesmo: a S-A-Ú-D-E. Pois bem, acaba de ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado um projeto que, graças a emendas tramadas pela área econômica do governo, pode subtrair da Saúde R$ 3,15 bilhões. Repetindo: estão querendo tirar dinheiro da S-A-Ú-D-E.
Deve-se a informação ao repórter Ribamar Oliveira. Ele noticiou, na quinta-feira (4) uma decisão tomada na véspera pela comissão econômica do Senado. Aprovou-se um projeto que regulamenta a emenda constitucional 29, aquela que define os recursos mínimos que a União, os Estado e municípios são obrigados a investir na saúde. Durante a votação, o governo, por meio dos partidos consorciados a Lula, mandou ao lixo uma emenda que obrigava a União a gastar 10% de suas receitas brutas na área da saúde.
Não é só: a pedido dos ministros econômicos de Lula e de alguns governadores de Estado, injetou-se na proposta uma novidade. Dá uma idéia da prioridade que se atribui aos brasileiros que se servem do SUS. Passarão a ser computados como gastos em saúde desembolsos com aposentados e pensionistas de repartições públicas que lidam com a saúde.
Há mais: despesas orçamentárias com projetos de saneamento básico em cidades com mais de 50 mil habitantes serão consideradas como investimentos em saúde. A esperteza não é nova. Mas vinha sendo aplicada apenas às com até 30 mil habitantes.
Tudo considerado, serão subtraídos da saúde R$ 3,15 bilhões. Um detalhe adiciona escárnio à insensatez: a cifra coincide com o montante que o governo está liberado em emendas de parlamentares, para azeitar a aprovação da CPMF. na última quinta-feira (4), 24 horas depois da votação realizada na comissão econômica do Senado, Walfrido dos Mares Guia, coordenador político de Lula, anunciou a liberação, em conta-gotas, do cala-boca aos congressistas:
“Dividimos R$, 3,5 bilhões [de emendas parlamentares] em quatro meses: setembro, outubro, novembro e dezembro. Isso dá quase R$ 900 milhões por mês, mais de R$ 200 milhões a cada semana. E estamos liberando para a oposição também”, disse Walfrido, para gáudio da bancada das verbas e dos cargos.
Recorde-se que a CPMF, na origem, foi criada para socorrer a Saúde. Lembre-se também que foi da farra das emendas que nasceram excrescências como o escândalo das ambulâncias, que pilhou meio Congresso recebendo propinas de uma empresa que superfaturava ambulâncias. É o bastante para entender porque a Saúde tornou-se uma área em que o Estado brasileiro tolera a tortura.
O SUS converteu-se em Sistema Único de Sevícias. Opera um novo instrumento de suplício: o pau-de-arara hospitalar. No Brasil, a bugrada malnascida não morre apenas de males convencionais. Morre também de corredor. De mãos amarradas, os médicos escolhem diariamente quem vai receber socorro e quem será submetido à tortura de fenecer estirado numa maca esquecida num corredor qualquer de um hospital público.
Pense numa área da administração pública que precisa de dinheiro. Sim, isso mesmo: a S-A-Ú-D-E. Pois bem, acaba de ser aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado um projeto que, graças a emendas tramadas pela área econômica do governo, pode subtrair da Saúde R$ 3,15 bilhões. Repetindo: estão querendo tirar dinheiro da S-A-Ú-D-E.
Deve-se a informação ao repórter Ribamar Oliveira. Ele noticiou, na quinta-feira (4) uma decisão tomada na véspera pela comissão econômica do Senado. Aprovou-se um projeto que regulamenta a emenda constitucional 29, aquela que define os recursos mínimos que a União, os Estado e municípios são obrigados a investir na saúde. Durante a votação, o governo, por meio dos partidos consorciados a Lula, mandou ao lixo uma emenda que obrigava a União a gastar 10% de suas receitas brutas na área da saúde.
Não é só: a pedido dos ministros econômicos de Lula e de alguns governadores de Estado, injetou-se na proposta uma novidade. Dá uma idéia da prioridade que se atribui aos brasileiros que se servem do SUS. Passarão a ser computados como gastos em saúde desembolsos com aposentados e pensionistas de repartições públicas que lidam com a saúde.
Há mais: despesas orçamentárias com projetos de saneamento básico em cidades com mais de 50 mil habitantes serão consideradas como investimentos em saúde. A esperteza não é nova. Mas vinha sendo aplicada apenas às com até 30 mil habitantes.
Tudo considerado, serão subtraídos da saúde R$ 3,15 bilhões. Um detalhe adiciona escárnio à insensatez: a cifra coincide com o montante que o governo está liberado em emendas de parlamentares, para azeitar a aprovação da CPMF. na última quinta-feira (4), 24 horas depois da votação realizada na comissão econômica do Senado, Walfrido dos Mares Guia, coordenador político de Lula, anunciou a liberação, em conta-gotas, do cala-boca aos congressistas:
“Dividimos R$, 3,5 bilhões [de emendas parlamentares] em quatro meses: setembro, outubro, novembro e dezembro. Isso dá quase R$ 900 milhões por mês, mais de R$ 200 milhões a cada semana. E estamos liberando para a oposição também”, disse Walfrido, para gáudio da bancada das verbas e dos cargos.
Recorde-se que a CPMF, na origem, foi criada para socorrer a Saúde. Lembre-se também que foi da farra das emendas que nasceram excrescências como o escândalo das ambulâncias, que pilhou meio Congresso recebendo propinas de uma empresa que superfaturava ambulâncias. É o bastante para entender porque a Saúde tornou-se uma área em que o Estado brasileiro tolera a tortura.
O SUS converteu-se em Sistema Único de Sevícias. Opera um novo instrumento de suplício: o pau-de-arara hospitalar. No Brasil, a bugrada malnascida não morre apenas de males convencionais. Morre também de corredor. De mãos amarradas, os médicos escolhem diariamente quem vai receber socorro e quem será submetido à tortura de fenecer estirado numa maca esquecida num corredor qualquer de um hospital público.
2 comentários:
Você esta doidinha para a turma do FHC ganhe em 2010 e privatize a UEM, ai você vai ter que dar aula no CESUMAR por isso é melhor o PT do que os militares ou o PSDB. kakakakkakakakaka.
Quem poderia prever que em 2007 estaríamos atacando o Lula como atacamos o Collor e o FHC. E ainda tem esta cambada que pensa que a critica da Marta é simplesmente partidária. Sai dessa Sorato! A crítica é ética, ou você ainda nao sabe o que é isto?
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