TUCA PUC 1977
EU QUASE QUE NADA SEI. MAS DESCONFIO DE MUITA COISA. GUIMARÃES ROSA.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

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Millor


De Paulo Araújo, o post abaixo.
do blog Roberto Romano Silva

O blogueiro Ângelo da Cia [ele ganhou esse apelido "reacionário" na caixa e comentários do blog do Noblat antes de abrir o blog, acho] fez um bom post a respeito de reportagem na Revista Veja. Concordo com ele que a matéria da Veja está mais para nota de assessoria do que para reportagem. Não é de hoje que Ângelo cutuca a “boa vontade” de Veja com o queridinho do mercado. Deixei no blog dele um comentário, que estou replicando para alguns outros blogs que visito, principalmente os de economistas.

A quem possa interessar.
Não sou economista e pouco sei a respeito dos derivativos cambais.
O blogueiro Ângelo da Cia escreveu um interessante post a respeito da reportagem sobre o caso Palocci na Revista Veja desta semana. O link para íntegra da reportagem da Veja está no post, que pode ser lido aqui:

“VEJA e sua assessoria Palocciana”

http://angelodacia.blogspot.com/2011/05/veja-e-sua-assessoria-palocciana.html






Esta notícia na reportagem da revista chamou minha atenção:

“A presidente Dilma pediu explicações. Palocci contou que ganhou dinheiro dando consultoria sobre riscos cambiais entre julho e setembro de 2008. Palocci disse que, por ter sido ministro da Fazenda e se tomado um competente economista sem diploma (o que ninguém discute), viu com maior clareza o tamanho do perigo cambial. Ele teria ajudado diversas empresas a desmontar suas arriscadas operações com os voláteis derivativos cambiais.”
Entre julho e setembro, ou seja no terceiro trimestre de 2008, o real sofreu a desvalorização que levou aos conhecidos prejuízos contabilizados pelos investidores no quarto trimestre de 2008. Os jornais da época noticiaram fartamente as empresas que se ferraram nessas operações. Os valores reportados eram astronômicos. Mas não lembro de ter lido qualquer notícia a respeito de grandes empresas que escaparam da crise por orientação de consultores que teriam “ajudado diversas empresas a desmontar suas arriscadas operações com os voláteis derivativos cambiais” entre “julho e setembro de 2008”.

“Diversas” é sinônimo de muitas. A matéria seria mais crível se escolhesse a palavra “algumas”, pois diversas foram as empresas que se ferraram.Mas se escolhesse “algumas” ao invés de “diversas” talvez fosse mais difícil explicar o milagre da multiplicação dos pães operado pela empresa de Palocci. Ou seja, seria preciso que apenas “algumas” tivessem pagado muito. Enfim, somente um economista enfronhado nesses meandros financeiros poderia emitir um parecer sensato a respeito da atuação do mercado de consultoria no mesmo período.
A pergunta é simples: o mercado reconheceu e a imprensa especializada noticiou na época da crise dos derivativos que a Projeto foi uma das poucas consultorias que previu a tempo o alto risco dessas operações e, na contramão do espírito de manada, aconselhou seus clientes a se desfazerem desses papeis?

O busilis, me parece, é o triênio julho/setembro de 2008. É possível apontar no mesmo período a existência de outras consultorias que mostraram a mesma agudeza analítica de Palocci? E, sobretudo, é verossímil que a “consultoria de homem só” fosse capaz de produzir tal proeza, isto é, de antecipar a débâcle e, assim, ajudar “diversas empresas a desmontar suas arriscadas operações com os voláteis derivativos cambiais”? Com a palavra os economistas, isto considerando que meus comentários de leigo são relevantes.

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