TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Feminino, feminista, machismo, macho, machochôs, machochoas....









Do Blog de Roberto Romano AQUI
Um Blog discutindo a língua portuguesa. Vá lá!
Em cena: o adjetivo


Adjetivo é a classe de palavras invariável que que acompanha e modifica o substantivo. Neste post você poderá fazer seis ótimos exercícios de Língua Portuguesa com adjetivos e locuções adjetivas.


5) (Cesgranrio 1992) - O NOVO PLANETA DOS HOMENS

1 Uma recente pesquisa americana, concluída em 1985, busca apreender as reações e os sentimentos dos homens após vinte anos de emancipação feminina, para daí projetar a provável tendência futura da vida entre os sexos. O livro COMO OS HOMENS SE SENTEM, do jornalista Anthony Astrachan, aposta numa "revolução masculina irreversíveis, que teria se iniciado na década de 70, impulsionada por dez anos de avanço feminino. O autor faz uma minuciosa análise das conseqüências, para o homem, da entrada da mulher nos vários setores da sociedade: indústria, serviços, exército, mundo empresarial e profissões liberais. Ele conclui que a revolução feminina efetivamente gerou reformulações profundas nos papéis sociais e na identidade masculina, às custas de um alto preço efetivo e emocional.
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: "É possível que os homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos." Mas, observa o autor, ao mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado um "novo homem". Para o homem, abordar o terreno feminino é "desvirilizante", ao passo que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto "é ainda um fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada".
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se arriscam: "O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma revolução permanente", diz o escritor Sérgio Sant'Anna. Ele vê, ainda, mudanças na família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, "as pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões conservadores". Mas adverte: "Essa não é uma transformação que se dê ao nível ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais profundas."
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que a definição virá na próxima década, Rose finaliza: "Hoje a mulher não é mais a imagem do desejo alheio, (...) mas é sujeito de seu próprio desejo." Mas tudo isso não esconde uma mágoa: "(...) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre."
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua crença na potência criativa do desejo humano: "O que eu vejo hoje é uma aliança entre homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher."
(Yudith Rosenbaum, Revista LEIA, nŽ 128, 1989, p. 36-38, com adaptações.)

Em qual das opções há uma análise ERRADA quanto à variação nominal de gênero ou de número?
a) homem - mulher
Substantivos que indicam oposição semântica de sexo através de vocábulos distintos.
b) jornalista - amante
Substantivos com uma só forma para os dois gêneros.
c) o rapaz ALEMÃO - a moça ALEMÃ
Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais.
d) muito frio - friíssimo
Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético.
e) vice-diretor - beija-flor
Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento


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Comentário:


O exercício quinto, maravilhoso, chamou-me a atenção. Da querida Rose Maria Muraro. "Lá quem não mata, morre" é a frase que sintetiza sua vida feminina em seu trabalho. Hoje, concordo, avanaçamos. Mas, as vezes, em alguns bolsões vejo o machismo a galope. Uma mulher assediada sexualmente numa instituição em que todos - homens e mulheres se calam - e deixam tudo como está. Mulheres que, "empoderadas" são comandadas por homens. Mulheres que "empoderadas" são piores que os homens. E por aí, NÃO vamos....

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